Cap. 4: Um pouco sobre o Conde Cipher

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Meus irmãos mais novos não tinham um pingo de inteligência. Eu agora tinha certeza.
-Ora, ora. O grande e poderoso Bill Cipher estar apaixonado por uma humana?- disse Kill em um tom que era claramente deboche.
-Deixa ele, Kill! Acho bonitinho.- disse Will com aquela doçura típica dele.
Meus irmãos caçulas, sem avisar, decidiram passar um final de semana em minha nova casa.
Eu como o mais velho, tinha uma certa autoridade sobre eles. Mas eles, principalmente Kill, eram rebeldes sem causa e nem rédeas.
Kill era o segundo. Ruivo com os mesmo olhos pretos como os meus. Mas quando estava em sua forma de demónio ficava vermelho como sangue. De todos ele era o mais impulsivo e violento. Matava por diversão e era impetuoso.
Will era o mais novo. Os cabelos tão pretos que pareciam azul. Os olhos de um azul claro muito fofo. De todos nós, sádicos e psicopatas, ele era um único que espancava disso. Sempre piedoso e gentil. Nunca levanta a voz e raramente mostrava a sua forma demoníaco.
Mesmo não morrendo de amores por eles, eram a minha família.
-Bill. O que passou na sua cabeça quando decidiu que queria se casar com uma humana?- Kill falou novamente.
Já estava perdendo a minha paciência. Me levanto deixando bem claro que era eu que estava no comando.
-Kill, Will! Escutem bem o que eu vou falar. Minha vida não é e nem nunca foi problemas de vocês. Então o que eu faço ou deixo de fazer não é de interesses de vocês dois.
Eles dois rapidamente ficaram calados e sentados.
-B-Bill. Mas podemos saber o que você sente pela humana?- disse Will com um uns olhos fofinhos. Assim eu não resistia.
Dei um suspiro e voltei a me sentar. Peguei um copo que estava com uísque. Tomei tudo com um só um gole e preparei para falar:
-Mabel Pines é uma mulher que preenche minhas exigências para um boa esposa. Eu quero me casar por questões socioeconômicas. Ela vem de uma família influente nessa cidade. Pelos boatos que eu ouvir sobre ela é uma boa mulher, todos parecem amar ela. Eu quero alguém que seja amado por todos. Além do mais eu a conheço desde de criança sei como é.
Eles me encararam um pouco surpresos.
-Mas você está apaixonado ou não, Bill?
Haja paciência!
-Isso não interessa para você. Além do mais a família dela ainda esta desconfia com meu pedido. E ela também. Mas vocês conhecem meu poder de persuasão.
O resto do dia foi só de questões de negócios e outras que não eram minha futura noiva. Afinal, se eles ganhassem uma cunhada ou não, não iria interferi em na vida neles.
Já na hora da partida deles, Kill venho até mim e disse algo no meu ouvido:
-Se essa humana fizer algo que comprometa nossos planos...Vai ser melhor você resolver, caso ao contrário eu mesmo a mato.
Nessa hora meu sangue gelou.
Mesmo sendo o mais velho e mais poderoso, eu tinha total consciência da força dos meus irmãos caçulas. Kill era um assassino a sangue frio! Qualquer coisa que o irrite teria dias contados.
Não disse fala nada. Era a decisão mais sensata no momento. Tudo estava indo bem entre nós. Gostaria muito que Mabel fosse aceita na família Cipher. Então tinha que manter tudo no controle. No meu controle.
Durante a noite, meu sono não venho. Decidir sair para o meu jardim.
Eu só tinha comprado aquela mansão para impressionar a Mabel( o que havia funcionado). Mal havia notado como aquela casa era linda.
Me sentei em um banco qualquer e fiquei admirando as estrelas e a Lua.
Eu estava cansado. Não fisicamente. Cansado de tudo. Das coisas que eu era obrigado a passar nessa dimensão. Da minha tediosa imortalidade. Da minha maldição. Da minha necessidade de ter poder. Eu não era um homem feliz. Eu admito isso. Eu era um ser demoníaco de outra dimensão amaldiçoado a viver nessa dimensão nessa forma humana.
Eu e meus irmãos cometemos crimes, que para eles era “imperdoáveis”. Como punição, nos condenaram a esse mundo e a essa forma fraca. No início foi difícil para se adaptar, mas com a passar dos anos recuperamos a maioria de nossos poderes e nos acendemos na sociedade aristocrata. Por alguns méritos e corrupções, conseguimos os títulos de condes. Por onde passávamos éramos reconhecidos como nobres poderosos. É dessa forma que eu gosto.
Mas essa aqui ainda não é a minha casa. Mesmo com tudo que me aconteceu, ainda quero voltar para minha dimensão. Só posso fazer isso com muito poder acumulado para abrir um portal. Mas ainda sinto que não consigo.
Então só resta para mim e meus irmãos vivermos aqui com o status que demos. Talvez um dia...
Com todos esses pensamentos confusos, acabo pensado em Mabel.
Estava demorando muito para ela dizer sim! Já havia 2 meses daquele encontro na festa e fazia 1 mês que nos encontrávamos. Eu bem que podia acabar com isso tudo e obriga-la a casar comigo amanhã mesmo. Mas como o meu plano é passar uma visão positiva é melhor as coisas irem do jeito que estam.
Semana que vem vou fechar algumas negociações com algumas famílias nativas. Isso só vai mostrar a família Pines o qual bom pretendente que eu sou.
Mabel já estar mais simpática comigo. Só preciso me segurar para não agarra-la toda vez que a vejo. Quando olho ela... Isso me deixa louco só de pensar.
Ah, Mabel! Se você soubesse o quando é importante para mim...
Notei que o Sol já iria nascer. Decidir entra para que os empregados não notassem a minha ausência.
O resto do meu dia foi cuidado de negócios e outras coisas chatas. Eu odeio coisas chatas! Eu sempre fui alguém com parafusos um pouco soltos. Louco, desobediente, impulsivo, controlador. Essas eram as minhas características que eu julgava ser mais marcantes. As vezes eu até podia ser sádico e psicótico, mas isso depende do dia e do meu humor.
Com a grande maioria das pessoas eu sou frio e sádico. Já com os mais íntimos sou cómico, mas ainda continuo sádico.
Esse era o grande e poderoso Conde Bill Cipher. Esse era eu.

Seja uma boa menina (Mabill)Onde histórias criam vida. Descubra agora