Conversa mal sucedida

216 13 0
                                    

Rey chegou completamente destroçado em casa. Não sabia o que fazer com o que sentia.
Seus pensamentos foram interrompidos por vários toques na campainha.
Rey: Quando vai compreender que não quero lhe ver? (Irritado) Observando a mulher parada em sua porta.
Tamara: Agora terá que me ver frequentemente, teremos um filho!
Rey: Que truque antigo. (Rindo)
Tamara: Imaginei que diria isso! Pegando em seu bolso um papel, e entregando ao mesmo.
Rey: Não pode ser! (Perplexo)
Tamara: Mas é.
Rey: Quem garante que seja meu? (Desconfiado)
Tamara: Não estive com mais ninguém. (Mentiu)
Rey: Supondo que essa criança seja minha... Nem cogite que estarei com você! (Frio)
Tamara: E seu filho? (Chateada)
Rey: Se realmente for meu. Claro que darei tudo para ele, sempre estarei disponível! Agora muito diferente de assumir minha responsabilidade como pai, é ter algo com sua mãe, se não a quero por perto.
Tamara: Pois bem, se mesmo estando grávida de você, não quer estar comigo... Abortarei!
Rey: Esse bebê não tem culpa, você não matará meu filho! (Sério)
Tamara: A escolha é sua, se quer que esta criança venha ao mundo, terá que aceitar minhas condições! Falou isto, e logo saiu.
Rey bateu a porta em completa confusão e fúria.
------------------------------------------------------
Juliana e Sharon andavam próximo a praça.
Juliana: Minha irmã está grávida? (Surpresa)
Sharon: Sim... É de Rey! Suspirou com profunda tristeza.
Juliana: Não, isso não acho que seja verdade!
Sharon: Eu não sei o que pensar.
Juliana: Amiga, quer me contar algo? Parando em frente a mesma.
Sharon: Eu estou esperando um filho, mas Rey não acredita que seja dele... Está convicto ser de Herazmo! Ao terminar de falar, desabou em lágrimas.
Juliana a abraçou fortemente, sentia-se triste pela aflição de sua amiga.
Juliana: Tudo se resolvera, te prometo!
Sharon: Estou cansada, queria apenas acorda desse pesadelo!
------------------------------------------------------
Mariano observava sentado Tamara jogar algumas coisas ao chão, quebrar outras na parede.
Mariano: Calma! (Rindo)
Tamara: Claro que vou me acalmar. Isto não está me servindo de nada! Apontando para barriga, que tratava em esconder, por já está um pouco a mostra.
Mariano: Não fale assim do nosso bebê! Falou entre altas gargalhadas.
------------------------------------------------------
Juliana estava em casa, quando lhe veio a ideia, de pedir para que Gary tentasse descobrir qual a clínica que Tamara ia.
Gary: Aqui! Dando-lhe um papel.
Juliana: Obrigada meu amor! (Sorrindo)
Gary: Funciona apenas de manhã.
Juliana: Amanhã irei... Me acompanhará?
Gary: Sim! Segurando as mãos da mesma e depositando um delicado beijo em seus lábios.
------------------------------------------------------
Sharon segurava Sophia em seus braços.
Sharon: Quem é a princesa de vovó? Abrindo um enorme sorriso, ao sentir sua neta beijar sua bochecha alegre.
Simon: Como esta pequena se comportou? Sorrindo para filha, que esticou os bracinhos pra seu pai.
Sharon: Simon o seu perfume... Perdão! Lhe entregou Sophia, e correu até o banheiro sentindo mal estar.
Vomitou o que tinha para vomitar, o enjôo persistiu, estava muito forte.
Alfredo bateu a porta e entrou, viu sua filha ajoelhada em frente ao sanitário, com uma mão massageando a barriga e outra na parede.
Alfredo: O que posso fazer minha filha? (Preocupado)
Sharon: Me ajude a levantar papai! Falou com a voz fraca.
Alfredo fez o que ela pediu, ambos saíram do banheiro, após a mesma lavar-se.
E ao retornarem a sala, surpreenderam-se com Rey de pé ali.
Sharon: Nos deixe a sós papai, por favor!
Alfredo mesmo com relutância saiu.
Rey: Precisamos resolver o divórcio.
Sharon: Persiste nisso? (Triste)
Rey: Sim. Era para estar feliz, poderá viver em paz com seu amante! Afinal terão um filho.
Sharon: Esse filho é seu... Nosso! Depois de Bernie, o único homem que voltei a ter na minha vida foi você. Além do mais, você também terá um filho não é?! Por isso quer o divórcio!
Rey: Sabe muito bem que amaria um fruto do nosso amor, mas não foi assim, porque nunca existiu esse amor da sua parte... Não quero o divórcio para estar com Tamara! Acho impressionante como rápido deitou com outro, e agora quer jogar essa criança nas minhas costas? O que? O deputado conseguiu o que queria e pronto. Engraçado como você foi tão fácil quanto qualquer outra!
Ao terminar de falar, Rey recebeu uma forte bofetada no rosto.
Sharon: Você é um idiota mesmo! Não estive com outro, nem muito menos quero jogar esse bebê nas suas costas! Posso criar meu filho sozinha, como fiz com Âmbar. Espero que seja feliz com a família que formará ao lado de Tamara! Retiro o que disse, essa criança que carrego em meu ventre, não é nossa, é minha. Quando os papéis do divórcio chegarem, não se preocupe, faço total questão de assinar... E em relação ao nosso suposto amor, eu juro que te amei com todas as minhas forças, porém agora não sei o que sinto. (Chorando)
Rey: Você duvidou de mim, isso jamais funcionária! Ainda bem que não temos nada que nos una para sempre... Olhou rápido para a barriga da mesma, sentindo culpa com o que dizia, mas estava cego pela mágoa e enganos.
Sharon: Ótimo, sabe onde é a porta! Tentando se manter forte.
Rey retirou-se.
Ao ouvir a porta se fechando Sharon se permitiu chorar compulsivamente. Viu a aliança que ainda mantinha em seu dedo, a alisou com saudade e direcionou ao seu peito. Logo depois acariciou o ventre com carinho.
*CARRO*
Rey continuava ao lado da mansão, ao entrar no carro desmoronou em lágrimas dolorosas, batia com eufória no volante. Recostou-se ao banco, voltou a olhar a aliança,  começando a mexer nela recordando o casamento. Colocou as mãos a cabeça, em prantos. E após um longo tempo ali, chorando, foi embora.
*MANSÃO*
Sharon tentava se acalmar, quando recebeu uma ligação.
(LIGAÇÃO ON)
Sharon: Alô?
Tamara: Sua voz se encontra péssima querida! (Rindo)
Sharon: O que quer? (Ríspida)
Tamara: Liguei para lhe pedir que se afaste de Rey!
Sharon: Só?
Tamara: Saiba que se por acaso ele não ficar comigo, a culpa será sua!
Sharon: Posso viver com isso.
Tamara: Ah é? E com a culpa de ter matado um ser inocente? Porque abortarei.
(LIGAÇÃO OFF)
Sharon ficou em silêncio, para ela era horrível ouvir aquilo.
Sharon: Aí! Colocou a mão ao ventre.
Havia sentido uma forte pontada no útero, e logo percebeu que estava tendo um sangramento...

Você me ensinou o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora