Treinamento

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Shawn Mendes POV

Desde a noite da festa, haviam se passado uma semana, inclusive, foi muito engraçada.

Consegui aprender muito mais do que imaginava. Fui para todas as áreas possíveis. No meu tempo livre, estudava e conversava com Cam, o qual o papo estava ótimo. Não tínhamos tentando mais nada ainda, talvez por falta de tempo mesmo.

- Pensa rápido. - Selena me jogou uma maçã e eu agarrei.

- Temos uma Jean Grey, leitora de mentes aqui. -

Deu uma mordida na maçã e continuei lendo, até meu pager bipar.

— Trauma! —  Levantei da cadeira correndo e fui diretamente para a ala.

— Puta merda. —

— Um carro em alta velocidade se chocou contra um ônibus escolar, múltiplos ferimentos, casos graves. — Stephen Amell, o chefe do trauma designava cada um para um lado. — Você. Preciso que vá para a cortina quatro. — Peguei o prontuário e li tudo.

Abri a cortina e me deparei com um garoto e uma garota se beijando intensamente.

— Uh... Becky Presley. — A garota me olhou assustada. — Pelo visto não está tão mal. O que temos aqui? — Peguei seu braço que tinha uma ferida profunda e que talvez precisasse de pontos. Doutor Stephen, é uma sutura leve, posso fazer o procedimento? —

— Faça sim. — O homem saiu da sala apressado com um garoto muito machucado.

Peguei os objetos para sutura e pedi para que ela esticasse o braço.

— Qual o seu nome? — Ela perguntou.

— Shawn. O seu eu já sei, qual o nome do seu parceiro? —

— Noivo. Ele é meu noivo. — Olhei assustado.

— Acabamos de noivar, pedi antes que fosse tarde. —

— E você tem... — Olhei de relance na ficha. — Quinze anos. Uau. —

Passei a anestesia local e comecei a sutura.

— Você não tem namorada? —

— Não. Sem tempo para isso e estou bem assim. —

— Que vida triste cara. — O garoto começou a beijar minha paciente de novo.

— Melhor assim do que falando. — Disse baixinho.

(...)

Me deitei em um sofá no vestiário e bufei. Estava cansado. Depois de três horas suturando, dando primeiros socorros e dando alta, só queria um copo de vodka. 

- Você pode me ajudar? - Cam apareceu do nada. 

- Claro, com o que? - 

- Preciso pegar uns materiais, acho que não dou conta.

Concordei e me levantei. 

- Como está indo seu dia? - Perguntei. 

- Chato. Mesmo no trauma, fiz poucas coias. Não vejo a hora de ser residente. - 

- Eu também. - 

Fomos ao segundo andar. Os materiais de lá pareciam melhores. 

- Obrigado pela aju... - 

Tampei a boca de Cam e pedi silêncio. 

- Oh... -

 Escutei um gemido baixo e pedi para ele me seguir sem fazer barulho. 

You Saved My LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora