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A porta do meu quarto se abriu, levantei a minha cabeça e vi o rosto do meu pai.

-Você vem caçar com a gente?-Ela pergunta com um sorriso.

-Sim. Deixa eu só tomar um banho e vamos.-Falo me levantando da cama.

Meu pai assente com a cabeça e fecha a porta do meu quarto. Desligo o meu computador e guardo ele na gaveta debaixo da minha cama.
Vou até o meu armário e pego uma calça preta e uma blusa de manga longa cinza, uma calcinha e uma sutiã.
Fecho a porta do meu armário e logo vou ao banheiro.
Tiro meu pyjama e entro no banho. Um tempo depois saio do banho e me visto.

Coloco as minhas botas cinzas de cano alto e desço as escadas. Vejo que meu pai está sentado no sofá me esperando enquanto assiste as notícias.

-Vamos?-Pergunto

Ele me olha, assente com a cabeça e se levanta. Sigo ele até a porta e quando saímos percebi que minha mãe não estava com a gente.

-Vamos fazer uma competição?-Pergunto com um olhar desafiador. Mesmo sabendo que eu iria perder...Meu pai é o mais rápido do clan. Mesmo se acredito que a esperança é a última que morre.

-Quais são as regras?-Meu pai pergunta com o mesmo olhar.

-Quem chegar primeiro da colina de sempre ganha!-Falo com um sorriso.

-Eu sempre ganho.-Ele fala rindo com um olhar convencido.

-Eu quero a minha revanche.-Falo e começo a correr.

Logo começo a correr o mais rápido possível. Eu até que enfim ganharia aquela corrida. Normalmente quando minha mãe sai para caçar com a gente, eu sempre fico em último.
Eu estava quase chegando até que vejo meu pai me ultrapassar. Corro mais rápido mas logo vejo que minhas forças começam a acabar.
Um tempo depois, chego na colina, ofegante e respirando que nem um boi.
Meu pai já tinha chegado a muito tempo. Ele me olhou e riu.

-É por isso que eu lhe digo que é para beber sangue com mais frequência. Você não tem forças suficientes para combater nem um vampiro novato.-Ele fala com os braços cruzados.

-Ah por favor! Você sabe que o meu lado humano também não ajuda.-Falo enquanto lutava para recuperar meu fôlego.-E que eu não gosto muito de beber sangue dos animais.

-Você fala isso porque bebe sangue com frequência. Mas se eu lhe deixasse sem sangue durante 1 mês, você séria capaz de matar um humano só para se alimentar.-Eu tento abrir boca para falar alguma coisa mas ele me interrompe.-Nem tente dizer que eu não tenho razão, porque eu já passei por isso e posso lhe dizer que foi doloroso. Ainda mais que você não tem ainda muito contrôle com cheiro de sangue humano.

Reviro os olhos e começo a procurar algum animal para comer.

-Não vamos caçar aqui hoje.-Meu pai fala enquanto começa a andar para fora da floresta.-Hoje vamos ver se você aguenta ficar perto dos humanos sem que você tenha vontade de atacá-los.-Ele me olhou sério.

-Como assim? Isso não vai servir a nada!-Falo com os braços cruzados enquanto olho meu pai se afastar de mim.-Vocês não me deixam conviver com humanos.

Meu pai não respondeu nada e continuou andando. Revirei os olhos e segui ele até chegarmos perto de um restaurante onde as pessoas estavam comendo ao ar livre.
Eu pensava que não ia funcionar porque só fazia apenas 1 semana que eu não tinha caçado.

-Acho que está bem fresco na sua cabeça que memória do trato que tivemos com os Volturi...Manter você longe dos humanos.

-Mas não é como se eu fosse viver a eternidade dentre eles.-Digo como se fosse óbvio.-É só por 6 meses e depois, bem, eu não sei. Ainda não pensei.

Meu pai não responde e vai até um banco que estava logo à frente de um restaurante muito bem frequentado. Me sentei ao seu lado fiquei olhando para as pessoas.
Meu pai pegou seu telefone e começou a mandar mensagem para nem sei quem. Provavelmente para minha mãe para dizer que tínhamos saído para caçar.
Comecei a observar os movimentos das pessoas até que meu olhar paravam nos pescoços delas. Eu olhava de lá para cá e meu olhar sempre acabava em cima de um pescoço.
O cheiro de cada pessoa era diferente mas sempre vinha aquele cheiro inesquecível do sangue delas. Eu podia sentir o calor do sangue delas enquanto ele circulava por todo seu corpo.
Eu me via, me levantando daquele banco, indo até restaurante e puxar uma pessoa para longe só para provar aquele sangue delicioso. Eu sabia que aquilo era mal mas o cheiro era tão bom.

-Renesmée!-Meu pai me chama com um tom autoritário.

Saio do meus pensamentos e vejo que ele está me olhando.

-Seus pensamentos provam que você ainda não está totalmente pronta para ir a uma escola.-Meu pai fala sério.-Se eu não tivesse lhe chamado, você já teria atacado essas pessoas inocentes. O sangue de humano é uma pura tentação.

Acordei dos meus pensamentos e olhei seria para ele. Me levantei rapidamente e comecei a andar até a floresta.
Eu estava me sentindo um monstro. Como pude pensar nessas coisas horríveis e ainda ter a tentação de fazê-las.
Ia começar a correr até que sentir um mão em cima do meu ombro direito.
Me virei e vi meu pai. Coloquei a minha cabeça em cima do ombro dele e comecei a chorar.

-Eu sou um monstro.-Falo choramingando

-Você não é um monstro. Se você fosse um,você teria atacado aquelas pessoas em segundos mas você só ficou sentada do meu lado só olhando.-Meu pai respondeu calmamente.-Mesmo com o seu desejo intenso por elas.

-Eu não ataquei elas porque você me chamou. Se você não tivesse me chamado eu teria atacado.

-Isso não é verdade. Você só está falando isso porque é a primeira vez que você está perto de tantas pessoas.-Ele coloca a cabeça dele sobre a minha e começa a alisar os meus cabelos.- Eu vi nos seus pensamentos, você nunca seria capaz de atacá-los. Você sabia o gosto seria bom mas o ato seria horrível.

-Você já provou sangue humano?-Pergunto.

-Já! Numa época de rebelião e eu me arrependo mas de um lado não.-Seus olhos ficam obscuros. E uma raiva os consomme. Fico curiosa por saber do porquê do meu pai estar assim. Mas prefiro não perguntar.-E posso lhe dizer que é muito bom mas eu nunca teria mais coragem de matar alguém para beber.-Ele tirou a sua cabeça de cima da minha e me olhou nos olhos.- Filha, você não precisa ter medo, é só você caçar com frequência que não terá necessidades de matar alguém para acabar com a sua sede.

Ele deposita um beijo em cima da minha cabeça e logo enxuga as minha lágrimas que continuavam a cair pelas minhas bochechas. Eu gostava de estar com o meu pai porque ele sabe como me acalmar.
Mas eu preferia passar tempo com a minha mãe, ela entendia algumas coisas que meu pai não entedia.
As vezes meu pai ficava com ciúme mas ele sabe que eu amo os dois do mesmo jeito.

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Olha aí capítulo novo saindo do forninho.
Espero que gostem do capítulo.

Daqui a pouco Jacob aparece na história.

O 10° capítulo sai daqui a pouco.

JACOB E RENESMEEOnde histórias criam vida. Descubra agora