Estávamos em uma das principais papelarias do shopping, quer dizer, a única, pois já faz um tempo que a outra virou uma livraria, pelo menos é isso que a atendente da nova livraria disse, isso que dá não ir muito ao shopping, quer dizer, isso que dá não ser muito fã de sair de casa no pouco tempo que você tem livre, realmente prefiro ficar em casa. Peguei tudo que precisava, um álbum, alguns CDs, um pen drive simples, pois os meus já tinham acabado a memória e alguns embrulhos de presente que na verdade, a maioria era das crianças, coloquei tudo em um cestinho.
- Vocês já sabem o que vão fazer? - perguntei para as crianças enquanto elas viam o que iriam levar
- Eu não sei, quero fazer um montão de coisa, mas não sei o que fazer primeiro. - falou Duda daquele jeito de bebê, ou seja, falando algumas/TODAS as palavras de um jeito fofo e errado ao mesmo tempo, e também, com um bico manhoso nos pequenos lábios rosados.
- Escolhe uma ideia ou duas, não precisa de tanto, qualquer coisa que vocês fizerem a mamãe vai adorar. - falei para ela e segurei sua mão e de Eric - E você pequeno? - me referi a Eric que estava muito quietinho
- Eu quero fazer um quadro igual daqueles que tem em casa, o que acha Emy? - disse tirando os olhos da prateleira que estava na nossa frente
- Você quer fazer uma pintura em um quadro igual aqueles pintores de verdade? - respondi com outra pergunta
- Sim. - respondeu animado
- Tá legal e você Duda já escolheu o que vai fazer? - perguntei novamente para Duda
- Acho que vou fazer igual o Eric. - falou com os olhos brilhando e com um sorriso de rasgar o rosto todo
- Igual do Eric? - perguntei e ela só se limitou a assentir - Tá bom, vamos escolher as cores das tintas, os pincéis e mais algumas coisinhas para depois ver se eles vendem quadros de pinturas. - falei sozinha afinal, os dois não estavam mais prestando atenção em mim e sim discutindo o que iram pintar
Sorri com aquela pequena imagem, assim que virei para o outro lado percebi que tinha um cara de capuz nos observando, depois que ele viu eu o encarava foi embora. Alguém esta nos observando a muito tempo ou eu estou ficando paranoica? Não é de hoje que me sinto observada primeiro, o cara de hoje mais cedo na caminhada e agora também esse de capuz, antes me sentia sendo observada e aquela sensação de estar sendo seguida. Tenho que tomar mais cuidado, vai que estejam planejando me sequestrar ou algo pior, sei que eu não fiz nada de errado e nem mexi com pessoas de má índole ou coisa do tipo. Não pode ser algo com o meu "doador" afinal, sei que da boca dele nunca iria sair ao relacionado a mim e que nunca iriam descobrir que sou sua "cria" afinal, aquele cara consegue guardar os seus segredos mais obscuros afinal, eu faço parte deles e pelo que sei o meu nome nunca foi citado por ele à alguém intimo dele, se alguém soubesse sobre mim não teria minha privacidade e seria seguida por todos os cantos talvez também, pelos inimigos desse ser, pois pode ser que achem que sou algum ponto fraco dele. Ah se fosse, não irei ficar aqui me iludindo. E se for algo relacionado a ele? Não, não pode ser, como já disse é impossível isso.
- Vamos, já pegamos o que precisávamos, agora é só ver se aqui vende o quadro e ir para o cinema, tá legal? - falei porque o horário do filme já estava próximo e também por medo do cara que estava me observando.
Sei que o cara do capuz já desapareceu, mas quem me garante que ele não irá voltar ou que tem mais alguém aqui me observando para dar o bote? Devo estar ficando paranoica, não é possível, eu não tenho nada e nunca me meti com coisas "proibidas", sou aquela garota muito certinha do grupo de amigas, que nunca beijou ou algo do tipo, pois é, mesmo estando "velha", nunca me influenciei com aquelas conversas de "você está muito velha, por que não faz isso e aquilo? Já passou da hora, garota.", o que no começo me afetava, mas agora não mais, às vezes, elas veem com o papo de "Garota acorda, príncipe encantado não existe.", não que eu acredite, nunca acreditei em contos de fada, pelo que eu me lembre, nunca acreditei.
Peguei o pequeno cesto com tudo que precisávamos para fazer ou embrulhar os presentes de mamis e mais algumas coisas que não era necessariamente para os presentes, fomos para o pequeno caixa pagar o que tínhamos pegamos, a fila estava vazia, só tinha eu e as crianças na mesma, a mulher do caixa não saia do celular, estava falando com alguém, tudo bem, mas eu não tenho todo o tempo do mundo e a fila que antes era só eu e as crianças já estava aumentando com as pessoas reclamando.
- Com licença, querida. Tem como você fazer o seu trabalho e sair desse celular? - falei com a querida atendente que me olhou com desprezo
- Tenho que desligar Cíntia, depois nos falamos. Próximo, por favor. - finalizou a ligação me olhando com aquela cara de "bitch" irritada
Coloquei todas as coisas que estavam na pequena cesta no balcão, não sei não, mas aquela garota estava me olhando com um olhar assassino, isso não vai dar certo.
- Desculpe, mas tem alguma coisa te incomodando na minha cara? - perguntei porque já estava me irritando - Por que se tiver, a gente pode chamar o gerente para uma conversinha já que você não está fazendo o seu trabalho.
Tiro e queda, só foi falar isso que a outra parou de me encarar e começou o seu trabalho, essas pessoas metidas que encaram as outras com cara de comeu e não gostou, não rola comigo, meu santo não bate com pessoas assim.
- Mais alguma coisa? - perguntou depois de passar todas as mercadorias no caixa e colocar em algumas sacolas
- Sim, vocês tem telas de pintura? - falei olhando em volta
- Serve essas?- perguntou tirando debaixo do balcão algumas pequenas telas
- Sim, quero quatro dessas. - disse me referindo as telas
A minha mais nova amiguinha passou o restante das compras e colocou em outras sacolas, paguei e peguei as mesmas colocando nas mochilas das crianças, tinha até esquecido que elas estavam com mochilas, pra mim, elas saíram de Nárnia, só pode, ou eu devo estar cega, se bem que eu estou usando minhas lentes.
Faltava menos de meia hora para o filme começar então fomos logo para o cinema, coloquei as crianças na fila e fui para o pequeno espaço onde vende algumas guloseimas, sei que parece irresponsabilidade minha deixar as crianças sozinhas na fila, mas enquanto as moças daquele pequeno espaço faziam o meu pedido fiquei vendo eles de longe, na verdade, não tirei os meus olhos deles em nenhum momento, peguei uma sacolinha onde tinha as pipocas e alguns refrigerantes, paguei tudo e fui para a fila onde as crianças estavam, agora faltava pouco tempo para o filme começar e a fila já estava aumentando.
- Vocês querem usar o banheiro? - perguntei antes que eles peçam, eles só negam e eles voltam a conversar
Muitas vezes me sinto uma intrusa entre eles, pois parece que os dois não fazem questão de ter eu por perto, acho que agora é a hora do meu drama. Hahahaha, a hora do filme chegou.
~ Algum tempo depois ~
Depois de ter assistido o filme com as crianças, fomos nos divertir em brinquedos super, hiper, mega lentos e seguros do estacionamento do shopping, enquanto eu queria ir no barco viking eles queriam ir ao carrinho de bate-bate, mesmo não querendo muito, fiz todas as vontades deles. Quando já estava ficando tarde demais para as crianças fomos para a casa e pedimos pizza, enquanto a pizza não chegava deixei as crianças fazerem a obra de arte do presente de mamis, deixamos as mesmas secarem na pequena sacada do meu quarto onde minha mãe não iria chegar perto, alguns outros presentinhos colocamos em pequenas caixas com laços enfeitando, coisa rápida. A pizza chegou, comemos, deixei as crianças na sala assistindo um filme e fui para cozinha lavar o que sujamos. Sabia que meus pais ião demorar na tal premiação que depois teria uma premiação por isto não esperei e fui dormir com as crianças mo meu quarto, já se passava da 1h da madrugada.
~ Dia Seguinte -
Acordei com o despertador toando e já era mais de 8h da manhã, como era sábado e não tinha trabalho fui me arrumar para sair, deixei as crianças dormindo no meu quarto e vi que os meus pais estavam no quarto deles dormindo e sai. Tranquei a casa e peguei o carro indo direto a um hospital de câncer infantil, pois faço trabalho voluntário e isso já faz mais de 1 ano, no começo me sentia deslocada com as crianças, mas com o tempo, fui me acostumando. Quando cheguei lá com a minha câmera em mãos foi uma gritaria que só, carinhos e abraços de sobra, muitas daquelas crianças que ali estavam foi abandonadas pelos pais, por motivos idiotas pra falar a verdade, mas muitas delas recebem amor de voluntários como eu e pessoas que ali trabalham, trazendo alegria e amor para tentar suprimir a falta que os pais deles fazem.
Após meu "turno" acabar depois de ter alimentado meus pequenos bebês, brincar, e tirar várias fotos deles com fantasias de príncipes e princesas. Lá estava eu indo pra casa quando do nada paro achando tudo aquilo estranho, paro o carro e coloco no acostamento, procuro meu celular na bolsa, quando o pego, vejo se tem alguma ligação ou mensagem, nada, isso estava muito estranho, meus pais nunca deixam de ligar ou mandar mensagem para saber se estou bem ou vou demorar pra chegar em casa, comecei a me preocupar, joguei meu celular no banco do passageiro, logo me arrependendo, mas vejo que o mesmo cai certinho no banco, liguei o carro e voltei o caminho indo o mais rápido possível pra casa, mas é claro que com cuidado e não infligindo as leis.
Quando chego na rua de casa vejo vários carros pretos estacionados na frente e homens vestidos de pretos aparentemente armados, aquilo tudo estava me preocupando, logo pensei merda, quem não pensaria?
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A Filha de Anthony Stark
FanfictionEmilly uma garota de 18 anos, de nacionalidade brasileira, se formou com 16 anos por ter um QI mais avançado do que qualquer professor de sua escola e de outras. Foi criada por sua mãe Miriam e seu padrasto que é como um pai, Brad. Seu pai biológic...