The Little Killer - O Filho de Jeff The Killer

Minha Vida

_Sou eu - Abro a porta dando de cara com Jane que me lança um sorriso de canto.

Tento sorrir, porém um gemido dolorido sai de meus lábios assim que uma pontada atinge meu ferimento.

_Foi o Jeffrey que fez isso? - Pergunta a assassina apontando para o corte.

_Não mas... Bem, isso não vem ao caso. - Eu realmente não quero contar o que houve naqueles dutos. - O que faz aqui?

_Slender me pediu para te ajudar com o machucado - Murmura olhando ao redor, reparando no meu ''quarto'' sujo e bagunçado. _ Então err... Aqui que você mora?

_S-Sim, ainda está meio bagunçado e sujo, não tive muito tempo de arrumar.

Explico meio sem jeito, afinal seu quarto mostra quem você é, e eu estranhamente não quero que Jane fique com uma má impressão de mim.

_Tudo bem, eu entendo Goyle. - Ela sorri, enquanto eu solto uma risada nervosa. - Mas agora venha comigo, preciso dar uns pontos na sua perna. - Olho assustado para a morena que apenas põe a mão no meu ombro, me guiando para algum lugar.

(...)

Não era um hospital, de fato não era, parecia mais como uma sala de tortura ou sadomasoquismo. Chicotes, serras elétricas, tesouras e uma maca sangrenta enfeitavam o ambiente.

_ Deite-se aí, vou pegar os equipamentos. - Diz ela entrando em uma salinha pequena ao lado do quarto.

Tento subir na maca, porém, para minha grande felicidade meu tamanho não me ajuda em nada, bufo irritado sentando-me no chão enquanto ajeitava meu blusão sob as pernas.

Eu não entendo o porquê dela querer me ajudar, logo eu o ''fracote que usa fraldas'' como os outros costumam dizer... Vai ver só é pena, talvez até exista humanidade, mesmo que seja pouca, dentro dessa moça.

_O que faz aí? Eu disse para ficar na cama. - Assusto-me com sua voz tão próxima a mim.

_Ah! Bem, e-eu meio que não alcanço... - Murmuro envergonhado olhando para minhas mãos. Uma risadinha abafada sai de sua boca.

_Por que não disse antes? -Questiona ela erguendo meus braços e me pegando no colo.

_N-Não precisa Jane, sério. -Digo muito envergonhado.

Sei que ainda sou uma criança, e que não deveria me preocupar com isso mas... Digamos que nunca tive um contato muito humano na minha vida, e essa situação chega a ser constrangedora.

_Deixe de bobagens menino, você é tão leve quanto minhas facas. Não é incomodo algum. - Ela me põe sentado na cama, ajoelhando-se em minha frente, enquanto colocava minha perna sobre o seu ombro.

A assassina abre uma maleta de ferro tirando de lá um vidro com algum líquido dentro, o embebedando em um lenço branco e passando sobre meu ferimento. Mordo os lábios com força, reprimindo o gemido de desagrado.

Após contornar todo o machucado com a solução, ela retira de dentro da mala linhas e uma agulha fina que brilhava na ponta, posicionando a mesma no início do corte.

Fecho meus olhos e inspiro profundamente. Calma Johnny respira, serão apenas alguns pontinhos, lembre-se picadinhas de abelhas, picadinhas de abelha, picadinhas de...

_AHHHHHHHHH!

_Quieto shh... Acalme-se, pronto, pronto, passou... - Jane sussurra me pegando no colo, balançando-me de um lado para o outro.

Agarro com força sua blusa enterrando meu rosto no vale dos seus seios, encharcando seu sutiã com minhas lágrimas.

Que patético. O que ela irá achar de mim agora? Eu tinha que mostrar que sou forte, que sou um homem, e não uma criança que desaba por uma simples picada de agulha.