8º: Sentimentos

433 45 11
                                    

- Então amiga, acho que estou gostando de alguém! Digo meio triste e Lia percebe

- Ih, pela sua cara não vem coisa boa. Diz ela desconfiada

- Então.. lembra daquele homem lá da noite do barzinho?

- Lembro sim, o que tem ele? Ela pergunta já alterando a voz

- Não tenho certeza amiga, mas acho que estou gostando dele! Digo sem esboçar reação

- Como assim Samuel? Explique isso direito. Diz ela já toda eufórica

- Eu não sei direito Lia, fazem apenas dois dias que nos vimos pela primeira vez mas sinto que algo mudou desde aquela noite sabe.

- Continue... Diz ela querendo saber mais

- É isso Lia. A gente se esbarrou esses dias e conversamos um pouco, conheci um lado dele que confesso que fiquei surpreso, e você sabe como eu sou dedo podre para homem. E hoje quando eu estava vindo aqui para sua casa, vi ele abraçado a uma menina no estacionamento do mercadinho. Senti uma pontada estranha no peito, não sei porque. Digo em tom meio triste

- Nossa! Mas ele é hetero? Lia pergunta

- Deve ser. Ele me falou ontem enquanto estávamos dando uma volta pela cidade que ele era casado mas que descobriu uma traição e acabou separando.

- Espera.. VOCÊ ANDOU DE CARRO COM ELE SAMUEL?! Diz Lia quase berrando

- Calma aí querida, foi meio que uma carona, e ele só queria me agradecer por ter ajudado ele. Digo meio tenso

- Hm, sei! Diz Lia desconfiada

- Mas o pior de tudo amiga, é que na mesma noite que a gente ajudou ele, ocorreu uma cena meio estranha no banheiro.

- Que cena estranha? Pergunta ela com cara feia

- Eu estava no banheiro, quando ele entra lá de repente e começa a me xingar e me ameaçar. Falou que odiava os gays e que não queria que eu cruzasse o caminho dele de novo. Porém, ontem ele me disse que fez isso por efeito da bebida. Ele parecia estar sendo sincero! Digo meio que desabafando

- Samuel, por que não me contou isso antes? Eu poderia ter dado uma lição nele.. Aliás nem iríamos ajudá-lo. Diz uma Lia furiosa da vida

- Tá tudo certo já Lia, não se preocupe. O que eu to realmente preocupado é de começar a gostar dele de outra forma, e me dar mal lá no final.

- Ai amigo, nunca vamos saber se não tentarmos. Mas eu acho que você deveria esquecer esse sujeito. Vocês mal se conhecem, e se ele estava abraçado a uma menina a instantes atrás, quer dizer que não curte homens. Diz Lia me confortando

- Acho que devo fazer isso mesmo.. aliás, tentar. Vai ser pior se eu nutrir algo e depois descobrir que não pode ser recíproco. Digo, mas sinto que isso não vai dar coisa boa

- Falando em amor mal correspondido, uma vez, quando eu ainda estava na escola, comecei a gostar de um menino, muito bonito e tals, ele sabia que eu gostava dele, e acho que ele até gostava de mim, mas alguns dias depois descobri que ele gostava de outra, e eles até ficavam atrás da escola. Fiquei triste claro, mas superei. Eu sei o quanto dói um coração partido e espero que você não passe por isso meu amigo. Diz Lia me deixando surpreso

- Que história hein! Vou tomar cuidado, prometo. Digo e sugiro para voltarmos a assistir a série, já que ficamos mais de uma hora conversando sobre esse assunto.

Ficamos o resto do domingo assistindo televisão. Fui para casa já era noite pois precisava dormir já que amanhã era segunda e tinha que ir a faculdade.

Chego em casa, não tinha ninguém. Vou para meu quarto, tomo um banho bem demorado, arrumo meu material para amanhã, e quando estou indo deitar, recebo uma mensagem de Arthur, ele tinha meu número pois mandei um "oi" ontem para ele salvar meu número.

Fiquei pensando se iria ler ela ou não. Resolvi deixar o celular de lado e dormir pois estava cansado.

Já era segunda feira, o dia amanheceu estilo dilúvio! Era muita chuva. Pensei até em não sair de casa, mas minha mãe iria me matar.

Levanto e faço a mesma coisa de sempre. Chego na cozinha para tomar café, dessa vez acompanhado de Max, meu colega de quarto.

Estava quase terminado meu café, e ainda não sabia como iria para a faculdade, pois estava chovendo demais e com vento. Meu celular toca e vejo que é outra mensagem de Arthur, e resolvi ler.

"Bom dia Samuel! Gostaria de uma carona? Passo sempre pela frente da sua faculdade para ir ao meu trabalho, não seria incômodo. Estou aqui na frente da sua casa, caso queira aceitar."

Fico relendo aquela mensagem e agradecendo por ele ter aparecido, mesmo sabendo que não deveria aceitar, teria carona.

Desço as escadas correndo e quando chego na entrada do bloco, lá está ele. Arthur percebe que vou em direção ao carro dele e abre a porta. Entro e comprimento ele.

O caminho até a faculdade foi normal. Conversamos bem pouco, sobre assuntos banais como música por exemplo.

O restante do mês passou exatamente assim! Minha amizade com Lia estava cada vez mais forte. Minha relação com meus pais estava estável, e com Arthur.. bom, esse passou a me dar carona todos os dias até a faculdade, falou que estava se sentindo só é gostava da minha companhia.

E se você está se perguntando agora "como eu estou em relação a isso?" Devo dizer que o sentimento que eu sentia por Arthur só aumentou. Conheci muito sobre ele nesses últimos dias e ele é uma pessoa boa, mesmo tendo um ar misterioso às vezes. Meu desejo era esquecê-lo e tentar ser feliz com outra pessoa, mas não consigo mandar no meu coração infelizmente.

Capítulo reestruturado!!!

OBS: Genteee, eu estou muitooo feliz com a repercução que o livro está tendo em tão pouco tempo. Sei que parece pouco para alguns, mas para quem começou sem experiência nenhuma e apenas com intuito de passa tempo, estou maravilhado. Agradeço muito a cada pessoa que passa seu tempo aqui comigo nessa história, e espero que esteja gostando. Caso tenha algo errado ou algo que eu possa mudar, e até mesmo críticas e sugestões, meu privado está aberto para vocês. Beijão❤️

Uma droga chamada AMOR (romance gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora