1 - Um dia do cão.

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A porta do apartamento já estava escancarada quando cheguei nele

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A porta do apartamento já estava escancarada quando cheguei nele. Sinal óbvio de que Levi já havia chegado do seu mais novo emprego do mês.

Como sempre, ele estava deitado relaxadamente no sofá assistindo aquela série dos irmãos que procuram coisas anormais, ou algo assim. Nunca parei pra tentar assistir essa série, ok, tentar eu tentei, mas não houve química, sabe?

Deposito as chaves do apartamento, que por sinal eu não precisei usar, no chaveiro ao lado da porta.
Sigo reto até chegar por trás do sofá e inclino para beijar Levi.

- Olá amor - Sorrio, mas seus pés calçados e sujos em cima do meu sofá branco novinho chamam a minha atenção. - Levi!!!! Não acredito que você está com estes sapatos sujos em cima do meu sofá! Quantas vezes já te falei sobre isso, amor?

O moreno faz cara de desdém e tira os calçados desleixadamente, atirando-os longe.

- Feliz? - e voltou a assistir TV.

Sério, de vez em quando eu me pego pensando por que eu ainda namoro esse cara. A resposta não poderia ser menos complicada, era bem simples na verdade: comodismo.
Pois é, isso mesmo. Não é amor, não é uma paixão avassaladora, é puro e simples comodismo. Não que ele me sustente ou algo do gênero, na verdade sou eu quem faço isso. É mais porque eu me acostumei tanto a ele que nem pensei na hipótese de um término.

Saio da sala e vou pro nosso quarto trocar de roupa. Passei o dia todo dentro de escritório fervendo, enquanto analisava possíveis projetos, que havia até me esquecido como era o ar puro.
Tudo que eu pedia no tempo que passei trabalhando era que meu turno acabasse logo para que pudesse voltar pra casa e tomar um ótimo banho gelado.

Então sem perder mais nenhum precioso segundo eu vou para o banheiro a fim de finalmente tomar esse tão esperado banho.

Estranhei que durante dez minutos inteiros não ouvi a voz de Levi me perguntando alguma coisa, mas como eu tenho a mania de falar sempre antes do tempo, ele logo apareceu na porta do banheiro.

- Ei Vick, - Resmungo como sinal de que ele podia continuar. - O que você vai fazer de janta? Eu já estou torado de fome.

Desligo o chuveiro e saio do box olhando incrédula pra ele.

- Como assim o que eu vou fazer de janta? - puxo a toalha do aparador e me envolvo nela, ando alguns passos e paro de frente pra ele, o encarando - Você nem ao menos trabalhou um turno integral hoje, não acha que é você quem deveria fazer a comida?

- Desde quando eu cozinho Victoria? - ele me encara sínico. - E mesmo se cozinhasse, é dever da mulher alimentar o homem.

Dou uma risada sarcástica.

- Ah é. Eu não te alimento. - Passo por ele, abandonando o banheiro. - Coitadinho, você morre fome aqui.

- Com certeza. Bem alimentado eu não sou!

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