2 - A Proposta

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Encaro ele por cerca de uns dois minutos

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Encaro ele por cerca de uns dois minutos. Um sorriso de canto dançava em seus lábios, e quê lábios. Quase pensei que a proposta fosse brincadeira. Esperei por cerca de mais 30 segundos pensando que ia ouvir um "Rá, te peguei", porém quando eu encarei seus olhos eu notei que não se tratava de brincadeira alguma, era totalmente sincera a proposta.

Então eu faço a coisa mais natural possível em uma situação dessa, explodo em uma gargalhada. O sorriso sedutor que antes estava no rosto do Sr. Surpresa sumiu tão logo que comecei a rir.

- Ah não, espera, a proposta é séria mesmo Sr. Surpresa? - digo entre a crise de risos.

- É claro que é. - Há muita seriedade em seu olhar.

Sabe nos filmes de comédia romântica que acontece algo assim, geralmente a mocinha para de rir na hora e começa a olhar preocupada para o mocinho, não é? Pois bem, isso não aconteceu comigo, na verdade, só fez com a minha gargalhada piorasse até o ponto de agora. Estou sentada, de bunda no asfalto molhado, porque eu ri tanto que perdi o equilíbrio.

Ele está me olhando tão seriamente que estou começando ficar preocupada, mas pro meu alívio, ou desespero, ele sorri.

- Sr. Surpresa? - indagou, erguendo as sobrancelhas. Eu cessei a minha crise e me obriguei a olhar para ele, no mínimo, recomposta.

- Sim, pois sempre que eu lhe vejo tenho uma surpresa. - encaro o azul índigo de seus olhos e dou de ombro. - A primeira vez não foi uma surpresa tão significante assim, eu só me atrasei, mesmo que por pouquíssimo tempo. Entretanto, a segunda vez... Ah, a segunda vez fez com que esteja na situação que eu estou agora. E a terceira, bem, ela é isto que está acontecendo. Então são belas surpresas, não acha? - sua cara de indagação ainda não se desfez, por isso decidi complementar - E, eu não sei o seu nome, Sr. Surpresa....

- Ah... isso é verdade. - Seu meio sorriso se transforma em um sorriso languido e encantador. Sorrir assim fez com que nos olhos dele se formassem pequenas rugas e covinhas aparecerem em suas bochechas. Sério, qual o problema dos sorrisos desse cara? - Muito prazer, sou Simon Quentin.

Simon Quentin... tenho a impressão de que conheço este nome de algum lugar. Acho que tem uma editora com esse nome.

Fito-o nos olhos surpresa. Ele é Simon Quentin? Não pode ser esse louco quem lidera a maior editora dos Estados Unidos. Sem exagero, nem algo do gênero, aquela é simplesmente a melhor de todas. Mas é difícil de crer que esse cara que está na minha frente possa ser o presidente dela.

- sabe, quando alguém se apresenta, o educado é dizer seu nome também. - estendeu sua mão direita.

- Desculpe, eu não sou a pessoa mais educada do mundo - digo sarcástica. - Mas, só para que não se lembre tão mal de mim, eu sou Victoria Brandon. Vick, para os mais chegados, entretanto este não é o seu caso. - não faço menção de estender minha mão para ele, então acaba por abaixá-la.

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