21 • Impulsos

549 25 66
                                    

Depois de meses inteiros de trabalho exaustivo, mais uma turma de aurores júnior estavam se formando, o que deixava Tina bem contente, afinal, a equipe do Ministério estava ficando desfalcada devido a alguns aurores que já haviam se aposentado e outros, infelizmente, mortos em ataques que se intensificavam à medida que o poder de Grindelwald se alastrava. Mas aquele dia não era de lamentações e sim de comemoração por ver seus primeiros alunos se formando com louvor e também por saber que Newt estava naquele momento palestrando para seus colegas sobre seu livro que, inesperada e felizmente, estava sendo um grande sucesso de vendas e engordando consideravelmente a sua conta no Gringotes.

- Gostaríamos de agradecer sua dedicação, auror Goldstein. – Henry, pai de Alastor Moody e um dos aurores que havia recentemente se aposentado, agradecia a Tina. – É bom ver que o Ministério continua a trabalhar sua equipe de aurores, mesmo com o Ministro tentando obtusamente atrapalhar.

Devido à sua recente saída, Henry estava inteirado de como os aurores precisavam, na maioria das vezes, agir na surdina por conta da insistência do Ministro em negar a ameaça que Grindelwald oferecia. Alastor, por sua vez, escolhera aquele momento para se aproximar e se despedir.

- Obrigado por tudo, srta. Goldstein, eu...

- Tina, Alastor. – Ela o interrompeu com um sorriso. – Já lhe disse que pode me chamar pelo nome. Além disso, não é uma despedida definitiva, não é? Quem sabe você acabe caindo na mesma equipe que a minha?

Alastor arregalou os olhos, como se a expectativa de continuar perto de Tina o amedrontasse e cativasse na mesma medida, mas logo sorriu.

- Seria muito bom. Afinal, vigilância constante!

- Tina?

Ela se virou instantaneamente ao reconhecer a voz. Newt estava ali parado, os cabelos mais revoltos que nunca.

- Ei, Newt... – Era impressionante como a simples presença dele a deixava nervosa. Pare de ser idiota e se controle, Tina!

- Bom, eu já estou indo embora e Dumbledore disse que iria em casa para conhecer Credence... Queria saber se você quer vir junto.

- Claro! – Ela virou-se para se despedir de Alastor mas a presença de Newt a distraiu e o rapaz foi embora sem que ela percebesse. – Vamos, então...

*

- E então – Newt contava, tentando controlar, sem sucesso, o riso. – Thes montou em Rick mas ele não confiava de jeito nenhum e o derrubou de cara na lama. Foi quando nossa mãe veio e Thes levantou o rosto coberto pela lama e mamãe deu um grito e saiu correndo assustada!

Tina e Newt estavam conversando na sala de jantar do magizoologista, após a visita de Dumbledore para conhecer Credence. O rapaz ficou desconfiado no começo mas logo aceitou ter aulas com o bruxo, ansioso que estava por conhecer mais sobre a magia e o poder que guardava dentro de si. Ele já dormia no pequeno quarto dentro do galpão da maleta, usado por Newt durante suas viagens, descansando para, na manhã seguinte, rumar para Hogwarts onde estaria sob olhares cuidadosos, uma vez que se sabia que Grindelwald ainda procurava por ele. Agora os dois estavam ali, acompanhados de cálices de vinho e contando histórias de suas vidas, Newt se mostrando surpreendentemente à vontade e Tina gostando imensamente de vê-lo assim.

Um silêncio pesado pairou por alguns momentos entre eles enquanto se perdiam nos olhos um do outro, até que Newt tomou a dianteira e a puxou suavemente para si. Tina foi de bom grado, o toque dele era gentil e ao mesmo tempo intenso demais para que ela sequer pensasse em resistir.

- Senti falta de ter você em meus braços... – Ele sussurrou. Tina se aninhou em seu colo, suspirando contente e não perdeu tempo em colar seus lábios aos dele.

Amor, Guerra e CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora