Capítulo 05

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Os dois me olharam incrédulos enquanto seguravam o colarinho da camisa um do outro. Eles se entreolharam e MinGyu soltou uma risadinha fraca.

ㅡ Ainda não vai admitir que perdeu, Mingau?

ㅡ Eu... ㅡ Arrumou suas roupas. ㅡ Não vou desistir.

Foi em direção ao prédio vizinho e entrou. MinGyu veio até mim e me abraçou apertado. Ouvi ele fungar o nariz quando retribui o abraço.

ㅡ Você está chorando? ㅡ Ri.

ㅡ Eu não.

ㅡ Sei.

ㅡ Noona. ㅡ Se desfez do abraço.

ㅡ O quê?

ㅡ Será que a gente pode ir para o seu apartamento?

ㅡ Pra quê?

ㅡ Caçar pokémon.

ㅡ Eu vou te bater, sério.

ㅡ Desculpa. ㅡ riu. ㅡ Mas... estamos namorando agora, sabe? E namorados fazem... ㅡ Gesticulou.

ㅡ Não faz nem um minutos que estamos namorando.

ㅡ E interessa o tempo, noona? O que importa é que eu estou louco por você. Eu preciso de você. ㅡ Me abraçou e sussurrou, mordendo minha orelha em seguida.

Me arrepiei e apertei sua camisa levemente. Fechei os olhos. Praguejei quem quer que fosse quando meu celular tocou. Me separei do mais novo e atendi o celular, era o número do meu pai.

Minha madrasta disse na ligação que meu pai tinha caído da escada de onde eles moravam e eu me desesperei. MinGyu me olhou preocupado enquanto perguntava o que estava acontecendo e eu só conseguia chorar.

MinGyu pegou o celular da minha mão e aparentemente ela disse tudo o que aconteceu. Ele me direcionou novamente para dentro do carro e dirigiu até o hospital que ele estava.

No fim não foi uma coisa tão grave, mas serviu como pretexto para MinGyu se apresentar para o meu pai ㅡ sem minha permissão ㅡ como meu namorado.

ㅡ Então quer dizer que em breve vou finalmente ter netinhos? ㅡ Ele disse animado.

ㅡ Sim, senhor.

Olhei incrédula para MinGyu e ele sorriu sacana, me abraçando em seguida.

ㅡ Toma cuidado. ㅡ Meu pai disse sério.

ㅡ Tomar cuidado com o quê? ㅡ Perguntou assustado.

ㅡ Ela deve estar cheia de teia de aranha. - Começou a rir, mas se engasgou e logo parou. ㅡ Sério, ela nem deve mais saber como beija.

ㅡ Eu acho que ela sabe sim. ㅡ Olhou pra mim. ㅡ Quanto às teias de aranha, não tem problema. ㅡ Riu.

ㅡ Estou indo para casa.

ㅡ Mas já? ㅡ Perguntou meu pai.

ㅡ Parece que o assunto de vocês está bom, então eu vou indo.

Saí do hospital conferindo e-mails. Uma coisa que odeio: festas. Max havia me mandado um e-mail para dizer exatamente isso: uma festa de comemoração ao sucesso de um dos livros de Jeonghan. Nunca gostei dele, mas devemos manter as aparências e para toda a mídia, eu e ele éramos grandes amigos. De qualquer jeito, eu teria que ir.

Bufei derrotada enquanto respondia o e-mail e MinGyu colocou seu braço para envolver meu ombro.

ㅡ O que houve, noona?

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