Ilha dos Espíritos Animais

Capítulo 1_ Três Antigos Amigos

Meu nome é Clark, sou do Reino dos Felinos e tenho apenas três dias para me despedir dos meus melhores amigos. Serei obrigado a ir para aquela ilha infernal! Oh, céus...

- Clark! Clark! - disse Ayla enquanto vinha apressada em minha direção.

Ayla é minha amiga de infância junto a Eduart. Eles fizeram da minha infância um lugar melhor, já que eu não cheguei a conhecer meus pais.

Me viro e vou até ela - Oi, Ayla!

- Olá, Clark! Como você está? - disse Eduart ao pular de uma árvore.

- Eu estou bem! Na verdade não estou bem. Eu não quero ir para a ilha! - digo frustrado.

- Ah, vai ser melhor para você. É o herdeiro do Leão do Atlas, seu pai com certeza sentiria orgulho de ti. Você é habilidoso, calmo então não se preocupe você vai se sair bem.- disse Ayla.

- É... Eu sei disso e odeio esse título, as pessoas só me reconhecem como "O Herdeiro", e não por Clark!

- Você reclama de barriga cheia! Bom, vamos comer algo, estou com fome. E o meu pai saiu de casa hoje - disse Eduart.

Eduart era filho do rei dos felinos.

- Não tenho nada de bom para fazer, então vamos! - disse Ayla.

Saímos do local em que estávamos e começamos a andar em direção a casa do Eduart. Mas no caminho acabamos encontrando Feliph, uma das pessoas que eu conhecia, que mais me sugava a paciência.

- Iae, palermas! Posso saber o que estão fazendo no nosso território? - disse Feliph enquanto nos olhava com desprezo.

- Onde que está escrito seu nome aqui? - pergunta Eduart o olhando da mesma forma.

- Não preciso que esteja escrito, eu simplesmente marco o meu território - disse ele assobiando.

- Chamou os amiguinhos, é? Por que não vem na mão comigo! - disse Eduart enquanto puxava as mangas de sua blusa.

- Se acalme, Eduart! - Digo o segurando.

De repente os amigos de Feliph aparecem ao nosso redor, eram oito.

- Que covarde você é. Deixem eles comigo meninos, há tempos que eu não treino! - disse Ayla ao usar seu espírito animal, e o materializando m uma grande lança.

- Tá brincando, né? Logo você que quer brigar, Ayla? Bem, nesse caso tenham piedade dela, vão apenas cinco - disse ele ao apontar para os cinco.

Ayla abre um sorriso e diz - Jamais subestime uma mulher.

Então os amigos de Feliph vieram para cima da Ayla, mas enquanto eles estavam vindo, ela se concentrou e trouxe o seu espírito animal para fora. Um majestoso lince, e mostra sua lança para os amigos de Feliph.

- E aí? Vão ter piedade? - disse Ayla ainda sorrindo.

- Isso aí, garota! Foi eu quem a ensinou - disse Eduart apontando para a Ayla com a lança em punhos.

- Que merda! Isso vai ter volta! - disse Feliph correndo junto com seus amigos.

- Colocou eles para correrem, assim que eu gosto. - disse após rir.

- Claro, né! Eu sou demais! - disse Ayla rindo.

- Não pode dar a mão que quer o braço! - disse Eduart com sarcasmo.

- Vamos logo comer, já está anoitecendo e estamos aqui! - falo.

Então fomos para a casa do Eduart e comemos esfirras com suco de uva. Depois disso, ficamos assistindo televisão até tarde.

- Bom, tenho que ir tomar um banho, e vocês deviam fazer o mesmo! - disse indo até a porta.

- Preciso buscar minha irmã na casa da amiguinha dela, e já está tarde! Sabia que não daria certo... - disse Ayla abrindo a porta.

- Vou com você Ayla, a casa da menininha é na rua da minha casa - falo.

- Bom, até manhã ! - disse Eduart enquanto sorria.

- Até! - dissemos ao mesmo tempo.

Começamos a andar pelas ruas do bairro nobre, aos poucos fomos entrando no bairro dos camponeses, pessoas pobres moravam por ali. As casas eram amontoadas, um lugar isolado e esquecido de todo o Reino. Eu morava ali pois as pessoas sempre queriam ver o "Herdeiro", então decidi morar aqui onde tenho a Ayla por perto.

Fiquei conversando com a Ayla pelas ruas até chegar na rua da casa da amiga de sua irmã.

- É aqui, certo? - disse ao parar em frente a uma casa branca, com as paredes sujas de tinta e lápis de cor.

- Sim, é aqui. - disse Ayla ao bater na porta.

- Ayla! Veio buscar a sua irmãzinha? - disse a mulher que abriu a porta.

- Sim, senhora! Onde está a Nick? - perguntou Ayla a olhando.

- Está no quarto junto com a minha filha, vou chama-la para você. Mas enquanto isso, entrem! - disse ela ao se afastar da porta para entrarmos.

- Não, está tudo bem! Vamos esperar aqui fora - disse Ayla enquanto amarrava o cabelo em rabo de cavalo.

Depois de um curto tempo, a mulher apareceu novamente na porta junto com a irmãzinha da Ayla.

- Aqui está a mini Ayla! - disse ela ao sorrir.

Nick é tão parecida com Aylla que elas são comparadas como gêmeas, porém Ayla é quatro anos mais velha que a garotinha.

- Muito obrigada, senhorita Ayla por ter deixado a Nick ficar aqui um pouco com a minha filha! - disse ela ao acenar para nós.

- De nada! - disse Ayla acenando de volta enquanto nos afastávamos.

- Olá, pequena Nick! Como você está? - disse ao sorrir para ela.

- Eu estou muito bem, e você? Como está, Clarkinho? - disse ela com um sorriso fofo.

- Ei! Não me chame assim! Mas tirando isso eu estou bem - disse sorrindo. - Bom, aqui é a minha deixa.

- Até mais, Clark! - disse as duas ao mesmo tempo.

Abro a porta da minha casa e vejo Ayla e Nick sumindo de minha vista, depois fecho porta e a tranco. Tomo o meu banho e visto uma roupa mais confortável e fresca pois essa noite fazia muito calor. Fiquei esperando o sono vir sentado no sofá lendo um livro.

Fiquei neste mesmo lugar até as uma da manhã, meu sono não vinha de jeito nenhum. Mas eu sabia muito bem o porquê disso. Eu não parava de pensar que eu iria para uma ilha e deixar meus melhores amigos aqui. Por que as coisas eram sempre assim comigo? Nada do que eu planejo acontece da forma que eu quero, fiquei pensando sobre isso até conseguir dormir.

Acabei acordando no outro dia indisposto, mesmo assim levantei da cama, fiz um café, e fiquei vendo algumas notícias de jornal. Sim, eu fiquei vendo notícias de jornal pois, eu não tinha nada para ver ou fazer.

De repente, ouço alguém batendo na minha porta. Assim que eu a abri, havia uma carta colada nela. Tirei a carta do envelope e comecei lê-la:

Nos desculpe, caro aluno, mas mudamos a data da nossa viajem para a ilha. Iremos hoje às 18:00 horas para chegarmos na ilha amanhã cedo

Ass: Diretor Hector Harryson

- Mas que droga! - disse após dar um soco na porta. - Que merda! Eu terei que ir hoje... Eu mal vou poder fazer algo para me divertir com os meus amigos! Preciso contar isso a eles...

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