Ao terminar sorri pra ele com cumplicidade, fui até ele abraçá-lo carinhosamente afagando-lhe o rosto,ouvindo o Baby bufar revoltado enquanto ao que parecia,Michelle e Anne o continham,mas preferi fingir que não ouvi nada e ainda sorrindo me virei,olhando pra todos que ainda se encontravam no quarto atrás de mim,perguntando quem me acompanharia, virando novamente pra porta fui saindo;mas a mão forte do Baby me segurou no lugar, parei deixando que os outros passassem por mim,confirmando com a cabeça quando a Michelle da porta me olhou e perguntou se tudo bem,a única pessoa além dele que ficou no quarto foi a Anne,que com ar desafiador de braços cruzados encarava-o,como que esperando ele mandá-la sair,mas creio que sua postura o fez desistir e ao invés disso apenas pediu-a que fechasse a porta atrás de si.
Virei-me de frente pra ele que descendo carinhosamente a mão pelo meu braço,passou-a pro meu quadril juntamente com a outra devidamente posicionada me puxando de encontro a si,seu movimento foi tão rápido que não tive tempo de reagir quase me chocando contra seu peito,mas ele me conteve pra no mesmo instante me apertar por inteira contra si,em um abraço/amasso,acariciando de forma sensual minhas costas,beijando minha testa , descendo pela lateral do meu rosto,orelha e pescoço,subindo pela base do queixo , contornando meu rosto pra fazer o caminho inverso do outro lado até minha testa novamente,eu continuava imóvel observando-o de olhos fechado me provocando, se deliciando com as reações involuntárias do meu corpo,que ele já conhecia tão bem. Ele então abriu os olhos e com seu sorriso de lado que me derrete,enfiou as mão por dentro da minha blusa ao mesmo tempo que roçou os lábios nos meus passando a língua entre eles como quem prova o sabor de um sorvete.A reação do meu corpo a essa nova provocação,bem como suas mãos quentes em minha pele,foi até então inusitada.Tive vários arrepios e uma crise de tremores que me sacudiram da cabeça aos pés violentamente.
Ele parecia ter se deliciado com minha reação violenta,pois antes mesmo que me recuperasse,me beijou com tamanha paixão e desejo,me apertando com tanta força contra o peito que arfei em seus lábios,fazendo-o meio que despertar,mas apenas o suficiente pra afrouxar um pouco seus braços,acordando suas mãos que agora percorriam por minhas costa e nuca por dentro da blusa quase toda levantada a essa altura,quando percebeu que me distraia com suas mãos tentando me recompor puxando minha blusa pra baixo,firmou-as uma em minha nuca e a outra na base da minha coluna(no cofrinho mesmo),tentei me mexer,mas a pressão de suas mãos eram realmente fortes,isso sem contar seus lábios e língua,explorando e provocando minha boca,até que não consegui mais resistir e me deixei levar por seu beijo e suas carícias;apenas fechei os olhos liberando meus instintos totalmente entregue.
Graças a Deus a Anne ficou,pois se não fosse por sua interferência não quero nem pensar no que teria acontecido,foi ela que ao vê-lo se jogar comigo entre seus braços na cama,chamou meu nome e nos sacudiu me trazendo de volta a realidade, fazendo-o quase esganá-la.
Quando senti seus sacolejos me chamando,consegui virar o rosto escapando do beijo e comecei a tentar empurrá-lo de cima de mim,enquanto ele,já sem camisa,nem sei como,tentava tirar a minha também,totalmente esquecido da Anne ali; com muito custo o fizemos sair de cima de mim,rolando pro lado e xingando todos os palavrões que lembrava.
Assim que me vi livre de seu corpo, levantei ainda tremendo e abracei Anne agradecida,mas ainda arfando e respirando com dificuldade,sem condições de falar.
Ela o olhava de cara feia e esperou que se recompusesse de costas pra ela,até poder olhá-lo nos olhos e dar-lhe a bronca mais que merecida.
“Sonny,pelo amor de Deus,o que tem na cabeça? Ela acabou de passar por um estresse enorme,que a deixou por HORAS inconsciente,assim que acordou foi bombardeada com todo tipo de informação; não satisfeito com tudo isso você ainda se aproveita do momento de fragilidade dela.POR FAVOR! Dá um tempo,deixe de ser tão egocêntrico um pouquinho e pense nela,só pra variar.”
Ele a olhava abobalhado,com os olhos arregalados e a boca entre aberta;sua expressão foi passando pro entendimento e daí pra culpa e dor,me fazendo sentir uma bruxa, antes que ele se manifestasse intervim em seu favor.
“Anne, por favor,também tenho minha parcela de culpa,não sou nenhuma virgenzinha,despreparada; se não tivesse permitido que ele me tocasse daquela forma não teríamos chegado onde quase chegamos,se não fosse por você.Obrigada! Mas sei que ele também não tinha essa intenção ao ter me segurado pra esperar por ele,ainda mais com a casa cheia e toda essa loucura lá fora.Acho que essa tenção toda e a adrenalina,fizeram com que saíssemos do ar por um tempo.Já sabemos que nosso problema é pele,toque.Não sei te explicar o que acontece,mas quando nos tocamos sinto como se varias micro descargas elétricas atingissem meu corpo, quando nosso toque é mais,diremos, ousado,todo meu corpo reage involuntariamente, por mais que eu queira, as vezes não consigo me controlar,meu corpo simplesmente não me obedece e minha mente se desliga,como agora a pouco. É por isso que de agora em diante devemos evitar esse tipo de contato,não posso mais permitir que me toque dessa forma.Por favor Baby,preciso que me ajude,nesse momento de loucura a manter a sanidade,ou realmente terei um colapso,não conseguirei lidar com mais isso!”
“Te amo de mais pra arriscar sua saúde,pode contar comigo.Não a provocarei mais, quando estiver perdendo o controle,pedirei socorro a Anne pra me controlar;pois pra mim é muito difícil ver você ser cobiçada e literalmente devorada pelos olhos dos outros homens;principalmente sabendo que não é minha;só minha. Te desejo,te quero,tenho uma fome,uma ânsia de você,como uma necessidade louca de te ver,te ouvir,te sentir,estar sempre por perto.
Sei que é louco, também acho,nunca senti nada como isso antes,quando estou longe de você parece que vou enlouquecer,não consigo me concentrar em mais nada,tenho tanto medo de te perder, ao mesmo tempo sei que não é minha,que acho que é por isso que tenho tanto medo. Estou perdendo a sanidade!
Prometo que tentarei evitar o máximo possível te tocar de forma provocante,mas preciso que me prometa que não me enlouquecerá de ciúmes,se derretendo toda pra todos os homens que a cantem!”
A finalização foi tão,ELE,que mesmo vendo e sentindo toda a dor e a angustia contidos em seus olhos e sua voz,não pudemos evitar de cair na risada.
Ele realmente era uma figurinha completamente sem noção.
Mas precisava resolver logo meu assunto pendente,perguntei o que ele realmente queria quando me segurou no quarto,mas a resposta foi mais absurda que as sandices que tinha falado até agora.
“Duda,queria te pedir que deixasse o Cris ser seu porta voz,pois ele te conhece bem o suficiente pra passar a intenção do que quiser falar,além de já estar acostumado a lidar com esses tabloides sensacionalistas.Não me agrada em nada vê-la se expondo assim,ainda mais pra esses abutres.E se quiser ficar ao lado dele tudo bem,mas desde que EU fique a seu lado também.”
O pior é que ,sabia que ele estava falando sério, a preocupação e convicção de sua voz deixavam isso bem claro.Ele é inacreditável,Anne o olhava incrédula do que acabara de ouvir,a boca aberta e os olhos arregalados de descrença.
Suspirei,enquanto ela se recuperava com um arfar, ele nos observava sério com o queixo levantado e os braços cruzados,numa postura desafiadora.
Sorri pra ele,e respondi delicadamente acariciando seu rosto “Meu amor,acho melhor você perguntar ao Paul se tem uma vaguinha junto da mulher dele na clínica,pois creio que você ensandeceu de vez.Depois de TUDO O QUE CONVERSAMOS,você ainda tem a cara de pau de me pedir isso,só pode estar maluco.LOUCO! Por favor não quero e nem aguento mais brigar com você,vamos descer e vou fingir que não ouvi sua birutice,OK.”
Quando acabei de falar ele segurou meu pulso com força de cara amarrada,mas a Anne interveio,batendo,na mão dele até que me largasse, quando ele tentou argumentar,ela levou o dedo aos lábios fazendo “shh”,pra que se calasse, finalmente consegui sair do meu quarto de volta a sala.
Já no corredor dava pra ouvir o titi lá em baixo.
Enquanto cainhava em direção ao burburinho lá de baixo,minha mente voou;comecei a me lembrar dos ônibus cheios e sacolejastes,as vans lotadas,o futum de CC,uma mistura da jaula dos gorilas com a dos leões,sorri ao pensar,pois meu nariz ainda ardia só com a lembrança.
É engraçado como coisas tão triviais podem fazer tanta falta.Lembrei da primeira vez que vim morar nos EUA, meu pai se divertia quando lhe falava que tinha saudades até da muvuca das ruas do centro do Rio,o que sempre detestei; agora me vejo novamente nostálgica,pensando nos subúrbios cariocas,as casinhas alegres,com suas portas abertas, a confraternização entre os vizinhos que a tarde colocam as cadeiras na calçada pra ver o movimento na rua......
Sempre gostei desse clima família,mas não pra viver assim,foi por isso que escolhi morar na roça,mas em um bairro com postura mais fechada.Nos damos bem com nossos vizinhos só que cada um em sua casa;apenas a nossa casa e do vizinho da frente são de cerca viva,o resto são muros altos.
Acho que a aversão que tenho a muros altos adquiri aqui nos EUA,ou são da minha infância,não sei bem.
Pensando nessas coisas,as vezes acho que nunca mais vou conseguir voltar pra minha casa, minha vidinha mais ou menos.E por falar nisso,será que depois de toda essa loucura ainda terei uma vidinha mais ou menos pra voltar? Será que vão me deixar em paz? Sacudi a cabeça tentando afastar esses pensamentos e me concentrar nos assuntos mais urgentes e práticos.
Eu sabia que a diferença de fuso horário entre o Brasil e LA eram de cinco horas a mais lá,então se eram dezenove horas aqui lá era meia noite, seria melhor marcar a coletiva pro dia seguinte pela manhã,assim seria ao vivo e evitaria que manipulassem o que eu diria.
Quando cheguei à entrada da sala onde todos estavam reunidos o Tim veio imediatamente ao meu encontro sinalizando discretamente que parasse onde estava e esperasse por ele,o que fiz de pronto, o que me deu a oportunidade de ver melhor todos os que se encontravam presente.
Pra mim a festa já estava completa,parecia não faltar mais ninguém;sorri pra todos que me olhavam e percebi as conversas começarem a diminuir conforme as cabeças iam se virando em minha direção,apesar de ainda estar escoltada pela Anne e o Baby de cada lado,fiquei aliviada quando o Tim me alcançou e me direcionou a uma sala paralela onde poderíamos conversar com um pouco mais de privacidade.
A voz dele parecia cansada,mesmo com o tom solene e preocupado,me fazendo ficar tensa de imediato. “Duda,recebemos uma ligação de uma repórter brasileira,que disse ser sua conhecida e trabalhar em uma das grandes emissoras do Brasil.Ela falou que não está aqui a trabalho e sim de férias com a família e que você sabe disso, perguntou se poderia vir aqui te ver pessoalmente.”
Sorri e respirei aliviada,pois com toda essa confusão tinha me esquecido da Mariana,nossa cliente e amiga de casa;ela realmente tinha me dito que estaria em LA com a família de férias.Expliquei pra ele,procurando acalmá-lo
“É verdade Tim,é a Mariana,ela é nossa cliente assídua com a família, vibrou quando ganhei o concurso e prometeu tentar me encontrar lá,pois estariam aqui em LA de férias,ela trabalha pra maior emissora de TV do Brasil.É uma repórter de renome e muito respeitada.Acho que de repente ela pode ser de grande ajuda,o que acha?”
Ele sorria agora respirando mais aliviado, respondeu com uma voz renovada e confiante “É claro minha querida,nada melhor que um repórter de renome, respeitado e amigo nessas horas.Vou mandar convidá-la e sua família pra nossa festa de hoje, mandarei o carro ir buscá-los pra evitar inconvenientes pra eles.”
Sorri pra ele e o abracei apertado,era como se meu pai tivesse mandado um representante,isso me reconfortava, dava forças pra seguir;soltei-o e passei a explicar a respeito da questão do fuso enquanto voltávamos pra sala principal. (salão na verdade).
“Acho melhor chamar um representante de cada emissora,revista e sei lá mais o que tem lá fora e marcar pra amanhã de manhã um horário pra fazermos a coletiva,pois assim será de manhã aqui e a tarde no Brasil, por tanto poderei falar ao vivo, assim evitando maiores manipulações ao que falar,o que acha?”
Ele sorriu e disse um muito bem agora verdadeiramente empolgado,quando chegamos ao meio da sala as atenções já eram completamente nossas e aproveitando o momento de silêncio ele anunciou.***********************************
Ai Jisuiso que a coisa ta pegando fogo!!!♨
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Sonhos ou Désjà Vus Los Angeles
RomansSe não bastassem todas as aventuras e confusões que nossa Duda e família passaram e New York, agora ela vai ter que lidar com a cidade do glamour e todas as novidades que viram com essa nova viajem. Como será que ela vai lidar com isso? É quais as...