6 - Uma Família

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Estava toda desajeitada, suja de farinha e os cabelos horríveis, presos em um coque extremamente desajeitado que quase não segurou meu cabelo no alto

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Estava toda desajeitada, suja de farinha e os cabelos horríveis, presos em um coque extremamente desajeitado que quase não segurou meu cabelo no alto. Mas não importei nem um pouco, era um dos dias mais divertidos que tinha em vários anos,

Eu e Lily, decidimos por fazer o almoço mais tarde. Decisão essa que foi impulsionada por estarmos assistindo "Moana, um mar de aventuras". Amo o filme, já o havia visto sozinha algumas vezes, no entanto foi mil vezes melhor por ter uma companhia que não dormia e que cantava todas as músicas comigo.
No refrão da música do Maue, nós duas pulamos do sofá e, cada uma com seu controle em mãos cantamos a plenos pulmões. Rodopiei junto com Lily uma vez.

Parei de frente para a porta, onde havia um Simon divertido observando atentamente nós duas. No mesmo instante congelei, o encarei aterrorizada, fiquei ainda mais quando seu sorriso se transformou em uma gargalhada alta, chamando a atenção de Camilly para si.
A garotinha foi correndo abraçá-lo. Apenas observei a troca de afeto que acontecia ali, quase com inveja. Não da menina — claro que não, puf, seria ridículo se fosse.

– E aí, cadê o meu beijo também? – ele me fitou em expectativa, devolvi um olhar sério.

– Há quanto tempo você está aí? – queria saber há quanto tempo estava passando vergonha.

– Desde que a Moana foi para aquela caverna e começou a tocar os tambores. – Sr. Surpresa veio aproximando-se até estar perto o suficiente para jogar-se em cima do sofá, ainda de calçados.

Olhei para ele com a melhor cara de assassina que eu poderia ter no meu arsenal de facetas. Imediatamente descalçou os pés.

– Melhor assim, dona limpeza? – Sorri e assenti feliz por não ter que dizer nada. Simon parou com uma expressão séria, assustei-me, óbvio. – Vick, que cheiro de queimado é esse?

– Senhor, meu bolo! – pulei e sai correndo em direção à cozinha para desligar o forno e tirar meu precioso bolo de lá.

Esperei que esfriasse para que pudesse desenformá-lo.
Por sorte, só o fundo queimou, significa que não iria influenciar no sabor do bolo, o que me fez feliz.

– Isso explica o porquê de vocês duas estarem cobertas de farinha. – riu vindo à cozinha pegar alguma coisa na geladeira.

– Meu bem, – chamei com um sorriso debochado – você não pode reclamar já que está com farinha também. – fiz um gesto apontando para o lugar onde antes Lily havia se jogado em seu colo.

Ele encarou a mancha branca no colete e demonstrou desagrado.

– Mas não estou inteiramente cheio de farinha... – deu um sorriso de canto, como se tivesse vencido algo.

Mas eu não deixaria assim. Em um gesto rápido enchi minha mão de farinha — que ainda estava ali em cima porque estive com preguiça de guardar — e joguei nele, cobrindo–o de farinha.

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