Capítulo 1

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Passando aqui pra lembrar de votar.

Estou a caminho da saída, não é difícil de encontrar quando se está acostumada com aeroportos e aviões. Um homem alto e careca está segurando um papel escrito o meu nome e ao seu lado esta uma mulher com jeito de durona. Me aproximo deles e a mulher olha algo no celular e depois me olha.

— Bem vinda a Nova York. — saudá ela. — Me chamo Samira Vallins e sou a diretora do orfanato onde vai ficar.

— Ahm. Hum. Sou Alexandra Roberts. — falo e tento sorrir.

— Bom, vamos então. Temos um dia longo. — Ela começa a andar e o homem pega as minhas malas e carrega. — Ah, você já esta matriculada no colégio e vai começar amanhã cedo. Você tem horários para respeitar e se for sair a noite, terá que me informar antes. Vou te entregar um papel com os seus horários e regras do orfanato. Tudo bem?

Apenas assinto.

Não presto muita atenção no movimento e nem por onde passamos para chegar ao destino, apenas olho para a janela e vejo vários prédios passarem. Samira esta concentrada em seus papéis e celular, não faço idéia do que está fazendo ou pensando ao certo. O homem que dirige parece ser sério o bastante para apenas trabalhar e não prestar atenção na vida alheia.

Não demora muito e estou diante a um prédio alto que parece ter uns três andares. Quando entro, olho em volta e o silêncio predomina o ambiente. Uma sala com um grande sofá e uma televisão na frente, as janelas com cortinas das cores cinza e azul com pequenos desenhos de flores na barra, e uma escada que vai para o segundo andar.

— Vamos. — Samira me chama a atencão.

— Ah, vamos. — repito.

— No primeiro andar temos a sala e cozinha. — diz ela ao meu lado subindo a escadaria. — Aqui no segundo tem a biblioteca e computadores para pesquisas escolares e pra usar você tem que reservar um horário, os livros você também irá ter que anotar que pegou.

Chegamos ao patamar da escadaria.

— Aqui — Ela mostra o caminho. — fica a minha sala, eu estarei aqui das sete da manhã até às sete da noite. As vezes fico até mais tarde por conta das crianças menores, e temos também algumas pessoas trabalhando aqui. — Nós andamos para o outro lado. — Aqui fica os banheiros feminino e masculino, vocês tomam banho aqui e lá em baixo tem banheiros para outras necessidades.

— Vou dormir junto com as outras? — pergunto.

Normalmente durmo em um quarto separado já que algumas meninas sempre reclamaram dos meus gritos.

— Não, você terá um quarto só seu aqui também. Pelo que sei, você tem muitos pesadelos. Mas não se preocupe, já conversei com as meninas que fez uma votação e elas decidiram que é melhor ninguém atrapalhar no sono delas.

Nós subimos para o terceiro andar.

— Como aqui nós recebemos crianças também, tivemos que fazer mais quartos para dividi-los entre os adolescentes e crianças. Aqui não tem tantos jovens assim, o local não é muito grande para ter muita gente. Aqui é mais como um local para quando os outros estão cheios.

Vejo apenas um corredor, no começo tem duas portas de cada lado e, na metade do caminho tem mais duas em ambos os lados.

— As duas primeiras portas são para as crianças. De um lado os meninos e do outro lado as meninas. — Ela abre as duas portas para que eu veja. O espaço é pequeno mais muito bem aproveitado. Seguimos mais adiante. — Aqui é os quartos dos mais velhos. — Ela abre a porta novamente e o espaço é bem maior que o outro quarto e tem uma porta no final. — Ali é o banheiro, para que eles não tenham que descer as escadas para fazer suas necessidades.

Distintos - Presságios dos Sonhos - Vol IOnde histórias criam vida. Descubra agora