JACOB E RENESMEE

20°

                 •MARATONA 3/3•

Chegando na festa, vejo que estava completamente lotada e que a casa era grande. Mas comparada com a casa de Triz, ela era um pouco menor.
Triz começa a andar a minha frente e eu a sigo.
Alguma pessoas estavam conversando, outras se beijando, outras já estavam tomando banho na piscina da casa e o restante estava dançando na pista.
Ao ver a pista, meu lembrei de uma coisa: Eu não sei dançar!

-Toma, experimenta isso.-Triz me dá um copo vermelho que, a mesma, vai logo colocando na boca.

Engulo a bebida desconhecida com dificuldade, faço uma careta e coloco o copo na mesa. Aquilo era muito amargo.

-Não sei como vocês aguentam tomar isso.-Digo enquanto dou língua.

Ela ignora o meu comentário e continua a beber o copo dela, até que bem rápido. Logo ela já está se enchendo de dois, três, quatro copos.

A casa estava escura apenas algumas luzes brilhavam diante de toda aquela multidão. Aconchegante se não estivesse lotado. As pessoas passavam por mim, me empurrando ou me puxando junto. Algumas já estavam bêbadas e loucas. Falavam nada com nada o que me fazia rir quando eu me concentrava no som de suas conversas.
Alguma vezes tampo os ouvidos pela música alta. A música era mais intensa na minha orelha e me deixando bem desconfortável...Como os humanos podem escutar isso?

-Vem, estamos prontas para dançar.-Triz diz me puxando pela mão.

Entramos na pista de dança e já não gostei da sensação. As pessoas se colavam umas nas outras e não tinha nem espaço para dançar. Algumas derrubavam cerveja, vodka ou sei lá o que era na pista e aquilo a tornava escorregadia.

-Não sei como as pessoas aqui não caem, está muito escorregadio.-Grito para que Triz escute já que a música estava muito alta.

Ela para instantaneamente de dançar e coloca as mãos na cintura.

-Para de ficar examinando as coisas, isso tira a diversão. Faz uns 3 anos que você está aí parada.-Ela pega as minhas mãos e começa a dançar, assim que começo a acompanhar os passos, ela as solta e continuamos dançando.

Faço uns passos bem aleatórios e tento copiar as outras pessoas. Aquilo pelo jeito não dava muito certo porque Triz me olhava estranhamente e logo sorria. Tento disfarçar com um sorriso nervoso. Eu tinha certeza que todos estavam rindo de mim...Ou não, pela situação deles. Agradeço internamente as pessoas que não estão nem aí para mim.
O que era bem difícil pela a minha beleza inumana!
Eu era feita...Eu sou feita para atirar minhas presas e as vezes isso é bom ou é muito ruim. Por conseguir atirar humanos facilmente, fazendo com que minha sede por sangue humano aumente.

-Parece uma lombriga dançando!-Ela grita e eu rezo para que ninguém tenha escutado. Eu realmente não levo jeito para dançar.-Você tem que acompanhar o rit...

Logo um garoto, do nada, aparece e começa a dançar com Triz. Ele se coloca na frente dela e na minha frente e começa a se colar nela e ela sorri. Fico lá olhando até que percebo que eu estava olhando atentamente para o seu pescoço. Eu podia sentir aquele cheiro bem perto de mim ainda mais que as veias dele estavam mexendo, aquilo fazia arder a minha tentação.
Saio rapidamente da pista de dança antes que acontecesse algum acidente que não poderia acontecer de jeito nenhum!

Ando sem rumo até que encontro uma porta de vidro. Abro-a e finalmente respiro ar-puro.
Respiro profundamente diversas vezes e então toco nos meus cabelos, aliviada por ter saído daquele ambiente.
Começo a andar até que esbarro em alguma coisa.