13 CAMILA

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Aquela segunda tinha tudo pra ser mais um dia normal nos tumultuados corredores da gigante escola na qual eu frequentava, se não fosse pelas inúmeras pessoas que antes eram só vultos apressados que passavam por mim no corredor que agora me cumprimentavam com um sorriso no rosto, recebi diversos acenos, tapinhas nas costas e até Amy Lancaster, uma garota popular e líder da equipe de debates, que me parou no corredor pra me dar um abraço apertado e me dar parabéns pela minha postagem no Instagram e minha postura diante de todos os machistas da escola que já comentavam o fato de eu ter ficado com Sammy e Johnson.

- Parece que agora você é popular depois daquele seu pisão no insta, só quero ver a cara do skate - Izzy diz assim que me encontra enquanto sorri animadamente.

- Eu? Popular? Daqui a pouco todo mundo esquece disso e tudo volta ao normal - dou de ombros enquanto abro meu armário.

- Até parece, gata desse jeito meu amor, agora que repararam em você, minhas primas kardashians que se cuidem - Izzy diz me fazendo rir

- Amor, já conversamos sobre isso, você não é uma Kardashian - Gilinsky diz enquanto abraça a namorada por trás.

- Me solta, tô terminando com você, a gente não pode namorar se você não entende a minha genética de socialite g - ela diz e eu gargalho alto.

- O que é tão engraçado? - Sammy diz enquanto se aproxima de nós junto com Johnson e Taylor.

- A Izzy e sua fixação pelas Kardashians - Gilinsky responde.

- Não contraria essa aí não porquê é pior g - Johnson responde e Izzy o fuzila com os olhos.

- Oi amor da minha vida - Taylor diz e me abraça.

- Ok, desabraça que já tá de mais - respondo o empurrando.

- Você é muito insensível, eu sou um nenê, preciso de carinho - Taylor diz e limpa uma lágrima imaginária me fazendo rir.

- Eu te amo, mas essa coisa de ficar abraçando não é pra mim Tay - respondo e o sinal toca.

Eu, Sammy e Johnson nos dirigimos pra aula de francês rindo das brincadeiras de J.

- Bonjour, mes amours (bom dia meus amores) - a professora nos cumprimenta assim que chegamos á sala.

- amas eu nem cheguei e a senhora já está dando em cima de mim? Não adianta fazer esses biquinhos, eu já disse que não posso ficar com você, é pedofilia poxa - Johnson brinca e Sr. Jefferson ri, ela era nossa professora mais nova, tinha por volta de uns 23 anos e tinha um ótimo humor.

- Sentem-se que eu já vou começar á aula, e tente não ficar babando quando olha pra mim Sr. Johnson - ela pede.

- Sr. Johnson é muito formal, pode me chamar de Mozão - ele brinca e pisca pra professora que apenas ri e se dirige do quadro.

Skate chega á sala de aula, atrasado como sempre, e assim que passa por debaixo do grande ventilador no centro da sala o vento parece espalhar seu cheiro, que me faz perder os sentidos por milésimos de segundo.

- Está tudo bem Srta. Mendes? - a professora pergunta e eu assinto.

- Você ainda é caidinha por ele né? - Sammy pergunta quase como um sussurro.

- Vocês tem que parar com essa mania de achar que eu sou apaixonada por aquele babaca, o máximo que eu tenho é tesão nele - respondo e me viro pra frente ouvindo a risada rouca de Sammy.

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Saio da escola e me dirijo direto pro Starbucks da esquina, havia ficado até mais tarde na escola por conta de matérias extracurriculares e todos já haviam ido embora.
Assim que atravesso a enorme porta de vidro, esbarro com quem eu menos esperava KJ, ele fora meu primeiro namorado, terminamos por ele ter que se mudar pra outro estado com a família, nunca iria sonha que ele estaria de volta.

- Eu acho que preciso de óculos, é você mesmo? - pergunto assim que o mesmo me segura pela cintura me impedindo de cair.

- O próprio, achei mesmo que te encontraria aqui nesse horário - ele responde com um de seus sorrisos maravilhosos.

- Não quero nem saber se você tem compromisso, você vai sentar pra tomar um café comigo agora mesmo, te pago quantos muffins vc quiser - digo e ele apenas assente e nos dirigimos á mesa próxima a janela.

Tomamos nossos cafés em meio á risos e histórias de como foi a vida um do outro nesse 1 ano em que ele esteve fora.

- Ele não muda né? Sempre com esse ar de bad boy como se fosse o dono do mundo - ele diz olhando pra rua e eu acompanho seu olhar até Skate, que tinha seu cigarro nas mãos enquanto falava ao telefone.
Nossos olhares se cruzam e nenhum dos dois quebra o contato visual até que ele parece olhar pra KJ junto comigo e sai rapidamente.

- Pois é, ele não tem jeito mesmo - digo e abaixo a cabeça, triste por saber que ele realmente não mudaria!

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