Capítulo 7 - Mafia's Confession

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First King POV

Qual é o seu maior medo? O que você acha que espreita na escuridão quando noite após noite se aventura pelas ruas de sua cidade, ou apenas observa temerosamente pela fresta de suas cobertas? Que monstro te assombra quando suas defesas baixam?

Provavelmente, ele deve ser asqueroso, com aparência esquelética, olhar vazio e tamanho intimidador. Ele deve se mover na escuridão buscando pelo abrigo das sombras, pois na luz do dia, é tão temível como um gatinho assustado; e sem dúvidas, deve matar apenas quando suas vítimas se encontram despreparadas, pois desde crianças aprendemos esse estúpido estereótipo.

Monstros são maus e feios, e assim como o Lobo mau, você sempre sabe quando eles estão chegando, afinal nada bonito e reluzente te faria mau. Certo?

Errado.

Pois o que a doce chapeuzinho e você nunca pararam para pensar, é que o Lenhador jamais entrou na casa para salvar ela, ele apenas queria ser quem mataria algo e nunca responderia por isso. Afinal, heróis nunca estão errados.

(...)

Olá querido leitor, sim você, não olhe para trás, não finja estar surpreso ou feche essa história porque está com medo do que pode encontrar. Boo hoo coitadinho do pobre leitor que acreditava que o mundo era um lugar perfeito.

Bem-querido, eu tenho algo para te contar... O mundo está mais para o chiqueiro mais imundo do universo do que para o céu de nuvens fofinhas que sua mãe te contava quando você era criança. Enquanto você passava seus dias aprendendo que homens altos e fortes eram os únicos inimigos que você deveria temer, eu crescia matando coisas, cada vez maiores e sem nunca perder o rosto angelical ou chegar a 1,80. Enquanto você se escondia na cama com medo de monstros feios e assustadores após um filme de terror... Eu estava sendo esse monstro, sem precisar realizar uma única ameaça antes de deslizar a faca pela garganta de minhas vítimas.

A vida não é perfeita, e antes que você comece a fazer um showzinho sobre o que aconteceu com aquele garoto, deixe-me dizer bem claro “eu não poderia me importar menos”, Byun seja lá das quantas foi apenas um jogo que eu fiz questão de adestrar corretamente, sua mente destruída em fragmentos desde o dia que seu pai, um viciado de bosta, o vendeu por uma dívida de menos de 2 dólares, foi o local perfeito para que meu reinado começasse. Por favor, não se iluda e acha que eu desenvolvi algum afeto pelo garoto, ele só era divertido, uma vítima que não reclamava, que podia ser moldada aos meus gostos e assim crescer.

Até aquele dia...

Oh doce Byun... Por que me desobedecera? Minhas regras eram tão simples de serem seguidas.... Você realmente acreditou que um dia poderia confiar em alguém?

Hahahaha... Estúpido.

A máfia não era o comando de um homem só, nunca foi e se dependesse de mim nunca seria, éramos três humanos transformando aquela nação em nosso pequeno reino, cada qual com uma razão diferente, mas um propósito em comum, destruição. Fosse como eu uma versão distorcida de Shiva ou um artista da morte como um de meus comparsas, todos buscávamos sucesso em coisas que a vida como homens normais não nos proporcionou por conta de suas regras ultrapassadas, mas isso sem deixar que o mundo real nos abandonasse. Afinal, que graça teria dominar os homens se você não pudesse caçar entre eles em segredo?

Um grande exemplo era Byun, desde o começo eu havia brincado de caçador e chapeuzinho com ele, com um sorriso doce e gentileza recebi aquela criança em minha vida e quando conquistei seu amor com uma mão deixei que a outra cortasse sua alma pela metade em um processo lento e tortuoso. Um processo divertido, que os outros reis apreciaram conforme foram chegando ao show. A máfia não havia começado com os três juntos.

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