🔆17° Capítulo🔅

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( PVD MARINA )

Tomamos café e fomos a nossa jornada. Agora eram quatro dias e a gente nem saiu da América ainda. A vida de Gustavo e a de Marina estão a salvo. Mas a minha e a de Nico está por um fio. Estamos os quatro no carro que corre mais do que o normal, para podermos chegar cedo.

.......

Paramos numa outra pousada já a meia noite meia, ou seja? 3 dias. Dormimos por quatro horas e voltamos a nossa viagem antes do sol aparecer.

– Aff, falem alguma coisa. Ou pelo menos coloquem uma música para animar esta viagem. Está droga de clima está me matando.- Nycollas pegou quase imediatamente o pen-drive e na mão de Gusta (Que era e é DJ...) e o conecta. Uma música de balada americana invade o carro e começam a nos mexer no ritmo da música e a cantar a música.- Bom, agora sim.

.........

Nem as 327 músicas de Gusta me tiraram os pensamentos do meu duvidoso destino. Imagina se eles não quiserem me ouvir e me matar mesmo assim, por ser bastarda e tentar usurpar o trono, "mesmo sabendo que não é bem assim..."

.......

– Tem alguém seguindo a gente.- Nycollas fala e acelera. Olhando pelo retrovisor consigo ver a Hilux branca de Leila. Merda.- Conhece o carro?

– É Leila!

– Merda!

– Agora a brincadeira vai começar.

Corremos tanto do carro atrás de nós que, tínhamos que nos segurar para  não voar do banco. Leila não desiste e faz uma manobra que eu considero suicida, passando o nosso carro e impedindo a passagem de Nico.

Com a freiada inesperada vamos todos para frente, Mariana bate a cabeça no banco onde estou sentada e xinga Leila sem moderação. Sai do carro e somos obrigados a sair também, já que a princesa mal amada segura uma arma direcionada em nossas cabeças.


- Mas que inferno Leila, o que você quer? - Digo sem o mínimo de paciência

- Eu quero você. Você...

- Porque? O que eu te fiz?

- Você destruiu a minha família, a minha família poderia estar lá agora...

- Do que está falando?

- Não importa agora, eu quero você morta.

- Então infelizmente você vai se decepcionar.

- Não. De novo não.

- Me deixa em paz.

- Não. Quero você morta, "o mundo é  pequeno demais pra nós duas..." - Disse com um sorriso psicopata nos lábios.

Tive uma idéia que seria a minha única esperança, ela estava certa. De fato o mundo era pequeno demais para nós duas e ela teria que deixa-lo, apenas para mim.

- Não precisa ser assim querida, você sabe que não quer me matar. Você me ama.

- Cale a boca. - Disse rápido.

- NÃO! Você me ama e me quer por perto, com você. - Ela olha pra mim diferente, confusa e com o olhar perdido. Continuo pois está dando certo. - Você me ama, e queria ser igual a mim.

- Não, cale-se!

- Você me ama.

- Pare!

- Me ama.

- PARE!

- Me quer só pra você.

- Pare....

- Você me ama Leila Torres.

Um barulho estrondoso me assustou e eu achei que tinha sido acerta-da com o tiro que foi lançado em alguém.
Na mesma hora me virei para Nycollas ao constatar que a bala não havia pegado em mim, soltei um suspiro de alívio ao ver que não havia pegado nele também.

Virei olhando para todos ali e ninguém havia sido baleado, quando olhei para a minha frente a procura de Leila encontrei-a caída, com a marca de um tiro recente na cabeça.

Não havia como mentir, ou esconder como ela fizera todos esses anos, Leila Torres estava porta e era minha culpa. Quem se importa? Eu. Estava devastada, como podia eu, que nunca havia matado nem uma mosca se quer matar uma pessoa.

Eu não toquei nela, nem ao menos atirei contra ela. Mas ela foi atingida por palavras minhas, que fizeram-na morrer.

Senti um nó na minha garganta com esforços o engoli, assim como engoli a angústia e o resto dos sentimentos presentes em mim.

- Vamos.

- E ela?

- Deem um jeito, eu espero vocês no carro.

- Tudo bem. - Mariana respondeu e eu entrei no carro, deixando escorrer o máximo de lágrimas que podia, enxugando-as no mesmo instante.

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⏰ Última atualização: Jun 02, 2018 ⏰

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Novamente, Se Possível? VOL.2 [EM HIATUS ]Onde histórias criam vida. Descubra agora