O banco daquele parque

Capítulo 2

Ruby narrando

Alguém me agarrou o braço quando eu ia para casa. Olhei para trás:

- Ei, me desculpa por aquilo de mais cedo. - o rapaz disse.

- Não quer que eu te bata pois não? - perguntei cheia de raiva.

Ele me olhou e me largou:

- Desisto de tentar me desculpar para ti. Que chata, insuportável!! - ele afirmou.

- Vai lá chatear o caralho! Tu é o maior vagabundo do colégio INTEIRO - dei ênfase no"inteiro" - e ainda vem se desculpar para mim? Vai lá comer alguma menina, deve ter alguma te esperando! - disse.

Ele me olhou e saiu com muita raiva.

- Foste um bocado dura com ele, não Ruby? - Alexa perguntou.

- Achas? Ele é o maior vagabundo do colégio!! Mereceu. - disse.

- Não vamos falar disso, vamos para tua casa? - ela perguntou.

Abanei a cabeça em confirmação. Caminhamos até minha casa: não era longe por isso foi rápido.

Subimos até ao meu quarto. A minha mãe não estava em casa. Vida de jornalista é difícil. Conversamos e fomos comer à cozinha. Na janela, vi um rapaz beijando uma rapariga na frente da minha casa.

- Oh que filha da putice! Se comendo na frente da minha casa! - disse.

Alexa não teve tempo de responder. Saí da mesa e abri a porta e comecei a falar:

- Ow! Se comendo aqu.. - fui interrompida pela cara do rapaz. Era o rapaz. Puta que me pariu.

- Está com ciúmes? - o rapaz perguntou e deu uma piscada.

- Eu? Alguma vez eu vou estar contigo? Inteira-te antes de tares a comer essa r... - fui interrompida.

- Que foi Ruby? Queria estar no meu lugar? O Bryan tem muito jeito para beijar, sabia? É o rapaz mais desejado do colégio! - disse Abigail que estava abraçada com o tal Bryan.

- Sabes Abigail e Bryan... ele é tão conhecido que nunca tinha ouvido falar. - digo rindo. - Saiam daqui que ninguém tem o direito de ver esta vergonha alheia.

- Dêm de frosques! - Alexa gritou e riu.

Eles saíram abraçados pela rua fora.

- Que falhados! - ri alto na rua para Alexa.

- Vamos entrar Ruby. - Alexa disse.

Entramos de novo em casa. Fomos ver um filme na televisão.

- Qual filme? - perguntei.

- Filme não, põe uma série policial, tipo NCIS: Los Angeles.

- Boa ideia, adoro NCIS: Los Angeles.

Pus na Fox e lá passamos o resto da tarde até às 18:00h.

Já eram 20:00h, a Alexa tinha ido embora e eu estava sozinha em casa. Recebi uma mensagem, era a minha mãe:

Mãe: Vou chegar às 22:00h a casa, tens comida pronta no fogão, beijos.

Habituada? Sim, estou completamente habituada a isto. Ela sempre se atrasava por causa do chefe que fazia com que ela ficasse até mais tarde.

Fui ao fogão ver o que tinha. "Yes", pensei. Era frango assado. Aqueci no fogão. Fui mexer no telemóvel enquanto esperava pela comida.

Tirei a comida do fogão, pus no prato a comida e comi, sozinha. Acabada de comer, pus tudo na banca, lavei e subi para o meu quarto. Fui direta para a casa de banho, despi-me e fui tomar um banho longo. Vesti o pijama e curei a minha boca, tinha sangue seco. Pus um penso pequeno no canto da boca. Deus queira que isto esteja melhor amanhã de manhã, caso contrário vou ter de bater em alguém. Lavei os dentes, amarrei o cabelo num rabo de cavalo e sentei-me na cama. Amanhã era sábado, o que queria dizer, parque com a Alexa relaxar um pouco desta semana de aulas que foi horrível. Mexi nas minhas redes sociais mas estava tudo tão deserto que acabei por dormir.

Bryan narrando

Aquela rapariga era muito chata meu deus, que impossível conversar com ela. Desisti e fui para dentro do colégio. Encontrei uma rapariga meio bonita, não pensei duas vezes. A puxei, falei com ela algo que não era verdadeiro (como é óbvio) e logo nos beijamos. A menina chamava-se Abigail. Tinha cabelos pretos e olhos igualmente pretos. Depois da escola, combinamos nos encontrar de novo numa rua pouco frequentada. Nos encontramos e começamos de novo. Não durou muito. Atrás de mim, ouvi uma porta a ser aberta, era a rapariga. Ainda desconhecia o nome dela até a Abigail dizer o nome dela. Ruby era o nome dela. A amiga já conhecia, andou comigo na primária, era a Alexa. Ruby estava extremamente desagradada com a nossa presença, especialmente com a minha. Eu lhe bati, mas também não tinha nada que ficar atrás de mim. Nós saímos dali e fomos abraçados (contra a minha vontade, pois era ela que me estava a forçar a abraçá-la) pela rua toda. A Ruby não era feia de todo. Até era bonitinha, dava para fazer algo com ela. Era, sem dúvida nenhuma, muito mais gira que a Abigail.