39º

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Ontem, começamos a andar pela cidade e tirei algumas fotos da cidade iluminada pelas luzes. O que a deixava incrivelmente bela! Com certeza, se puder no futuro, voltarei ao Alaska e principalmente ao Polo Norte e visitarei outras cidades e eu espero que Jacob estará comigo.

Andamos mais um pouco até que, por incrível que pareça, achamos uma discoteca. Tanya me olhou com um ar de curiosidade e eu, não estava nem um pouco curiosa para saber o que havia dentro e não estava com vontade nenhuma de entrar. Mas Tanya me convenceu dizendo que essa era a minha última noite e que eu poderia muito bem gostar e que eu estava muito para baixo. Eu tentei o máximo possível mudar de assunto mas minhas tentativas foram para a água a baixo. Tanya era muito convincente e isso me lembrava muito Triz.

Para entrar na discoteca nem fila tinha. Já estava um pouco tarde, imaginei que as pessoas deviam ter chegado mais cedo ou o natal não era realmente época para ir à uma discoteca. Mas quando fomos passar pelo segurança, me lembrei que tinha esquecido minha identidade...Na verdade, eu quase nunca ando com a minha carteira de identidade. Nunca precisei até agora. Mas o segurança caiu no nosso charme. Tanya usou sua voz num tom sedutor e finalmente o segurança nos deixou entrar depois de nos olhar como se fôssemos presas e eu odiei isso.
Eu pensei que a discoteca estaria cheia mas assim que passei pelo segurança e entrei na sala barulhenta, percebi que me enganei.
A discoteca estava lotada, fazendo com o que as pessoas colassem em mim. Por um momento perdi Tanya, já que as pessoas não paravam, inconscientemente, de me barra passagem enquanto dançavam. Quando finalmente vi Tanya, lhe lancei um olhar um pouco assustado como pedido de ajuda. Eu estava mais aguentando o cheiro de sangue já que fazia um tempo que não caçava.
Desde do começo, estava presentinho que ter vindo nessa discoteca não foi uma boa ideia e infelizmente tive razão.
Enquanto eu estava tentando dançar-uma das coisas que não sei fazer- com Tanya no meio dessas pessoas embriagadas, acabei tropeçando em alguma coisa e para não cair acabei me segurando num banquinho. O problema é que ,para o meu azar, eu sem querer, abusei muito da minha força, fazendo 4 banquinhos do bar caírem. A minha sorte foi que Tanya, com seu reflexo, pegou os dois banquinhos que estavam perto dela e eu, com o meu reflexo ,um pouco atrasado, peguei os outros dois.
Foi nessa hora que decidimos ir embora. Tanya me empurrou pela costas e então saímos.
Eu não sei quanto tempo ficamos lá mas tenho a certeza de que, primeiro: Odeio discotecas. Essa foi a primeira e a última que vou na minha vida. Segundo: Eu precisava caçar e Terceiro: Em pouco tempo, o céu começou amanhecer. Felizmente eu não estava cansada para longa jornada que iria acontecer.

XXX

Agora estou no Polo Norte. Viemos de carro. São exatamente onze horas e vamos sair daqui duas horas da tarde para chegar amanhã em Juneau, as sete da manhã e vou diretamente para o aeroporto e pegar o meu vôo que sai, às dez horas da manhã para Seattle. E chegarei as três da tarde, mais quatro horas de carro.
Só pensar de que a viagem estar acabando e o grande dia chegando, meu estômago se embrulha.
Eu tirei minha foto com o papai noel. Eu fiquei como uma criança com um doce na mão quando eu o vi. Os outros soltaram uma leve gargalhada quando viram a minha reação mas logo se calaram quando eu disse que eles iriam tirar a foto comigo. Levei um bom tempo para convencê-los a fazer isso e valeu a pena o meu esforço, a foto ficou bem bonita.
Carmen, Eleazar e Tanya me deixaram passear sozinha com a condição de que, as uma e cinquenta, eu esteja na frente do carro.
Eu não sei porque, mas tenho certeza de que eles estão tramando alguma coisa!

O clima está bem mais frio do que em Juneau. Mas a diferença é que, em Juneau, o clima é frio porque o vento é glacial. Por enquanto que aqui, não precisa de vento, o tempo é naturalmente glacial!

Estou na casa do papai noel. Bem, não é exatamente uma casa mas uma loja onde podemos comprar lembrancinhas de natal ou decorações. Estou tentando achar um presente para a minha família. Na verdade estou aqui, para comprar um presente para Charlie e Sue porque eu não tenho a mínima ideia do que dar para eles.
Depois de muito tempo na dúvida, terminei escrevendo uma carta para eles que vai chegar em algum dia desses. Escrevi coisas que não tenho coragem de dizer porque sou tímida. E principalmente os felicitei pelo casamento assim como usei frases com segundas intenções que somente Sue irá entender...Escrevi um provável adeus. E isso me dói o coração. Dentro da carta, coloquei a nossa foto que tiramos na frente da árvore de natal que tive tempo de revelar.

JACOB E RENESMEEOnde histórias criam vida. Descubra agora