Capítulo 4

15 0 0
                                    

Ruby narrando

Eu e a Alexa saímos dali. Mais chateada e nervosa eu não podia estar. Sempre me meti em confusões mas nunca com rapazes.

Bryan narrando

Chamei o Mateus para irmos ao parque ver raparigas novas (coisa mais interessante de se fazer). Logo de manhã é que se começa o dia. Caminhávamos pelo parque quando vi duas raparigas sentadas num banco à beira de um lago.

- Será que são giras? Senão forem venho-me embora a correr Mateus. - eu disse e ele riu.

- Só vendo e conversando com elas né Bryan? - disse o Mateus.

Abanei em aprovação. Chegamos mais perto e eu mal podia acreditar no que estava a ouvir:

- Ele até é aceitável senão fosse um vagabundo aproveitador. - conheci de imediato a voz. Ruby.

- É isso que achas de mim? - a raiva já me vinha a consumir.

Discutimos como as 3 vezes que tivemos cara a cara.

Deixei-a ir.

- Tu estás bem Bryan? - perguntou Mateus.

- Não. Ela não sabe nada de mim, só fica a dizer barbaridades sobre mim e eu não me consigo conter. - disse.

- Calma mano, vamos apanhar ar a outro lugar. - Mateus disse relaxado.

- É, melhor irmos, não aguento mais ela e nem a conheço direito. Odeio-a. - disse.

- Calma, quer comer alguma coisa? - perguntou Mateus.

Não respondi. Só tinha ela na minha cabeça. Da pior maneira possível.

- Mateus? - perguntei.

- Fala Bryan. - disse ele.

- Tu achas que isto vai dar resultado se nós virarmos amigos de alguma maneira que eu acho impossível? - perguntei.

Mateus me olhou estranhando o que estava a perguntar.

- Tu não estás a pensar em virar amigo dela para a comer certo? - perguntou Mateus.

- Ué, porque não? - perguntei.

- Tu não sabes mesmo quem ela é, certo? - perguntou Mateus.

Franzi a sobrancelha:

- O que ela tem? - perguntei.

- Todos os rapazes que já tentaram comê-la, depois que ela soube, foram parar no hospital, Bryan. - disse ele.

"Caralho!!", pensei.

- Vamos embora Mateus. Quero ir comer. - disse saindo do assunto.

Ele concordou. Saímos daquele (agora maldito) parque e fomos ao shopping comer alguma coisa. Logo chegamos no McDonald's e pedi, para me acalmar, Big Mac, coca-cola e claro as minhas batatas fritas grandes. Comemos e ficamos a conversar sobre assuntos variados.

Ruby narrando

Apetecia-me bater em alguém, juro. Não aguento mais aquele rapaz, ai que raiva e ódio dele. Acha-se o melhor de todos os tempos só por ter comido mais de metade do colégio.

- O que queres fazer Ruby? - Alexa me perguntou.

- Qualquer coisa relaxante porque para fazer coisas nervosas já me basta olhar para a cara daquele maldito. - disse nervosa.

- Ei Ruby, calma, já passou. - ela disse com medo de mim.

- Desculpa, estou a assustar-te? - perguntei.

- Tu já sabes qual é o poder de assustar que tu tens sobre mim. - ela disse.

Abracei-a:

- Desculpa Alexa, não foi por mal juro, mas eu estou mesmo muito nervosa. - disse.

Ela abraçou-me de volta. Fomos a caminhar para a casa dela. Tinha imensas saudades da pequena irmã dela, a Mia. Ela tratava-me por tia Ruby. Ela tinha 3 anos e era a coisa mais bela de se ver.

Chegamos na casa dela e eu fui recebida com o maior amor daquele pequeno ser vivo:

- Tia Ruby!! - ela desceu as escadas e abraçou as minhas pernas altas.

- Mia, meu amor! Como estás? - perguntei fazendo-lhe carinhos nos cabelos loiros, igualzinha à irmão mais velha.

- Bem, mas a mana Alexa, não tem brincado comigo. - ela disse fazendo expressão triste.

Fuzilei Alexa com os olhos. Ela levantou as mãos em sinal de inocência. Ri.

- Mas não importa porque eu gosto da mana. - ela sorriu para Alexa.

- AI QUE AMOR, EU QUERO UMA IRMÃ, OU IRMÃO. - cruzei os braços, pois Mia foi abraçar a Alexa.

- Acredita que não quer, esse pequeno anjo, pode ser uma real peste. - Alexa sorriu o que me fez rir.

- Eu não sou peste. - disse Mia triste.

Beijei a testa da Mia.

- Não és nada peste, és um amor e um orgulho para a Tia Ruby. - sorri o que fez ela gargalhar e me dar um beijinho que só crianças sabem dar.

Alexa pousou Mia no chão e a mesma foi brincar no quarto dela. Eu e Alexa subimos para o quarto dela e ficamos lá até dar hora de almoço.

O banco daquele parqueOnde histórias criam vida. Descubra agora