25. Êxtase

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... continue tudo o que começou.

Meu vestido que agora está completamente aberto, é retirado sem o menor esforço por Vitória que o joga em um canto qualquer da sala e sem a menor pressa ela me ajuda novamente a sentar no sofá e assim fico bem próxima ao seu rosto que pra mim é como uma obra de arte expressiva perfeitamente desenhada, com as mãos lentamente começo a acariciá-la como se eu precisasse aprender a caminhar por cada curva que possui, e com um sorriso franco e tímido ela morde o lábio inferior e desvia o olhar como sempre faz quando está meio envergonhada. 

- Você é tão linda. -Falo baixo enquanto junto nossas testas e com as mãos entrelaçadas em sua nuca, deixo meus dedos se misturarem ao seus cachos soltos e bagunçados. Vitória me abraça pela cintura me trazendo um pouco mais perto de si e nesse momento apenas a nossa lenta respiração se faz ouvir. Sabe aquela velha história de que: "A beleza mora nas pequenas coisas", levou um certo tempo para que eu encontrasse e entendesse essa beleza, mas agora sei que o essencial se encontra fora das palavras. 

Seus lábios encontram os meus e com movimentos tão precisos que mais pareciam ensaiados, um beijo carinhoso e suave tomou forma. Sua língua macia abriu lentamente o caminho entre os meus lábios e ao encontrar a minha, dançou num ritmo calmo e sereno, não é o momento para nenhum tipo de agitação ou alvoroço, Vitória é segura e específica em cada movimento que faz e poder senti-la  de uma forma tão íntima é simplesmente mágico. Segurando meu rosto, ela finaliza nosso beijo com vários selinhos que se estendem por meu queixo, pescoço e orelha, com o mínimo de esforço possível ela passa uma de suas pernas por meu corpo, me vira de costas e se posiciona atrás de mim, e por ser um pouco menor que ela, esse encaixe se fez praticamente perfeito e imediato. 

A proximidade dos nossos corpos me faz buscar por mais ar, seus seios se atritam em minhas costas, suas mãos deslizam passeando por minha barriga e com a língua ela marca no meu pescoço a direção por onde sua boca vai passar, estremeço assim que sinto ela segurar firmemente meus seios enquanto chupa lentamente o lóbulo da minha orelha, jogo a cabeça para trás e solto um suspiro pesado me apoiando em seu ombro e fazendo ainda mais pressão sobre o seu corpo, me remexo em busca de mais contato e um gemido manhoso sai involuntariamente ao sentir ela estimular os meus mamilos nitidamente rígidos com as pontas dos dedos.

- Viiii. - Sussurro falhadamente sentindo um forte arrepio quando seus lábios beijam a minha nuca, nesse instante meu coração começa a acelerar, minha respiração fica falha e eu só consigo pensar no quanto o tempo foge e eu quero aproveitar e continuar sentindo tudo isso. 

- Tu sabe que essa é a porta de entrada para o início ou para o fim, né? - Diz no meu ouvido enquanto morde levemente o meu pescoço e eu simplesmente não consigo formular nenhuma frase para respondê-la, então concordo com a cabeça e apenas me permitindo sentir cada nova sensação que seus toques estão me proporcionando.

Apesar do estado de deleitamento eu sei que talvez esse realmente seja o início do fim. Sei que estamos nos aproximando da beirada de um penhasco e que talvez não tenha como voltar, mas não quero pensar no depois e perder o que estou vivendo agora. Me vejo completamente entregue nas mãos de Vitória e por mais que eu saiba que nesse momento ela esteja disposta a jogar e a me torturar um pouco, eu aceito o desafio porque ela é a minha escolha antes mesmo de ser, e quero poder tê-la de todas as formas possíveis.

Uma de suas mãos agarra o meu seio enquanto a outra que percorre o meu abdômen chega ao meio das minhas pernas que se abrem automaticamente esperando por seu toque, Vitória sorri satisfeita com a atitude e não demora muito para deixar sua mão encontrar na minha intimidade ainda coberta pela calcinha completamente molhada. Depois de alguns instantes sentindo sua mão quente me pressionar, dois dos seus dedos deslizaram facilmente por cima do tecido encharcado e com movimentos suaves e circulares ela faz meu corpo inteiro arrepiar, alterando a força dos movimentos ela brinca com os dedos no meu ponto mais sensível e eu deliro apoiada em seu corpo sentido pequenos espasmos me tomarem.

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