~ Emilly On ~
Ao que parece eu estou em coma. Não, espera, eu estou em coma e não parece nada, a todo momento vem alguém para conversar comigo, eu só escuto já que não posso responder ou dar várias tapas na cara da pessoa, como por exemplo, Anthony Stark, como ele tem a cara de pau de aparecer depois de tudo que ele falou para minha mãe?
Esse papo de "me arrependi, estou de volta filhinha, vamos ter uma relação de amor e carinho?" não pega, e pra que vou querer um pai se eu já tenho um que convivi a vida toda e que me deu tudo o uma criança precisa ter? Até parece que de um dia para o outro isso vai mudar, se bem que minha vida mudou de um dia para o outro, um dia eu estou bem e de boa com a vida e no outro um ser aparece, fujo e fico em uma cama de hospital. Tá legal, foi consequência de um ato meu, mas também tem aquele motorista imprudente, o que será que aconteceu com ele?
Da última vez que o Stark veio aqui o ser falou que iria me mandar para os Estados Unidos mesmo que tenha que passar por cima de meus pais, palavras dele. Até parece, eu tenho 18 anos, sou maior de idade,pelo menos aqui no Brasil, eu não quero ir para lá e como não posso responder, meus pais podem responder por mim e espero que eles não aceitem essa calamidade, eles não podem me levar para lá, perto do Stark e de seus inimigos, não deve ser segredo que o ser tem muitos. Com aquele seu jeito de ser não duvido nada que praticamente todos que estão à sua volta o odeia eu, por exemplo, tenho um ranço por ele, quem não teria? Só a namorada dele.
Notei que só recebo visitas da minha família e daquele ser, cade os meus "amigos"? Ahhh, lembrei. Não tenho amigos só pessoas com quem converso. Talvez pelo meu jeito de ser ou por causa do jeito que fiquei após algumas desilusões da vida eu não consiga fazer amigos, coisa que eu acredito não existir. Às vezes, me sinto solitária, sozinha, mas quem se importa? Isso mesmo, ninguém, nem eu mesma me importo. Já estou acostumada com a "solidão" e agora que fico sozinha quase que o tempo todo nesse hospital me acostumei mais ainda, não que eu esteja reclamando afinal, o silêncio muitas vezes é bom, mas a escuridão e o silêncio esta tomando conta da minha vida, dos meus dias e isso já ta ficando chato, a única coisa que salva os meus dias são sonhos com um moreno de vestes estranhas porém verdes, de olhos claros, ele me parece com o louco que atacou Nova York, sempre que me aproximo dele e vou perguntar seu nome ele desaparece, o estranho é que onde esses tais sonhos acontece em um lindo jardim com direito à lago,a imagem um tanto quanto romântica, lindo de se admirar, tanto o homem sem nome quanto a paisagem, os dois juntos dava uma combinação perfeita. No que eu estava pensando? Só devo estar louca.
Não sei, mas sempre fiquei na minha, pensando sozinha ao invés de conversar com alguém, preferir ficar sozinha do que ter muitas pessoas aglomerada ao meu redor, o que muitas é bom, fala sério, viver com tanta gente à sua volta que geralmente, são pessoas falsas dá uma energia negativa na sua vida, um exemplo, na minha vida essa pessoa é Tony.
Sei lá, muitas vezes me vejo pensando em perdoar Tony, mas me sinto insegura em relação à isso, não quero ficar guardando mágoa para toda a minha vida, mas ao mesmo tempo. Tá, eu posso perdoar ele só que não teremos uma relação de "família feliz", isso é uma coisa que eu não quero para mim, já estou de boa com a vida.
Acho que irei ficar louca, não aguento mais essa vida de "acorda", ficar vagando no escuro da sua mente, perder a consciência novamente e sonhar com um desconhecido porém, bonito de lindo. Entendeu, consciência?
Ahhh não, minha vida já esta ficando monótona, meu plano era abrir meus olhos, mas cada tentativa era falha, abrir meus lindos olhinhos cor de mel e como consequência fazer com que médicos saradões se apaixonem por mim não está dando certo, meus olhos não são cor de mel, mas dá para o gasto, são comuns porém, lindos.
- Tem alguém ai? - gritei no vácuo da minha mente
Uma frase um tanto quanto clichê, era como se eu estivesse chamando por algo ou alguém, quem sabe a minha morte acompanhada de meu assassino, não tenho nada a perder, estou em coma, pensando na minha própria morte, como se alguém estivesse na minha mente, o que era impossível então, significa que estou sozinha e ficando paranoica.
- Olá. - falou o cara dos meus sonhos aparecendo na minha frente
- Quem é você? Como pode estar aqui, na minha mente? Isso é impossível. Eu só posso estar ficando louca. - disse me atrapalhando toda nas palavras
- Quantas perguntas midgarniana inútil, você logo saberá quem sou. - falou avançando na minha direção e a cada passo seu eu dava outro para trás
Quando menos espero ele me beija. De boa, isso é só um sonho, não está acontecendo de verdade, não estou perdendo meu precioso bv com uma pessoa que nem conheço. Apesar de achar isso, tudo estava tão real, aquela sensação de uma colada a minha, o calor, aquilo tudo estava tão gostoso. O que eu achava que seria meio que nojento não estava sendo nada daquilo, estava sendo ao contrário, nada do que eu pensava. Como uma miragem pode ser tão real?
Depois de um tempo toda aquela sensação tinha acabado, o desconhecido tinha desaparecido e tudo estava voltando a ficar mais escuro ainda, ficando cada vez mais difícil de enxergar e quando menos espero vejo um clarão, meus olhos doem e resolvo fecha-los.
Quando os abro novamente não vejo nada, só escuridão. Minha garganta dói preciso de água, mas por que não estou vendo nada?
- Que bom que acordou. - uma voz desconhecida falou, parecia ser um homem
- Água. - foi a única que consegui falar mesmo em meio as dificuldade
- Aqui. - a mesma voz disse me dando um copo
Aquilo tudo estava me dando medo, após tomar a água fiquei segurando o copo, não estava segura com aquela pessoa do mesmo local que eu, estava com uma sensação estranha.
- Por que não estou conseguindo ver nada? - perguntei entrando em pavor
- Não sei. - Aquela mesma voz respondeu
Logo após isso algo foi colocado na minha cabeça e pressionado o mesmo contra a minha cabeça, eu iria morrer assim? Sendo sufocada por uma travesseiro, pelo menos é isso o que parecia. Eu sei que pode parecer clichê, mas eu não posso morrer agora pelo menos não desse jeito, eu ainda tenho coisas a fazer, planos, sonhos a realizar, entre outras coisas.
Fiquei segurando aquele copo como se dependesse da minha vida, o que naquele agora era um fato. Deixei que aquele pequeno aparelho que estava no meu dedo mostrasse meus sinais vitais para depois o tirar e mostrar que meus batimentos pararam, mas é claro teria que prender minha respiração não por muito tempo, pois não iria aguentar, teria que fazer isso o mais rápido e lento possível, mesmo depois de o dispositivo parar de apitar ele continuaria a pressionar o travesseiro. Como eu sei disso? Simples, filmes servem para isso, você aprende assistindo tanto séries, filmes, desenhos ou qualquer outro tipo de programa que passa nas telinhas ensinam um pouquinho de tudo, algumas coisas podem ser ruins já outras não.
"Fique tranquila, meu amor. Vai dar tudo certo, já estou chegando."
Aquela mesma voz do homem do meu sonho falou, parecia estar dentro da minha mente. Pode parecer estranho, mas de uma maneira era reconfortante e me fazia ficar segura, mesmo sabendo que aquilo tudo poderia ser só a minha imaginação falando alto, apenas uma ilusão reconfortante.

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A Filha de Anthony Stark
FanfictionEmilly uma garota de 18 anos, de nacionalidade brasileira, se formou com 16 anos por ter um QI mais avançado do que qualquer professor de sua escola e de outras. Foi criada por sua mãe Miriam e seu padrasto que é como um pai, Brad. Seu pai biológic...