[prefácio]

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" O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental"."

"Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar."

"O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende."

"O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber."

"A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também." 

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Aqui está o meu novo trabalho. Juro que nunca nesta vida ou numa próxima qualquer pensava sequer em escrever sobre o Bernardo - não porque tenho algo contra o miúdo mas simplesmente porque lhe tenho tanto carinho que nunca julguei ser capaz de formular uma qualquer ideia, por mais mínima que fosse, para uma história sobre ele. 

Espero que gostem tanto ou mais como estou a gostar de a escrever. Vai ser publicada devagarinho e com capítulos algo curtos. Desculpem-me desde já por isso, mas estou já a avisar-vos porque, por vezes, as ideias não são muito minhas amigas e vão de férias sem me levar. Mas enquanto eu publicar, adorava que me fossem deixando as vossas opiniões (btw estou sempre disponível nas DM caso queiram expor a vossa opinião e/ou crítica de uma forma mais pessoal e privada - sem medos pessoal).

Sem mais de momento,

M. Ribeiro

Dear LoverOnde histórias criam vida. Descubra agora