Dois meses haviam se passado rapidamente, e as coisas continuavam evoluindo normalmente, porém ainda tinha alguns assuntos para resolver. Grazzi e Draco não eram o maior problema, mas Dante e Lary! As gêmeas Bennet possuíam o sangue perfeito para entrarem para a familia, não fora nenhum pouco fácil ir sussurrando ideias maldosas no ouvidos dos parentes das gêmeas para que eles a maltratassem, afinal, eu precisava delas exatamente assim, nesse molde. Allan era a pessoa ideal para a criação delas, e como sempre, fiz com que meus planos dessem certo. Já em idade adulta, mexi os pauzinhos certos para lhes dar um emprego perto dos Valerian, e o resto, o tempo de encarregaria.
Damon finalmente tinha casado com a irmã de Arlekin, me garantindo uma aliança com as fadas e o cumprimento de um acordo com meu amigo, o jovem e doce rei das fadas. O fruto que viria dessa união selaria um elo ainda mais intimo entre as famílias, e com a ajuda do irmão, Safira teria uma gestação sem grandes sustos. Ao contrario de Sansara, que requeria todo o cuidado dos seus maridos relapsos.
Ainda lamento a distração que tive em relação a Sansara, pois se tivesse dado antes a informação a Victor, afinal ela teria sido resgatada ainda quando menina, muitos problemas poderiam ter sido evitados, como a interferência de Camille, uma vampira que tentou seduzir Caleb, e tive que mata-la. Uma carta fora do baralho. Cam estaria preparado para lidar com a vinda dos meus netos e eu não teria que alimentar minha nora com meu sangue.
Mas voltando ao problema inicial, Lary era muito dona de si, e provavelmente eu teria que tirar Dante da jogada para então conseguir o que queria, e já estava planejando como fazer isso. Infelizmente precisava tomar algumas atitudes um pouco mais radicais em relação a Cam, e por isso, vim lhe fazer uma visita.
Entrei na mansão Dragomir sem ser notado, e encontrei ambos no escritório, transtornados com o sumiço de Sansara.
_olá! – ambos me fitaram e levantaram-se imediatamente.
_pai! – Cam puxou Caleb e colocou-se em sua frente – o que faz aqui...
_vim ver meus filhos e minha nora! – falei colocando as mãos nos bolsos – não precisa ficar tão tenso, afinal não vim para levar Caleb!
_como posso confiar em voce? – perguntou.
_eu ainda sou seu pai e ainda somos família! E por falar nisso...
Me aproximei tranquilamente dos meu filhos, e parei em frente do que mais se assemelhava a mim, Cam fitou-me receoso, porém firme como uma muralha. Num golpe certeiro, consegui enfiar minha mão direita em seu abdomem, fazendo-o esguichar sangue pela boca. Torci suas entranhas e as apertei, antes de empurrá-lo até a parede, caleb foi para seu lado, tentar conter o sangramento.
_estou muito envergonhado por sua atitude! – falei ao puxar um lenço do meu bolso e limpar o sangue em minhas mãos – tratar minha nora daquele jeito...
_o que você sabe sobre ela... – falou com dificuldade.
_Sansara espera meus netos! – ambos me olharam em choque – sim, meus netos, e pelo visto sobrou para mim cuidar dela e dos pequenos, já que as mocinhas ai, estão muito ocupadas com seus ataques...
_não pode ser! – Caleb murmurou – isso... Não podia ter acontecido... Não desse jeito!
_de fato! – comentei – ela esta sob a proteção da casa Valerian, o menino Damon, sabe onde! Minha nora esta frágil e precisa do sangue de vocês, a estive alimentando-a com o meu, mas isso pode se tornar um problema futuro, então resolvi vir aqui e chutar seus traseiros e ordenar que partam imediatamente para Londres!
virei-me para partir, mas parei quando senti uma mão em meu ombro. Uma mão receosa...
_ela... Ela pode... – virei-me para meu filho mais novo, vendo seu conflito interno.
_não dizer que ela pode morrer, não facilitará as coisas, Caleb! – ele olhou-me mais que perdido, e segurei em sua nuca, encarando seus olhos com profundidade – sozinha, como esta, sim, ela pode morrer! – o senti ficar tenso!
O encarei por alguns segundos e fitei Cam, que se levantava com dificuldade, apoiando-se na mesa de mogno enegrecido do escritório, seu ferimento se curaria bem lentamente, afinal, ele merecia sofrer um pouco. Olhei Caleb novamente.
_você se parece tanto com sua mãe... – murmurei, fazendo-o arregalar os olhos perplexo – você tem algo que seu irmão e eu jamais teremos... E sua mae se orgulharia de voce por isso... – o soltei e olhei para meu filho mais velho, meu maldito orgulho, meu maior trunfo, e meu triunfo como pai – você tem cuidado das coisas do jeito certo, continue assim! Um líder não é um líder, se não souber se sacrificar pela família!
Parti sem dar-lhes mais explicações. E fui direto para Londres, precisava sussurrar mais algumas vontades no ouvido de Lary, afinal, ela ainda estava muito resistente ao charme do pobre menino Dante, que inultimente, mandou flores a ela, chamou-a para um jantar romântico, e como jovem de alguns séculos atrás, tentou corteja-la de modo delicado, e falhou miseravelmente. Eu precisava fazer com que eles ficassem juntos, pelo menos uma vez, teria que quebrar todas as muralhas que ela criou, para então conseguir atingi-la de verdade, infelizmente Dante sofreria no processo, mas não era nada para se preocupar, afinal... As coisas sempre saiam do jeito que eu desejava.
Sai de seu espelho, dentro do quarto da menina Bennet, que dormia, aproximei-me da cama e acariciei seu rosto com delicadeza.
_doce menina... – sussurrei – você deveria fazer trilha pelo bosque, amanha pela tarde... Lhe fará tao bem, você anda tão sufocada com o trabalho, precisa de ar puro!
Afastei-me dela e voltei para o espelho, saindo em seguida no quarto de Dante, que estava meditando, tentando por os pensamentos no lugar.
_você deveria ir caçar na floresta, meu menino, há um felino especial naquela floresta, que pode representar perigo, para quem esta desatento! – sussurrei fazendo-o abrir os olhos e olhar bem na minha direção, porém sem conseguir me ver.
_talvez deva sair e ir para a floresta, vai me ajudar a assimilar essa situação! – murmurou consigo mesmo.
Piscar os dedos, e ir para o dia seguinte, era uma das vantagens de ter um pai como o meu, um senhor do tempo, era domingo e como sugerido, Lary foi caminhar, e Dante igualmente foi para a floresta. Colocar um tigre na caçada da Bennet foi ridicularmente simples, Dante chegaria antes de qualquer coisa acontecer a ela.
Das sombras acompanhei a caçada, e o êxito do meu plano de fazê-lo penetrar na armadura que ela tinha envolta de si.Tio Arthur na área
VOCÊ ESTÁ LENDO
Irmãs Bennet - Série IMORTAIS - Livro 3
VampirosImortais Apaixonados Destinados a amar e serem amados Após passar uma longa temporada recluso, Dante sente-se deslocado no mundo, sem saber como interagir com as demais pessoas ao seu redor, limitando-se a cuidar apenas da família. Como reconhecer e...