Siete - Regresión

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Oliver pegou a bandeja de gelo e despejou no saco plástico. Foi até a sala e entregou para Finn.

- Nem precisa, já está quase bom. - Disse ele com o saco na mão.

- Ainda está um pouco inchado, coloque! - Oliver empurrou o saco de gelo para o rosto do garoto que resmungou ao sentir o gelo em contato com a pele.

Havia se passado dois dias após a briga. Finn e Oliver conversaram e ele a prometeu que não procuraria de novo Bobby Brow, muito menos Jacob.

Tudo estava começando a caminhar. O médico disse que Oliver poderia dar uma melhorada se eles fizessem a quimio mais vezes. Finn e Oliver deixaram marcado para a loira raspar os cabelos um dia após o Baile. Não que ela tivesse feliz por isso, mas conformada.

- Oliv. - Chamou o rapaz.

A menina caminhou até ele e sentou-se no sofá.

- Eu preciso te dizer isso, antes que seja tarde demais. - Finn olhava dentro das pupilas de Olivier.

- Claro, pode falar.

- Eu gosto muito de você. Mas, é de uma maneira diferente do que já gostei alguém. - Finn falava devagar para a loira entender perfeitamente.

- É diferente de como gosta Millie? - Carlucci se atreveu a perguntar, não por ciúmes, mas sim por curiosidade.

Talvez um pouquinho de ciúmes.

- Sim, e diferente de como gosto Millie, mas não é em quantidade diferente. Entende? Você foi uma das melhores coisas que me aconteceram. Não imagino mais a minha vida sem você, e espero que sinta o mesmo por mim! - Um sorriso fraco escapou dos lábios do cacheado.

Oliver por sua vez, abriu o sorriso mais sincero de toda sua curta vida. Carlucci entrelaçou os braços no pescoço de Finn e colocou suas testas, sentindo a respiração do garoto na sua.

- Também gosto demais de você, Finn. - Oliver fechou os olhos ao dizer.

Ele segurou o rosto dela com as mãos e selou seus lábios. Em um beijo doce, como sempre. Finn saiba que talvez não séria "eterno" aqueles momentos com Oliver. Por isso, aproveitava todos, e guardava tudo em um lugar acessível, para poder lembrar deles sempre.

[...]

- Ela vai chegar já já. - Oliver dizia enquanto Finn pegava a pipoca.

O som da campainha soou e Oliver correu para atender. Maria deu um abraço caloroso na amiga.

- Quando tempo! - Oliver dizia envolvida nos braços da amiga recém chegada.

- Pareceu uma eternidade. - Maria concordou.

As duas se olharam e adentraram a casa, Finn veio na direção das duas com um sorriso. A expressão de surpresa de Maria fez os dois gargalharem.

- Acho que nunca vou me acostumar com isso! - Maria disse e abraçou Finn.

- Pois acostume, vai ter que me aturar durante um bom tempo. - Finn disse contente.

Os três viram alguns filmes enquanto conversavam sobre o tempo que as garotas passaram longe uma da outra. A tarde passou bem rápido, até que Wolfhard teve de ir gravar.

Assim que ele saiu, Maria olhou para amiga, e a chamou para um conversa.

- Ei, podemos conversar? - Disse e Oliver concordou.

As duas sentaram de frente para outra no tapete felpudo da sala. Era um costume das delas desde criança fazerem aquilo, elas brincavam, conversavam, desenhavam.

- Você está com uma expressão assustadora, o que você fez? - Carlucci brincou.

- Você sequestrou Grant Gustin? - Oliver fingiu espanto e Maria riu.

- Isso não é sobre mim, é sobre você! - Disse Maria com um tom mais sério.

- Eu sequestrei o Grant Gustin? Tá bom brincadeira. Pode falar!

- Oliver, eu fiquei fora por pouco tempo e parece que você e Finn são recém casados! - Ela mandou assim, na lata.

- Que?

- Você não acha que estão indo muito rápido? Quero dizer, faz uns 6 meses que vocês se conhecem e já namoram. E outra, lembre-se do estado emocional que o Finn estava quando você o conheceu.

- Eu... - Oliver não terminou a frase, algumas horas atrás Finn disse que gostava dela, foi quase uma declaração de amor.

- Eu estou falando isso para o seu bem. E não quero jogar alguma culpa para ele, mas acho que os dois estavam em situações delicadas quando se conheceram, e isso contribuiu.

- Eu sei, Maria. Eu sei disso tudo, e-eu queria que fosse de verdade. - Oliver passou as mãos pelo rosto. -Ele disse que gosta de mim, mas eu sei que não é amor. É gratidão, e o que sinto por ele também! Mas, estamos tão confortáveis, por que tudo tem que ser difícil? - Maria a abraçou.

Tudo que aconteceu durante aquele tempo era, como se fosse um mundo só de Finn e Oliver. Um lugar que eles se gostavam, ou apenas acreditavam nisso. Um mundo onde um precisava do outro, onde eles encontravam abrigo e consolo.

Um lugar desses que não existia no mundo real, mas eles protegeriam até o final.

[...]

- Eu não aguento mais andar, Maria.

- E nem pode, já chega. Amanhã saímos novamente e sei que encontraremos um lindo vestido para você e para mim. - Maria puxava a amiga pela mão.

Chamaram um táxi e retornaram para casa de Oliver.

Entraram, e logo na sala Oliver sentiu um perfume diferente. Ela reconhecia aquele cheiro de algum lugar. Deixaram as bolsas na sala e caminharam para o Jardim, na porta que dava da sala para cozinha estava uma mala verde exército. Carlucci deixou a amiga ir na frente, ela ficou paralisada olhando a mala. Não podia ser, depois de tanto tempo, ela não acreditava que ele estava lá. Atravessou a porta de vidro da cozinha para o jardim e ficou paralisada ao vê-lo. Ele estava ajudando a senhora Carlucci a arrumar a mesa de piquenique, Maria ria de algo. Oliver ficou ali, observando os passos do rapaz, olhando cada movimento que ele fazia. E quando virou para ela, tudo parou. O mundo foi congelado em 2 segundos, e derre pente ele estava lá, olhando para ela, com seu sorriso lindo e seu olhar brilhante.

Depois de tanto tempo Oliver ainda o reconhecia, mesmo com seu cabelo cortado baixo, e seus músculos estarem bem definidos, ainda sim era ele.

- Liv! - Ele disse finalmente, se aproximou devagar, e envolveu Oliver em um abraço de saudade.

- George. - Oliver disse surpresa.

- Eu voltei, voltei por você. Voltei pra ficar do seu lado, minha pequena.


*************

Boooa noite amoras. 😄

Fim de mais um capítulo, espero que tenham gostado. Quero me desculpar por ter ficado tanto tempo sem postar, a causa foi o de sempre, bloqueio criativo. Tenho sérios problemas com isto, e faço de tudo para tentar produzir algo que preste quando isso acontece, mas não adianta. Vou tentar voltar a postar rápido.

Lembrando que essa é uma shortfic, por isso o tempo dá história é rápido.

É isso, até a próxima. Beijos! 😘

Hasta que se rompe • Filiver • Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora