8 - Savannah Roberts

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Já fazia uma semana desde que havia começado a trabalhar na Favorites e eu posso afirmar com convicção, que fora a melhor coisa que me acontecera nos últimos anos

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Já fazia uma semana desde que havia começado a trabalhar na Favorites e eu posso afirmar com convicção, que fora a melhor coisa que me acontecera nos últimos anos.

O trabalho em si exigia muito, era extremamente estressando, tinha muito gente metida e queria tirar satisfação comigo de como eu havia sido colocada como Editora-Chefe. Apenas os ignorava e prosseguia fazendo o que deveria.

Mas, uma vez feito e tudo seria recompensador, porém esse momento ainda não chegou.

A revista do mês de julho estava em processo de criação, entretanto nem sequer tínhamos escolhido o Resort.

Ainda estávamos no em junho, nem primeira quinzena passou ainda e já estava um caos.

Chamei Clare para que pudéssemos chegar há algumas ideias. Depois levaria as opções em reunião com o resto dos departamentos.

Durante duas horas, veja bem duas horas, fiquei conversando com Clare sobre o que fazer, em que estilo queria as fotos, o melhor modo de valorizar a revista, sobre as fotos.

– E a última coisa que me esqueci de lhe perguntar – disse enquanto analisava o que já havia escrito no documento que estava aberto, reparei que não tinha colocado a modelo. – Quem é a modelo?

– Savannah Roberts. – respondeu uma voz, que não pertencia a ninguém mais, ninguém que a própria.

Encarei a loira parada na porta e respirei o mais profundo possível.


involuntariamente, analisei lhe por completo. A pela branca, mas não pálida. Os olhos verdes, tão "vivos" quanto a grama molhada e tão afiado quanto uma faca de um cozinheiro. O corpo alto e magro com aqueles cabelos de um loiro sem graça. Ela continuava a mesma, continuava linda.

Forcei uma expressão de espanto, surpresa misturados com um sorrisinho simpático.

– Vanna! – disse com uma animação mal fingida – Quanto tempo, sente-se.
Olhei para Clare que ainda não havia se levantado para ir embora, rezando para que ela entendesse o meu olhar de não saía daqui, por favor, mas não foi o suficiente. A ruiva se levantou, sorriu gentilmente em minha direção e pedindo licença.

E assim me condenando a uma das piores conversas que teria, não que ela soubesse disso, nem eu sabia...

Savannah continuava na porta. Nunca fui muito religiosa, entretanto naquele instante eu rezei para que ela desse uma desculpa esfarrapada e saísse sem nem mesmo direcionar um olhar descente para mim. Mas acho que a minha falta de religiosidade fez com que Deus não escutasse minha prece, pois ainda assim a loira rumou graciosamente até uma das poltronas em frente à minha mesa e sentou-se elegantemente.

– Nossa! Quem diria, você se tornou uma jornalista?! – envenenou ela. Porém não parou por aí – Aposto que o resto das meninas não acreditarão quando eu lhes contar isso, assim como não acreditei quando Kate me contou.

De repente noiva.Onde histórias criam vida. Descubra agora