Uma droga chamada AMOR (romance gay)

1º: Rotina

Mais um dia se iniciava. A prova disso era a porcaria do despertador buzinando nos meus ouvidos. Ainda eram 6:30 da manhã, levanto da minha cama com aquela preguiça básica, sem vontade nenhuma de ir à faculdade e fui fazer minha higiene matinal. Hoje é o meu primeiro dia em uma faculdade federal e eu to muito ansioso, confesso que com um frio na barriga também. Um fato sobre mim, sou muito tímido, então será uma aventura conviver com pessoas totalmente diferentes de mim.
Meu nome é Samuel Carvalho, tenho 19 anos, e estou começando minha vida independente, digo isso pois sempre vivi às custas dos meus pais e familiares, nunca precisei batalhar por nada, sempre tive tudo o que quis, mas agora a realidade é outra, muitas responsabilidades caíram sobre mim, e eu tenho consciência disso. Não será fácil! Sempre me esforcei e estudei bastante, pois sempre sonhei em fazer faculdade na área das exatas em uma federal, e hoje isso se tornará realidade, graças a meu esforço, que também não foi fácil matriculei-me no curso de matemática, licenciatura. Tenho 1,85 de altura, meus olhos são castanho claro, meus cabelos, nem curtos, nem compridos, acompanham meus olhos. Não tenho um corpo definido, nem magro e nem gordo. Um corpo "normal".
Falando um pouco sobre meu passado, na escola sempre fui considerado o nerd, sofria certo bullying por isso. Lembro que a uns dois anos atrás, fui até ameaçado por um babaca metido a machão que estava quase reprovado e queria a cola da prova. Falando em bullying, e antes que me perguntem, sou gay! Descobri isso quando tinha uns 12 para 13 anos, mas se vou analisar bem, já sabia bem antes, só não sabia realmente o que significava. Eu me importava muito com a opinião dos outros, na verdade ainda me importo, mas estou tentando rever isso.
Consegui vaga na casa do estudante universitário (CEU), pois minha renda é considerada baixa, a partir de agora essa será minha "casa". Por mais que os quartos sejam coletivos, no meu caso de duas pessoas, é bem confortável, da pra viver. A universidade em questão é a UFSM-Universidade Federal de Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul. Tenho 4 amigas inseparáveis, conheço elas a mais de 10 anos, elas são meus pilares, elas sabem mais sobre minha vida do que meus próprios pais, e até do que eu mesmo. Falando neles, eles são homofóbicos! Como eu sei disso? Bom, as reações deles quando veem algum gay, tanto na televisão quanto na rua, mais do que prova isso.
Bom, chega de ficar lembrando tanta coisa que não soma em minha vida. Termino minha higiene matinal, e vou vestir minha roupa. A universidade não tem um uniforme, cada pessoa veste o que quiser. Sigo para a cozinha, (modo de falar, pois a cozinha fica junto do quarto rs) sempre me alimento bem de manhã, pois preciso de energia para estudar, ainda mais agora que o estudo é em dobro. Acabo meu café, geralmente um sanduíche com um copo de Nescau (sim eu ainda tomo Nescau heheh) e sento na poltrona para esperar dar o tempo de sair e ir pra aula, que fica a mais ou menos uns 500 metros da minha nova casa.
Só pra constar, meus fones de ouvido são meus bebês, não saio pra lugar nenhum sem eles, ouço de tudo, não tenho um gosto específico para música, mas ultimamente to ouvindo muito Pabllo Vittar, minha diva!
Eu odeio dias chuvosos ou frios, justamente pelo fato de eu ir a pé pra aula.
Saio de casa, coloco os meus fones e sigo rumo a faculdade. A rua por onde eu vou é bem calma, não tem movimento de carro, ou violência, é bem organizada, e tem árvores e flores nas calçadas e canteiros centrais. Sinto "borboletas no estômago", uma sensação boa, de que minha vida vai se encaminhar e tudo vai dar certo!

Capítulo reestruturado!