13 • (Momentânea) Paz

346 29 44
                                    

Assim que Tina saiu da maleta, encontrou Queenie descansando no sofá em frente à lareira. Jacob já havia se recolhido, habituado a acordar muito cedo todos os dias. Logo que viu a irmã, Queenie quis logo saber o que aconteceu.

- Por favor, não leia minha mente, eu preciso falar tudo – Pediu Tina, mas não conseguiu deixar de relembrar os beijos trocados e corou furiosamente ao lembrar do que sentiu quando Newt a beijou e tocou.

- Teenie! – Queenie exclamou, um sorriso malicioso nos lábios – Mas, já...? Tão rápido...?

- Eu sei... – Tina respondeu timidamente – Mas eu não consegui evitar, Queenie, foi mais forte que eu! Não imaginava que ele beijasse tão bem... – e tocou os lábios com a ponta dos dedos, numa lembrança constante daquele momento.

As duas riam feito duas adolescentes que descobriam o primeiro amor e compartilhavam isso uma com a outra, até que Queenie sorriu carinhosamente para a irmã: - Ah, Teenie, sei como é, também fico assim com as pernas moles e toda quente por dentro quando Jacob me beija – e explodiram em risinhos mais uma vez. – Estou tão feliz por você, querida! Finalmente vocês se resolveram.

- Então... é normal que eu já me sinta assim quando ele me toca...? – Tina corou mais ainda ao se dar conta das implicações de sua pergunta. Queenie se desfez em risos.

- Claro que é, bobinha! Inclusive isso é bom porque mostra que vocês possuem uma conexão incrível, que vão descobrir com o tempo. Mas um pouco de cautela também não faz mal, afinal, dizem que a pressa é inimiga da perfeição, e ao apressar as coisas vocês podem acabar perdendo essa ligação tão bonita que existe.

- É, você tem razão. Quem diria que hoje eu estaria aos beijos com aquele bruxo maluquinho que tentei prender naquele dia em Nova York – Tina riu – A princípio que achei que era meu instinto de auror que me fez sentir que havia algo de estranho nele, mas hoje pensando bem... havia algo mais, algo que me arrastava pra ele. Parece loucura mas... é como se já fosse o nosso destino que a gente se conhecesse.

- Não é loucura, Teenie. Aliás, eu agradeço muito que você tenha resolvido ir atrás e ficar de olho no “bruxo maluquinho”, porque junto com ele você também trouxe meu Jacob. – Queenie sorriu afetuosamente para a irmã, como uma mãe que está se dando conta do quanto a filha cresceu. – Bom, melhor você dormir, o dia foi agitado hoje não é?

Elas se despediram e Tina foi para seus aposentos pronta para cair na cama quando seus olhos bateram no velho diário que Dumbledore devolvera, jogado em cima da pequena escrivaninha em seu quarto, e tomou uma decisão. Mais uma vez ela pegou a pena e escreveu na página amarelada do diário:

“Olá, tem alguém do outro lado?”.

Ela esperou alguns segundos até que... “Olá, ainda é você, Tina?”.

“Sim!” ela respondeu, ansiosa. “E quem é você?”.

Dessa vez a resposta demorou longos minutos. Ela até havia desistido de insistir no diálogo e fechara o diário, quando repentinamente se abriu sozinho na mesma página e lá estava escrito:

“Sou eu, Tina. Credence”.

*

No outro dia, quando Newt saiu da maleta descobriu que Tina já havia saído para o Ministério bastante cedo e com muita pressa, mas deixara recado com Queenie que lhe disse que ela o encontraria assim que retornasse e que tinha novidades.

- Bom, então diga a ela que estarei aguardando no meu apartamento. – Ele fez menção à mala que carregava, deixando claro que estava indo embora.

Amor, Guerra e CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora