●•4-Ciumes?•●

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"Pare com isso tia! Por favor! Eu não quero ser igual a você! Eu quero os meus pais de volta!"

Acordo com o despertador tocando, e então me dou conta que dormi no chão do meu quarto. Me olho no espelho e meu rosto está inchado, tomo um banho e visto uma roupa básica.

-Até que não tá tão mal. _ digo me olhando no espelho.

Talvez hoje eu não consiga destruir a maldita escola, e isso me deixa desanimada ao extremo. Desço a escada correndo e vou tomar café da manhã, vejo meus pais na mesa e os mesmos me olham assustados, mais não falam nada.

-Porque estão desse jeito?

-Filha, mais tarde, quando voltar da escola, um doutor, psiquiatra, vai vim te examinar, nos preocupamos com você, e queremos o seu bem. _ diz meu pai, terminando de tomar o seu café.

-Psiquiatra? pra que um psiquiatra? pai! mãe! eu estou bem, não tem nada de errado comigo.

-Nada de errado? mais Coralli... _ Minha mãe diz mais eu a corto.

-Eu já sei! Já sei que aconteceu algo muito estranho comigo, já sei que você precisou trazer um padre, porque achou que eu estava "possuída" _ Faço aspas com as mãos. _ E também sei que vocês devem estar achando que eu matei aquele maldito padre.

-Corraline! não se refira ao padre desse jeito! mais respeito! Ele está morto. _ Diz minha mãe se alterando.

-Esse assunto está ficando desinteressante, tenho que ir.

Fingindo não ouvir as reclamações da minha mãe, levanto da mesa, pego a minha bolsa e vou para a escola. A caminho da escola, pessoas me olham de uma forma estranha, como se eu fosse algo de outro planeta. Mais porque estão me olhando desse jeito? Antes só me olhavam assim na escola, agora na rua também? Oque eu tenho de errado? Será que estão achando que eu tenho algo haver  com oque aconteceu com o padre? E será que eu tenho algo haver com isso? Meu Deus! São tantas dúvidas em minha mente, parece que a minha cabeça vai explodir com tantos pensamentos. Depois de algum tempo chego na escola e pela primeira vez a Vanessa não vem me perturbar, (ainda bem!) A cada dia parece que vou ficando mais estranha, não por fora, mais sim por dentro! Sinto uma vontade imensa de matar todos que me fizeram mal, eles merecem uma vingança, eles merecem algo que nunca vão esquecer! Estou pensando tanto, que nem percebo que a Emilly está do meu lado.

-Ah! Oi Emilly!

-Oi, não estou vendo a Vanessa, estranho né?

-Muito! espero que ela não faça nada pior do que aquela "brincadeira" ridícula que ela fez.

-Existe algo pior?

-Acho que não. _ rimos.

-Ei! _ Ela põe a mão no meu rosto.

-Oque?

-Porque o seu rosto e o seu corpo estão cortados?

-Eu...eu acabei tropeçando, cai e me ralei.

-Verdade verdadeira?

-Verdade verdadeira! _ ela ri.

Percebo que já deu a hora e estávamos atrasadas, entramos na escola e fomos para salas diferentes. As aulas passam rapidamente, depois vejo que já é a hora do intervalo, levanto e vou até o banheiro. Chegando no banheiro, me olho no espelho e tomo um enorme susto, meu rosto está muito mais cortado que antes! Agora eu entendi porque as pessoas estavam me olhando daquela forma. Saio do banheiro e vejo uma grande multidão parada olhando para algo, entro no meio e vejo Vanessa com um microfone e um telão com algo passando.

†AMOR DOENTIO†  Onde histórias criam vida. Descubra agora