Segunda e terça-feira passaram-se rápidas e exaustivas para o garoto de olhos azuis que mal conseguiu respirar.
Hillary não saiu do seu pé e implorou de todas as formas para que ele votasse na chapa de uma das cheerleaders em vez de votar na chapa da líder do jornal da escola, a Mellanye, para presidente do grêmio estudantil.
Pelo amor, Luke ficou irritado com a situação. O voto era dele e ele o daria para quem quisesse, okay? Não seria ela que o faria escolher quem ele não queria.
As marcas no rosto de Luke faltavam pouco para desaparecer, mas ele não dispensou a maquiagem por nenhum segundo. Hillary até percebeu uma quantidade um pouco exagerada na maçã da bochecha dele, porém, não o questionou e apenas retirou o excesso com cuidado. Ela sabia que ele havia se metido em encrenca, só não sabia com quem e o por quê.
Na terça-feira, a senhora Clark o chamou em sua sala e mencionou que precisaria dar detenção como castigo a ele e Louis pela briga de sexta. Harry implorou para que não, mas a mulher não teve escolha porque naquele dia da briga seu supervisor estava com ela na sala e assistiu tudo incrédulo.
Quarta-feira começou o castigo, eles tiverem que ficar uma hora e meia a mais na escola até quarta da próxima semana. Luke achava que seria entediante ficar preso em uma sala com o professor Wilson, mas ele deu sorte que o professor estava de licença e a professora que o substituiu era liberal um pouco. Ou seja, a detenção resumiu-se em Luke e Michael trocando sussurros um para o outro o tempo inteiro.
E sim, a amizade dos dois estava dando certo. Por Deus, Luke estava feliz e Calum mais ainda.
Na quarta-feira a noite Calum foi na casa dos Hemmings e levou bombons para o amigo e o encheu de beijos porque ele e Ashton haviam se beijado na noite anterior. Calum faltou explodir em mil pedaços de tanta alegria e espalhar purpurinas pelo mundo. Ele realmente estava feliz.
E naquela mesma noite Calum fez o loiro dormir quase quatro da manhã porque ele não parava de falar o quão os lábios de Irwin eram macios e de como suas mãos sabiam direito onde tinham que se encaixar. E se Luke ficou com inveja? É claro que ficou. Afinal, seu amigo podia ser quem ele era e havia encontrado alguém bom enquanto ele permanecia com pose de punk hétero arrogante.
E Elizabeth, sua mãe, estava aérea com o tal Robin que a pediu em namoro nesse mesmo dia só que na parte da tarde. Ela disse que foi tão romântico. Ela contou tudo com muito detalhes quando ela chegou em sua sala no hospital em que trabalhava, com a mesma cheia de buquês de rosas vermelhas e brancas pelos cantos e ele ajoelhado no meio da sala com uma caixinha de veludo azul escura com suas alianças dentro. Luke ficou tão encantado.
Até sua mãe consegue arrumar alguém romântico em meados de dois mil e dezesseis e ele não. E não podemos se esquecer de Calum, que conseguiu alguém com dezessete anos que é um cavalheiro.
Era quinta-feira e para a alegria do loiro era feriado e ele poderia ficar até mais tarde na cama, mas também né, ficou acordado até as três da manhã com seu amigo.
O farfalho das cobertas ecoou baixinho pelo quarto quebrando o silêncio, não só do quarto, mas como o silêncio que se estendia pela casa toda.
Luke estava suando debaixo das cobertas, mas não se levantou porque ele não estava em disposição ainda para fazer isso.
Sua camisola vermelha de seda deixava sua pele branca e alva destacada e mais convidativa a quem visse, ainda mais com a luz fraca do sol que batia em seu corpo quando a cortina balançava. Seus cabelos estavam levemente bagunçados e seu rosto e lábios inchados, e isso era por causa do cansaço por ter dormido demais.
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My Punk My Princess {Muke Version}
FanfictionLuke Hemmings é visto como um tremendo idiota por muitos de sua escola, e isso o machuca desde sempre. Ele sabe que se agisse da forma como é, talvez não obteria respeito e seria vítima de bullying, pois tem um pequeno segredo que acaba por ser esco...