Acquainted

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Kai POV

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Kai POV

Não podia dizer que faltando uma semana para o natal, estava efetivamente feliz com algo. Essa bosta de clima familiar, de pessoas se abraçando em propagandas e dizendo que todos deveriam passar seus dias lambendo as bolas de quem o ano todo não fez nada além de te renegar e deixar claro que se fosse você mesmo, que se amasse um homem, seria renegado e perderia seu trabalho, era simplesmente delicioso.

Por favor, antes de jogar as pedras, deixe-me explicar que não tenho nada contra o bom velhinho, ele pode continuar mentindo para as crianças a vontade, eu somente queria que quando essa época do ano surgisse, eu pudesse comemorar com a família que eu reconheço como minha, os dois homens que nos últimos 10 anos garantiram que eu tivesse minhas costas protegidas em cada gangue que derrubamos, que me levantaram quando eu caí e que principalmente me apoiaram em todos os momentos que eu precisei, não a minha família sanguínea, que nesse maravilhoso 2017 apenas deixou claro que eu deveria me casar e não ser um completo desgosto para eles.

- Argh... – grunhi enquanto apoiava minha cabeça contra a mão na mesa do pequeno bar, o local estava lotado por causa do final de ano, mas eu realmente não poderia me importar menos com quantas pessoas rondavam ao redor com fantasias idiotas, estava esperando alguém.

- Hey gato, você vem sempre por aqui? – uma voz forçada soou alto da minha cabeça, e já me preparei para dar uma resposta atravessada a qualquer cara que estivesse tentando flertar comigo em um dia daqueles, porém tive que engolir as palavras de volta quando notei quem era – Abaixe as armas, eu vim em paz – Chanyeol gargalhou enquanto erguia suas mãos em sinal de paz. Suho ainda estava em coma e havíamos enrolado essa missão por muito tempo, para que pudéssemos nos revezar em cuidar dele e garantir que tudo ocorresse bem, mas depois de um mês a pressão do distrito em cima de nós por evoluções no caso nos forçou a tomar medidas rápidas e isso nos trouxe até esse bar próximo a Seul N Tower, observando a noite cheia de turistas se movimentar alheia a nossa presença.

- Idiota – ri, mas senti o som sair mais fraco que o planejado – Como você está? – perguntei depois de alguns segundos, mesmo que parecesse apenas mais alguma pergunta por educação, eu sabia que Chanyeol entendia a que eu estava tentando me referir.

Desde aquele dia onde após me deparar com um oficial estúpido tentando humilhar um novato por causa de seus registros, e ter defendido esse garoto, acabei em um café do outro lado da mesma torre que observávamos agora, e com uma simples conversa, de alguma forma uma amizade para a vida toda nasceu. O que ocorrera com Chanyeol nunca significara nada para mim além de ódio para seus pais, nunca mudara minha visão sobre seu caráter ou sua capacidade, nunca me deixou pensar nele como algo além do homem que era meu melhor amigo e que chutava bundas como ninguém.

Passamos anos por altos e baixos, mas depois que Suho foi introduzido a equação e formamos nossa pequena e bêbada família, as coisas foram relativamente calmas com os demônios que assombravam Channy todas as noites, até que esse garoto chegou. A primeira semana havia acabado a muito tempo atrás, e deveríamos ter devolvido ele para a proteção a testemunha, mas algo no olhar de Park me deixou claro que poderia ser um tiro no pé, mas deveria deixar o garoto ficar com ele. Mesmo com a idade avançada em relação a quando aconteceram as coisas com ele, Baek lembrava demais a criança que um dia Chanyeol foi, e isso estava fazendo bem para ele de uma forma estranha, pois era como um perdão não dito ao passado, aos adultos que não o protegeram quando ele precisava, por essa razão enchi a paciência do meu amado pai, aceitei passar um final de ano tenebroso ao lado daquela família de comercial de margarina e levar alguém para que os bons costumes não fossem perdidos e toda aquela baboseira.

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