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O relógio marcava quinze para às três da madrugada quando L pensou em colocar o seu plano em prática. Antes de sair, pediu secretamente para que Watari desligasse algumas câmeras e escutas, deixasse o seu posto assim que chegasse do passeio com Misa e Light, com ordem de não voltar, até o amanhecer. O único problema agora era, como de costume, sua cabeça, ou melhor dizendo, seus pensamentos.
Nada naquela situação parecia certo, parecia no fundo, bem no fundo mesmo, só uma desculpa esfarrapada para beijar Light, ou, será que ele realmente tinha como provar algo inimaginável com aquilo? Que tipo de sacrifício era aquele? Ele parecia tão certo de tudo antes, seus passos estavam contados na sua cabeça, mas a dúvida cresceu com as memórias da noite em que tudo aconteceu, e para piorar o seu peso na consciência, Light estava deitado ao seu lado na cama, dormindo. Podia ver o corpo seminu, assim como o seu, mas sua cabeça não estava pensando na nudez do outro, estava pensando em desistir, e já tinha pensado nisso antes. Agora mais do que nunca, sentia o seu estômago revirar. Talvez aquilo fosse... Não.
Só pode ser a bebida
Mas não era, e o pior era ele saber que não podia ser o álcool. Ele não podia mais negar, nem fingir não sentir o nervosismo no seu estômago, que era tão real quanto a vontade de criar novas lembranças. Não era o poder da sedução, L não era idiota de achar isso. Sabia muito bem como funcionava o prazer no seu cérebro, sabia quais eram as composições químicas que estavam causando aquele sentimento chato de simplesmente querer foder com Light ali mesmo. Mas agora, graças aos efeitos das também substâncias químicas que o seu cérebro estava produzindo, ele não se importava tanto em como aquelas substâncias químicas do seu cérebro estavam manipulando ele. Tudo parecia uma inofensiva oportunidade para experimentar um pouco mais daquele êxtase novamente, porque o seu cérebro precisava que aquilo fosse minimamente saudável. Sua mente não parava, não era seguro, mas como ia aprender a controlar aquilo? E se ficasse pior? E se ele não tivesse outra oportunidade como aquela?
No relógio marcava exatas três horas e um minuto da madrugada, L tinha que ter certeza do que fazer com seu plano, então o pôs em prática.
Subiu com toda delicadeza que podia sobre o abdômen de Light, sem fazer muita pressão, se deleitou da imagem calma de seu inimigo sob si, indefesso. Ele não sentiu nada que imaginou sentir minutos antes, na verdade, a única coisa que veio a sua cabeça foi que ele poderia ficar naquela posição a madrugada inteira, apenas observando seu rosto e sua respiração. Se pegou pensando se realmente gostaria de ser o ativo da "relação" que estabeleceria naquela madrugada, ele não tinha certeza, nem experiência, mas de qualquer forma, ele estava pronto para qualquer opção. Pensou no fato de que nunca desejou fazer aquilo com alguém, não queria filhos, não precisava de mais contato social e masturbação era okay, pensou que não tinha gosto por relações sexuais por muitos anos. Acontece que o Light não era "Okay", não significava filho, muito menos uma relação que passasse de sexual. Pensou nisso quando resolveu sentar em cima da pélvis do castanho, aquilo sim era ilegal e hipócrita, entretanto do que valia aquela pequena hipocrisia quando tinha um assassino em série trabalhando com a polícia em seu próprio caso, como se não tivesse chupado o detetive chefe da investigação só por diversão? Sua hipocrisia não era nada comparada com a de Kira, então suspirou mais uma vez antes de tomar coragem para ignorar os batimentos rápidos do seu coração e seguir o plano.
Com certo receio, tomou os pulsos do menor e sem esforço os segurou a cima de sua cabeça. Já que L nunca tinha feito nada do tipo, acreditava que o pouco de álcool que restava no seu corpo o permitiu fazer aquilo, ainda tinha aquele sentimento horrível morando no seu estômago, a voz na sua cabeça dizendo que era melhor parar ali, voltar pra cama e esperar o dia amanhecer. Todavia, suas vozes se calaram quando começou a repassar as lembranças da casa de Light. Deixou seu quadril falar por suas lembranças, o que acabou por despertar o menor, o pouco de peso a mais era um detalhe comparado com a respiração forte de Ryuzaki contra a calma do castanho, ou estão os movimentos lentos que estavam estimulando o moreno.
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Que Deus Abençoe Kira
FanfictionTudo começou com uma morte distante, depois aumentaram para duas, três, quatro mortes distintas que me levaram até você. Era um caso grande já no começo e eu te odiava, tinha nojo dos seus ideais, dos planos mesquinhos e infantis que te escondiam at...