Quando sai ele agarrou meus ombros, guiando direto pro quarto,me deitando tirou meu sapato e ao perceber meus pés gelados como minhas mãos pegou um edredom grosso no armário me enrolando toda.
Aos poucos os tremores foram cedendo e pude finalmente falar de forma coordenada "Como podem viver assim? Isso é loucura! Não sei se fiquei mais apavorada com a sua direção ou a perseguição deles!"
Ainda arfava quando me deteve ao tentar levantar, falou com a voz rouca de nervoso "Fique assim até se recuperar. Desculpe,mas não podia arriscar te expor novamente. Sei dirigir muito bem e não fiz nada tão imprudente,se eles tivessem chance teriam tentado nos fechar pra saber quem estava no carro comigo. Simplesmente não podia dar essa chance a eles. Me perdoe!"
"Não o estou culpando e sim a eles. Isso é um absurdo,uma falta de respeito muito grande aos seus direitos de ir e vir. Aqui é o país dos direitos, no entanto a invasão de privacidade é comum e liberada. Que absurdo!"
Estava tão revoltada e indignada que tremia agora de raiva.
Ele me acariciou o rosto sorrindo afetuoso,mas de repente se sentou me olhando seu sorriso ficou maldosamente torto e perguntei irritada "O que foi? Por que esse sorrisinho ?"
Ele começou a rir com vontade antes de responder me deixando ainda mais irritada.
"É que você fica ainda mais charmosa assim irritada. Não pude evitar de lembrar a nossa manhã em NY." Ele falava entre risos me deixando fervendo de indignação,como podia pensar naquilo uma hora dessas.
Ao vê-lo tão divertido me dei conta da situação em si e tive que concordar que me ver ali naquelas circunstâncias deveria fazê-lo lembrar daquele fatídico dia.
Procurei me acalmar ,sentando na cama, percebi que era uma cama de casal enorme, ao olhar em volta pela arrumação do quarto e as coisas que ali estavam era o quarto dele.
Ficou me observando sorrindo,mas calado. Quando me descobri,ele apenas tocou em meus pés que agora estavam suados e fez uma cara de interrogação.
Sorri e tentei explicar "Quanto mais nervosa fico,mais transpiro e assim fico ainda mais gelada." Ele riu ainda mais divertido balançando a cabeça e me deu a mão pra que levantasse.
Fomos pra sala e vi que ele tinha mais um quarto,aliviada.
Olhou pela janela e xingou baixinho, sabia que os paparazzi ainda deviam estar ali pela reação dele.
Ligamos pra Anne e ele colocou no viva voz "Anne os paparazzi nos esperaram sair e nos seguiram, estamos aqui em casa,achei melhor assim,já que sabiam que eu estava lá,mas não viram a Duda. Eles estão aqui fora."
"É melhor ela dormir ai,já está tarde e amanhã teremos que ir comprar as coisas pra festa da Nina,você trás ela pra cá de manhã e eles não vão saber quem era,pois a Nina,a Carla e a Emily vão vir também.É só vocês chegarem antes delas,pra não dar pistas."
"Será que não vão desconfiar assim mesmo,Anne?" perguntei nervosa com o fato de dormir lá com ele. E eles caíram na risada com meu desconforto evidente.
"Tudo bem Duda,ele me prometeu que se isso acontecesse se comportaria."
"Ei, vocês duas,sou um homem de palavra!"agora éramos nos duas quem riamos.
"OK,até mais tarde. Quando acordar liga pra cá e vamos pra sua casa."
"Boa noite e juízo vocês dois!" "Boa noite!" respondi ainda rindo como ela e desligamos.
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Sonhos ou Désjà Vus Los Angeles
RomanceSe não bastassem todas as aventuras e confusões que nossa Duda e família passaram e New York, agora ela vai ter que lidar com a cidade do glamour e todas as novidades que viram com essa nova viajem. Como será que ela vai lidar com isso? É quais as...