Os dois me olharam incrédulos enquanto seguravam o colarinho da camisa um do outro. Eles se entreolharam e MinGyu soltou uma risadinha fraca.
ㅡ Ainda não vai admitir que perdeu, Mingau?
ㅡ Eu... ㅡ Arrumou suas roupas. ㅡ Não vou desistir.
Foi em direção ao prédio vizinho e entrou. MinGyu veio até mim e me abraçou apertado. Ouvi ele fungar o nariz quando retribui o abraço.
ㅡ Você está chorando? ㅡ Ri.
ㅡ Eu não.
ㅡ Sei.
ㅡ Noona. ㅡ Se desfez do abraço.
ㅡ O quê?
ㅡ Será que a gente pode ir para o seu apartamento?
ㅡ Pra quê?
ㅡ Caçar pokémon.
ㅡ Eu vou te bater, sério.
ㅡ Desculpa. ㅡ riu. ㅡ Mas... estamos namorando agora, sabe? E namorados fazem... ㅡ Gesticulou.
ㅡ Não faz nem um minutos que estamos namorando.
ㅡ E interessa o tempo, noona? O que importa é que eu estou louco por você. Eu preciso de você. ㅡ Me abraçou e sussurrou, mordendo minha orelha em seguida.
Me arrepiei e apertei sua camisa levemente. Fechei os olhos. Praguejei quem quer que fosse quando meu celular tocou. Me separei do mais novo e atendi o celular, era o número do meu pai.
Minha madrasta disse na ligação que meu pai tinha caído da escada de onde eles moravam e eu me desesperei. MinGyu me olhou preocupado enquanto perguntava o que estava acontecendo e eu só conseguia chorar.
MinGyu pegou o celular da minha mão e aparentemente ela disse tudo o que aconteceu. Ele me direcionou novamente para dentro do carro e dirigiu até o hospital que ele estava.
No fim não foi uma coisa tão grave, mas serviu como pretexto para MinGyu se apresentar para o meu pai ㅡ sem minha permissão ㅡ como meu namorado.
ㅡ Então quer dizer que em breve vou finalmente ter netinhos? ㅡ Ele disse animado.
ㅡ Sim, senhor.
Olhei incrédula para MinGyu e ele sorriu sacana, me abraçando em seguida.
ㅡ Toma cuidado. ㅡ Meu pai disse sério.
ㅡ Tomar cuidado com o quê? ㅡ Perguntou assustado.
ㅡ Ela deve estar cheia de teia de aranha. - Começou a rir, mas se engasgou e logo parou. ㅡ Sério, ela nem deve mais saber como beija.
ㅡ Eu acho que ela sabe sim. ㅡ Olhou pra mim. ㅡ Quanto às teias de aranha, não tem problema. ㅡ Riu.
ㅡ Estou indo para casa.
ㅡ Mas já? ㅡ Perguntou meu pai.
ㅡ Parece que o assunto de vocês está bom, então eu vou indo.
Saí do hospital conferindo e-mails. Uma coisa que odeio: festas. Max havia me mandado um e-mail para dizer exatamente isso: uma festa de comemoração ao sucesso de um dos livros de Jeonghan. Nunca gostei dele, mas devemos manter as aparências e para toda a mídia, eu e ele éramos grandes amigos. De qualquer jeito, eu teria que ir.
Bufei derrotada enquanto respondia o e-mail e MinGyu colocou seu braço para envolver meu ombro.
ㅡ O que houve, noona?
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Noona
FanfictionMingyu não conseguia dizer "Eu te amo" com frequência, por isso sempre dava o maior e mais sincero sorriso que podia à sua noona Kang JaeHwa, que tentou de diversas formas não se apaixonar, mas acabou perdendo.