Filha de uma famosa jornalista da Califórnia, Ruby, de 18 anos, estuda num colégio e não tem muito boa reputação (reprovou umas boa vezes e já arranjou variados problemas com raparigas e até mesmo com o diretor do colégio).
No mesmo colégio, exist...
As aulas acabaram e eu, Alexa e Jessie, decidimos ir ao parque para arejar a cabeça do que tinha acontecido naquele dia. O parque era o único sítio onde eu conseguia descansar em condições e ter uma bela vista para um lago em frente ao banco onde eu me sentava. Era lá que à 10 anos atrás, eu e a Alexa íamos brincar às escondidinhas e às apanhadinhas. Éramos duas idiotas contentes e felizes com brincadeiras igualmente idiotas. Chega a dar saudades daqueles tempos.
Chegámos ao parque e sentamo-nos no tal banco. Da minha mochila, tirei 3 travesseiros (bolinhos de chocolate) e dei a cada uma delas. Comemos à medida que íamos conversando sobre os mais variados assuntos, entre eles rapazes. Jessie contou-nos sobre o seu antigo namorado. Chamava-se Josh. Achei muito má a forma como ele acabou com ela. Traição definitivamente não era a coisa que me punha mais feliz. Muito pelo contrário, só me deixava zangada e com vontade de distribuir chapada. Deixámos esse assunto de lado porque a Jessie não se estava a sentir confortável a falar desse assunto. Começamos a falar do Bryan:
- O que vocês acham do Bryan? - Jessie perguntou.
Mantive-me calada.
- Ah, bonitinho mas um aproveitador de primeira. - Alexa disse.
- Mais não podia concordar. - disse seca.
- Estás desconfortável a falar dele, Ruby? - Alexa perguntou.
- Bastante. - disse.
- Desculpa ter começado Ruby. - Jessie se desculpou.
- Não tem mal, não tives-te culpa. - sorri para Jessie. A mesma retribuiu.
- Temos companhia. A mais desagradável companhia de todos tempos. - Alexa afirmou.
Era a Abigail com as 2 amiguinhas dela. Mais cínicas não podiam ser.
- Olha senão é a rapariga mais desprezível de sempre. - Abigail riu.
- Tens amor aos dentes? - perguntei. - senão tiveres eu tiro-tos.
Ela revirou os olhos com cara de desgosto e nojo.
- És completamente estúpida e ignorante. Não aguentas levar um par de cornos é? - Abigail perguntou cínica e riu-se.
Levantei-me, andei até ela. Pus lhe a mão ao pescoço e ela não reagiu.
- A próxima vez que disseres isso... - dei-lhe um soco - tu vais parar ao hospital, entendido?
Ela caiu desamparada no chão, mas ainda deixou as últimas palavras que me deixaram com mais vontade de lhe bater.
- Cuidado. Quem pode ser mandada para o hospital podes ser tu. - levantou-se e desapareceu com as outras 2.
Não comentei. Só me ia estar a rebaixar ao nível dela. Sentei-me no banco. A Alexa e a Jessie tentaram acalmar-me, mas só tentaram mesmo. Pedi para sairmos dali. Já eram 18:09h. Cada uma seguiu para sua casa.
Eram 18:28h quando cheguei a casa. Atirei-me para o sofá e comecei a ver a minha série favorita: Blindspot. Não existe melhor. 20 minutos depois a minha mãe aparece na porta e vem logo para cima de mim:
- Cheguei mais cedo Ruby, vamos jantar fora! - ela exclamou. Se ela não fosse minha mãe, eu diria que ela tinha a mesma idade que eu. Muito descontraída com tudo.
- Vamos, mas onde? - perguntei.
- Japonês? Sushi hoje? - ela perguntou entusiasmada.
- OH YES, vamos claramente. - disse entusiasmada também.
- Veste-te, toma banho, faz o que tens a fazer porque o restaurante japonês enche rápido. - ela disse.
- Já volto então. - disse.
Subi para o meu quarto. Fui logo tomar banho relaxante e vesti um vestido branco:
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Lavei os dentes, maquilhei-me com o básico dos básicos (lápis preto, rímel e batom nude). Desci para a sala com uma mala preta com o meu telemóvel, dinheiro e identidade. A minha mãe já estava à minha espera e claro ela tinha de elogiar como eu estava bem vestida:
- Ai que linda que estás Ruby!
- Obrigada mãe. - disse sorrindo.
Saímos de casa e fomos para o carro da minha mãe. Seguimos para o restaurante japonês. Eu não podia estar mais feliz por ir comer o meu amado sushi. Fomos ouvindo várias músicas como "Ed Sheeran - Perfect", "Camila Cabello - Havana" e "Rag'n'Bone Man - Human". Íamos feitas duas malucas a cantar no carro. Chegamos ao restaurante. Fomos entrando. Sentamo-nos nas mesas e pedimos os nossos sushis. Passamos o resto da noite a conversar. Não me lembro da última vez que tive uma conversa tão boa com a minha mãe.
