Capítulo 02

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ㅡ Ora, ora. Então vocês já se conhecem?

O senhor quase idoso e um pouco acima do peso disse soltando uma risadinha fraca. Me recompus e respirei fundo.

ㅡ Ouvi dizer que o senhor gosta de minhas histórias, Senhor Kim.

— Não eu, meus filhos.

ㅡ Esta dizendo que não gosta do meu trabalho? ㅡ Ouvi MinGyu rir fraco.

ㅡ Não é isso, mas meus filhos são realmente seus fãs Principalmente MinGyu. Ele é fascinado pelas suas obras. Ele diz que adora o jeito que você põe o romance no suspense e no pouco de...

— Pai... por favor. Me perdoe. Ele é um pouco exagerado.

— Eu, exagerado? Mais um pouco e ele cola pôsteres seus nas paredes. — Riu.

— É verdade.

A menina falou algo pela primeira vez. Ela parecia não querer estar ali realmente. Bem, eu entendia ela, pois eu também não queria estar ali.

— Nós dois gostamos dos seus livros, mas MinGyu é o seu maior fanboy.

— Espera, HaNeul! Não fale coisas estranhas.

— Não é nada estranho, é a verdade. Você é completamente apaixonado por ela. Acredita que antes de virmos pra cá, ele disse que iria pedi-la em casamento? — Riu fraco. — Tão idiota...

Bem, nisso tenho que concordar...

— A-ah... Obrigada por gostar do meu trabalho. Eu realmente ficou agradecida.

Algumas horas depois, eu já estava em minha cama, lembrando do quão longo foi aquele dia. Aquele garoto parecia estar me perseguindo.

Sorri sem motivo e virei meu corpo, ficando de lado e acabei adormecendo naquela mesma posição, sem trocar de roupa e remover a maquiagem.

Por causa disso acordei, literalmente, um caco. Minha maquiagem estava completamente borrada, meu vestido estava todo torto e acima do meu quadril.

Ao me olhar no espelho, quis rir e chorar ao mesmo tempo.

E só então fui perceber o quão atrasada eu estava. Me apressei e consegui chegar na editora em meia hora. Me esbarrei com Yoon JeongHan, que mostrou o seu maior e mais falso sorriso hipócrita. Me desculpem fãs dele, mas ele realmente é uma farsa.

Todos os seus livros são clichês e repetidos. Mas enfim, meu trabalho não é falar mal dele. Ele estava acompanhado. Com certeza era mais uma de suas fãs loucas, mas isso não era da minha conta.

Depois de algumas reuniões chatas que só me deram dor de cabeça, finalmente pude voltar para casa.

Ao chegar em casa, liguei brevemente para o meu pai, apenas para dizer como minha vida chata estava indo. E ele sempre dizia a mesma coisa:

— Estou esperando os meus netinhos!

GyuRi e eu marcamos de sair. Uma ida casual até o shopping as vezes não mata ninguém. Coloquei meu moletom preto do dia a dia e uma calça jeans um pouco solta. Poderia dizer que estava parecendo um homem, ainda mais depois que prendi meu cabelo em um rabo de cavalo bem apertado.

Avistei a mulher junto com seu irmão e... MinGyu...? Me aproximei devagar, querendo correr e voltar para casa. Mas ela já tinha me visto, então eu não poderia fugir.

— Oi, Jae.

— Não me chame assim, GyuRi, soa masculino.

— Sim, sim. Jae. Viemos aqui porque... bem, porque GyuBin quer te dizer uma coisa. Não é, Bin?

— S-sim.

— Vou ouvir tudo o que você disser, mas por que Min Poste precisa vir junto?

— Não seja assim, Jae. Andem, vão logo. Vou ali rapidinho porque vi um garoto muito bonito. — Sorriu.

— Certifique-se de que ele seja maior de idade. — Disse sorrindo, mas na verdade estava falando sério.

Nós três nos dirigimos até uma das mesas da praça de alimentação. Ficamos algum tempo em silêncio e aquilo já estava me irritando. Podia ver MinGyu incentivando GyuBin a falar algo. O menino respirou fundo e corou fortemente. Eu realmente odeio isso.

— Noona, eu realmente gosto muito... não! Eu te amo, mas eu vou oficialmente desistir de você a partir de hoje.

— O quê? — MinGyu e eu dissemos em uníssono.

— Eu sei que você está gostando do... do MinGyu. E... e eu não quero atrapalhar vocês, já que vocês se gostam.

O quê? Qual é o problema desse garoto?

— Nós não nos gostamos, idiota.

— GyuBin, você está com febre? Vou chamar a sua noona pra...

NÃO! Eu estou bem. Perfeitamente bem. Por isso, quero você vocês dois fiquem juntos. Eu vi o jeito que vocês se olham.

— Com fogo nos olhos, você diz?

— Não. Com a-amor. MinGyu, quero que você cuide dela pra mim. Dê a ela todo o amor que você puder, sim?

— S-sim.

GyuBin se levantou e saiu chorando, com passos lentos ele se dirigia a saída e eu fiquei lá, parada, sem qualquer reação. Uns três ou quatro minutos se passaram e MinGyu finalmente abriu a boca.

— Ok.

— O quê?

— Se meu amigo me pediu pra cuidar de você, eu vou fazer isso.

— O-o quê? Não está pensando em...

— Namorar com você? Por que não?

— Porque não. Definitivamente, não.

— Por quê?

— Você é mais novo e...

— E...? Você liga mesmo pra idade? Você é tão chata assim?

— Por que não me respeita? — Dei um tapa em sua cabeça e ele sorriu.

Não tinha visto ainda como seu sorriso era encantador. Me permiti perder minha sanidade um pouquinho enquanto admirava aquele sorriso e rosto perfeito.

Seu rosto foi lentamente se aproximando do meu e pude sentir o seu maravilhoso perfume. Senti vontade de voar em seu pescoço e nunca mais parar de cheirá-lo.

— Você aceita?

— O quê?

— Namorar comigo?

— Ah... sim. — Balancei a cabeça, ainda um pouco desnorteada.

MinGyu me levou pra casa e só então foi caindo a ficha do que eu tinha aceitado. Estávamos na metade do caminho e eu chamei por seu nome.

— Hmm?

— Se importa se eu mudar minha resposta?

— Por que faria isso? Eu sou maravilhoso.

— Porque eu não gosto de você.

— É, você não gosta, você me ama.

— Enfim, ㅡ suspirei ㅡ foi uma resposta vazia. Eu não pensei direito, por isso, me desculpe.

— Você pode pensar mais um pouco, noona. Eu posso esperar. Mas não me faça esperar por muito tempo.

Seu corpo estava me colocando  contra a parede e sua respiração quente estava batendo no meu rosto. Se eu deixasse me levar outra vez, teria lhe roubado um beijo. E sabe se lá onde isso iria parar.

— Porque eu quero poder te beijar logo.

NoonaOnde histórias criam vida. Descubra agora