× Miriam On ×
- Como acha que ela irá ficar?- perguntei a Brad que estava ao meu lado
- Não sei, mas ela está se mostrando ser forte. - Brad respondeu com um pequeno sorriso no rosto
- Sabemos que a verdade não é essa. - disse voltando a chorar
Após ter dito isso eu não queria mais ficar naquele quarto de hospital, só queria minha família de volta toda reunida em casa, como naqueles comerciais de margarida.
- Eu vou tomar um ar. Acho que se ficar muito tempo aqui vou acabar ficando louca. - falei dando um simples selar nos lábios de Brad
Quando será que teremos paz?
- Qualquer coisa me ligue. - falei já na porta
Não esperei resposta e sai do quarto. Não que eu não queira ficar com minha filha, mas eu precisava de um tempo para raciocinar, minha filha tinha acordado, mesmo cega e sem poder andar. Talvez, com fisioterapia ela consiga voltar a andar e com cirurgia a enxergar, ou quem talvez nem precise de cirurgia e sim de tempo, mas quanto tempo? Quando ela estará "novinha em folha" novamente?
São tantas perguntas que no momento não temos respostas, não que eu esteja reclamando afinal, minha filha está viva, o que mais eu queria ter? Já está bem minha filha estar viva, consciente e acordada. Será que estou sendo egoísta com tudo isso?
- O que você achou? - alguém perguntou atrás de mim
Me virei para ver e responder, mas tomei um susto no mesmo instante.
Ali estava Tony, totalmente arrumado, mas ao mesmo tempo desleixado, suas roupas estavam no lugar, seus cabelos bagunçados e seus olhos vermelhos por causa de um provável choro.
- Achei o quê? - perguntei confusa
Uma coisa que eu estava era confusa e não era pouco.
- Do que mais eu estaria perguntando? É claro que estou falando de nossa filha. - respondeu com um olhar cabisbaixo - Onde você vai? - perguntou sem se importar
- Respirar, espairecer, sair um pouco desse hospital, já estou ficando louca. - falei voltando a caminhar, sem me importar com sua presença
- Precisa de companhia? - falou Tony me seguindo
- Não, obrigada. - falei baixo o deixando para trás
Não queria que estivessem no meu pé a todo momento, depois de tudo sempre tinha alguém me seguindo, perguntando se estava bem ou se precisava de algo, é claro que eu estava bem ao contrário de minha filha, o que eu estava precisando? Da minha filha em casa.
Quando percebi já estava do lado de fora do hospital, sentada em um banco vendo o ir e vir tanto de pessoas quanto de carros. Ninguém se importando com a existência do outro além da sua.
Como o mundo era engraçado, em uma hora você está com a sua família rindo de palhaçadas do cotidiano e em outra estava chorando por ter quase perdido alguém importante em sua vida. Meio que irônico isso tudo.

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A Filha de Anthony Stark
FanfictionEmilly uma garota de 18 anos, de nacionalidade brasileira, se formou com 16 anos por ter um QI mais avançado do que qualquer professor de sua escola e de outras. Foi criada por sua mãe Miriam e seu padrasto que é como um pai, Brad. Seu pai biológic...