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Quando Castiel acordou no dia seguinte, ele sentiu falta da água ao redor de seu corpo, sentiu falta do frescor marítimo, de seus amigos e amigas. Porém, também sentiu medo. Sabia que seu pai estava furioso. E sabia também que ele ficaria ainda mais quando soubesse que ele havia buscado abrigo junto de um humano.

Seu coração se apertou. A angústia tomando conta de seu ser, e as lágrimas tomavam sua face. Era a primeira vez que saia de seu lar. Era a primeira vez que se distanciava de seu povo. Era a primeira vez que tinha pernas. Tudo estava confuso.

E era a primeira vez que via alguém tão bonito quanto o loiro.

Queria que seu pai fosse mais flexível. E queria caminhar com as próprias pernas, ou no caso nadar com a própria calda.

Seus soluços tornavam-se cada vez mais altos.

Dean percebeu que havia algo errado quando o barco deu uma chacoalhada bruta. Levantou-se depressa e irrompeu ao deck, vendo o mar revolto em uma clara manhã, como se estivesse em uma tempestade. Lembrou-se de Castiel. Deu volta e correu ao quarto onde deixara o garoto dormir.

Ao abrir a porta, Castiel chorava sonoramente encolhido contra um travesseiro. Dean se aproximou lentamente e começou a acariciar a negregritude que era os cabelos do rapaz.

— O que houve, Cas? – Dean perguntou afagava o braço do pequeno.

Castiel se virou para o de olhos verdes. As pernas de Dean teriam fraquejado se ele não estivesse sentado.

Os olhos de Castiel estavam vermelhos e cintilantes.

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Mermaid » DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora