Capítulo 08

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Algum tempo depois

Acordei em um salto, me arrependendo amargamente depois de sentir minha cabeça latejar bruscamente. Olhei para o outro lado da cama, vendo MinGyu dormindo tranquilo e sereno.

ㅡ Nem parece que me inferniza o dia inteiro.

Me levantei e fui ao banheiro, sentindo cada vez mais a maldita ressaca fazer parte de mim. Olhei meus cabelos totalmente bagunçados e minha maquiagem borrada. A noite anterior havia sido tão louca...

ㅡ Não acredito que fizemos aquilo no carro... ㅡ Disse lembrando de algumas cenas. ㅡ Espero que ele não lembre disso.

ㅡ Disso o quê?

Olhei para trás, mas logo me virei outra vez, tampando o rosto e corando após ver a imagem de MinGyu totalmente nu. Não que fosse novidade, em alguns meses iriamos fazer dois anos juntos. Mas eu ainda me sentia envergonhada, feliz e mal.

Envergonhada porque aquela era uma ótima visão. Ótima mesmo.

Feliz porque ele escolheu a mim para acordar junto a ele (e fazer coisas indecentes as vezes ou sempre).

E triste porque eu não achava ser merecedora dele. Não só do seu físico, mas também de sua personalidade e coração.

Apesar de me importunar vinte e quatro horas por dia e não me deixar trabalhar direito, ele me fazia rir e gargalhar, daquelas que a gente chega a chorar, sabe? E o seu coração... Era lindo e bondoso.

E eu era só uma velha mal humorada. Não merecia aquele diamante que era MinGyu. Eu era só uma mulher bem vista pela sociedade, falsamente simpática, que na verdade não passava de uma velha irritada com as pessoas respirando.

Se de uma coisa eu tenho certeza é que MinGyu é demais pra mim.

ㅡ Me responde, noona. ㅡ Esfregou os olhos.

Mas ele odiava quando eu dizia isso.

ㅡ Nada. ㅡ Lavei o rosto. ㅡ Bom dia.

ㅡ Bom dia. ㅡ Me abraçou pelas costas.

Meu corpo tremeu e minhas bochechas ficaram ainda mais rosadas.

Eu odiava corar.

Seus braços me envolviam em um abraço tão único, tão cheio de amor, de paixão, de carinho, de ternura... e de safadeza também.

ㅡ M-Min, onde pensa que está pondo a mão? ㅡ Tentei sair de seu aperto.

ㅡ Aigoo! Eu adoro quando você me chama de Min, é fofo.

Ouvi sua risada e não pude evitar sorrir também. Mas logo fiquei séria, sentindo uma ânsia de vômito imensa e urgente. Me soltei apressadamente de seus braços e corri até o vaso sanitário, vomitando lá mesmo.

ㅡ Tá grávida. ㅡ Disse rindo.

Ignorei seu comentário e apenas me concentrei em tirar todas aquelas bebidas da noite passada de dentro de mim. Me levantei ofegante, depois do que eu achei ser quase dez minutos e fui direto ao box do banheiro. Retirei a pequena camisola que cobria meu corpo e comecei a me lavar.

Estava inerte em pensamentos, que nem me lembro mais, quando MinGyu me abraçou novamente por trás. Me vi pronta para reclamar, mas decidi ficar quieta e aproveitar o carinho que era sempre me dado de bom grado. Afinal, eu sempre reclamava. Por que não deixar pelo menos essa vez?

Tomamos café juntos, eu fui para a empresa e MinGyu para seu novo emprego. O dia foi como de costume e cheguei morta em casa. Joguei minha bolsa no sofá e me joguei também, mas estava sem nenhuma força e acabei caindo no chão, dormindo ali mesmo.

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