A continuação de uma história de amor inter-racial e de classes sociais diferentes que passa por vários obstáculos. Crítica social contada através de uma história de amor.
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Letícia vai até o apart hotel onde Gustavo está hospedado, ela sai do elevador e vê uma mocinha saindo do apartamento dele, ela vem entra no elevador que Letícia estava e desce.
-Sr. Gustavo, não tem medo que alguém veja isso?
-Ninguém me conhece aqui, Giordane não sabe em qual apart estou, não vejo nenhum problema, agora se alguém souber disso, você sabe o que acontece, não é?
-Mais uma de suas ameaças a mim?
São tantas que uma a mais ou uma a menos não faz mais diferença.
-Não precisaria te ameaçar tanto se tudo fosse como no início, quando você me ajudava, ganhava uma gratificação pela ajuda, guardava segredo e nós éramos felizes, simples assim!
Mas depois você resolveu ter medo, negar ajuda, romper a amizade, então fui obrigado a te fazer lembrar que você tem uma família e te obrigar a continuar.
Eu não queria que as coisas chegassem a esse nível, mas...
Foi você quem escolheu!
Tem jogo que você entra como uma peça fundamental e sabe que jamais conseguirá sair dele.
-Eu quis romper a "amizade" com o senhor quando a vida de Maurício, estava em risco, pensei que a vida de Rodrigo também estaria, as coisas estavam indo longe demais, quando descobrirem o que fez na Santorini, não sei como será!
-Quando descobrirem, se descobrirem...
Eu sei que agora estou te pagando bem, muito bem para que você sabote Rodrigo nas investigações, para que você apague todas as provas, uma a uma, não deixe nenhum rastro, eu disse nenhum rastro, nenhum vestígio de nada, nada.
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Você está entendendo?
Eu disse NADA!
Ainda sim, se acaso descobrirem, eu estarei em outro país, com novos documentos. E você?
Tenho pena do que será de você!
Então pense bem, no quanto tem a perder e no quanto tem a ganhar com a nossa "amizade".
Sente-se.
Vou acabar de te dar o passo a passo, as coordenadas para você seguir e executar lá na Santorini, agora que estou de férias forçadas por causa daquele Stefano chifrudo.
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Paolo entra no quarto de Maurício pela manhã.
-Filho, hoje faz dois dias que sua mãe está na casa de Bárbara, ou seja, tem dois dias que não como, não durmo, não trabalho direito, não tenho paz! Dois dias no inferno!
Você não sabe o que estou passando!
Acho que vou acabar tendo um infarto, um AVC que nem sua avó Nanna teve uma vez.
Me ajude!
-Pai senta aqui na cama, calma!
Eu também estou preocupado, com tudo isso.
Se minha mãe descobrir tudo, não sei o que pode acontecer!
Acho que vou até lá na Bárbara e dizer pra mãe que é para ela descansar, tirar um tempo pra ela e que vou levá-la para nossa casa de praia em Porto Seguro no helicóptero.
O que acha?
-ÓTIMO! Faça isso filho! Faça isso!
-Pai, pai, pai! Se você tivesse sido sincero, se tivesse aberto o jogo enquanto era tempo, nada disso teria acontecido.
- Maurício! Se existisse uma máquina do tempo...
Mas você sabia o porquê não falava a verdade pra sua mãe...
Agora vá, vá até lá e tente me ajudar.
*********
Bárbara se levanta da cama atrasada, sai às pressas sem tomar o café, sem se arrumar direito, ela tinha que ter acordado cedo, era dia de resolver um tanto de coisas, resolver um tanto de problemas nas lojas.
Ela esquece as chaves do carro na outra bolsa e volta correndo para pegar, esquece a necessárie e volta para pegar.
Mulher não pode trocar de bolsa às pressas.
Alexia mais tarde, bem depois de Bárbara ter saído escuta um celular tocar, procura, procura e não acha. O celular toca de novo e ela percebe que ele está dentro da bolsa e que Bárbara o esqueceu.
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Mulher não pode trocar de bolsa às pressas.
Alexia pega o celular e ao abrir a tela com um toque, ele não tinha senha, vê na tela uma foto, uma selfie de Bárbara tirada de dentro do carro de Paolo.
Alexia pensou ter se enganado e olha novamente.
Bárbara está sozinha na foto, mas essa foto foi tirada no carro de Paolo, Alexia tinha certeza, aquele era o carro de Paolo, o carro tinha um adesivo do mascote do time italiano de Paolo segurando obviamente a bandeira da Itália.
Alexia coloca o celular em cima da cama e chora, depois olha novamente e pensa:
Meu Deus!
Não pode ser!
Essa mulher aqui dentro do carro do meu marido, tão à vontade!
Não Deus! Não!
É ela!
A amante do meu marido é ela!
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