A continuação de uma história de amor inter-racial e de classes sociais diferentes que passa por vários obstáculos. Crítica social contada através de uma história de amor.
Lulu e Taís vão embora juntos no ônibus e ela conta para ele que Roberta a levou em uma loja de móveis.
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É uma loja de móveis de design, objetos de decoração conceituados, diferente de tudo que ela já tinha visto por aí, tinha até manobrista na porta, mas o problema foi o constrangimento que houve lá.
-O celular de Roberta tocou e era Rodrigo, os dois começaram a discutir então ela viu que iria ficar nervosa e saiu da loja para falar com ele com liberdade, então veio um dos vendedores e disse para eu me assentar em um dos sofás enquanto esperava minha patroa e ainda disse que ela tinha muito bom gosto, sendo que era eu quem tinha escolhido as coisas. Disse Taís.
-Desaforo! O que você fez? Perguntou Lulu.
Eu disse: - Vou esperar minha amiga em pé mesmo. Bom que acabo de escolher mais coisas e já que você disse que quem escolheu tem bom gosto, agora empolguei e vou olhar mais coisas para meu apartamento.
-E aí?
-Ele saiu de perto de mim todo sem graça.
O que eu queria mesmo, era ter feito um barraco, chamado ele de imbecil, idiota, perguntado a ele a razão pela qual uma negrinha não poderia estar em uma loja chique e cara daquelas fazendo compras para casa dela, junto de alguém que não fosse sua patroa...
-Você fazendo barraco, soltando os cachorros? Essa manteiga derretida?
Ai, amiga eu pagaria para ver!
Você devia ter realmente soltado os cachorros nele. Se fosse eu teria deixado tudo lá e pedia a Roberta para me levar em outros lugares.
-Deu vontade de fazer isso, mas eu não queria abusar da boa vontade dela, nós já estávamos muito cansadas e até com fome, foi dia de minha folga lá na loja, então nós estávamos andando desde cedo, vendo várias coisas, ela foi tipo minha guia nas lojas.
Ela é uma pessoa muito legal, muito bacana, quando Maurício disse que ela iria me ajudar em tudo, fiquei com medo, mas depois foi tudo tão tranquilo, assim que ela desceu do carro já foi logo me abraçando, me pegando, dando tapinhas, como se me conhecesse por muito tempo.
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Você precisava ver Lulu, que pessoa mais legal! Ela dirige como uma doida, cortando os outros carros, cantando, nas lojas cumprimentava, ria, conversava com todo mundo parecendo que já conhecia as pessoas a muito tempo. Eu virei fã dela, gostei do jeito como ela se veste, ela nem parece que é mãe daquela Antonella metida, nem parece que tem a idade que tem...
-Ela é mesmo super fashion!
Agora me diz, sobre o principal.
-O quê?
-O principal, amiga! O vestido!
Já escolheu?
-Ainda estou com dúvida, se tivesse jeito de usar dois ou três no mesmo dia.
-Ai, para tudo! "Miga sua loca"!
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