Profundo sofrer

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Amanheceu. Juliana e Sharon começaram a despertar, as duas estavam amarradas juntas. Porém em cadeiras de costas uma para outra. Seus pés estavam amarrados, mas diferente do corpo que eram cordas muito arrochadas, neles tinha uma corrente muito apertada. Suas bocas estavam amordaçadas.
O cheiro de mofo revirava seus estômagos, tudo muito velho, sujo e empoeirado. Haviam alguns bichos pequenos, e insetos de diversos tipos ali. Era um galpão abandonado, na mata, mas era audível uma rodovia próxima aquele local.
Acabaram que perderam a consciência outra vez.
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Âmbar estava sentada na cozinha, tomando um pouco de chá. Luna chegou tomando um café.
Luna: Somos as únicas acordadas!
Âmbar: Está muito cedo! Falou com a voz falha.
Luna: A angústia não te deixa em paz pela titia, não é? (Cansada)
Âmbar: Sim! Não gosto nem de pensar o que ela está passando. (Triste) Passando aos mãos no cabelo nervosamente.
Luna: Tudo ficará bem, tenho certeza! (Preocupada) Pegou na mão da mesma, que apertou.
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Sharon e Juliana voltaram a acordar, dessa vez forçadamente por um balde de água no rosto.
Ambas tossiram por haver engolido um pouco, a confusão era notável.
Tamara: Acordem! Precisam ver o belo dia que se forma hoje. (Rindo)
Mariano: Vão precisar de mais?
Juliana apenas pode balançar a cabeça negativamente, com o olhar marejado.
Sharon ainda tossia com agonia, engoliu um pouco de água.
Tamara: Como sou boa, vou tirar essas mordaças por enquanto! Abaixou a mordaça das duas, se divertindo com isso.
Sharon: Como pode fazer isso a sua própria irmã?
Tamara: Da mesma forma que ela me denunciou!
Juliana: Eu não fiz isso para seu... Sendo interrompida.
Mariano: Cala essa boca! Não venha com essa repetição cansativa, destruiu a vida de sua sobrinha com isso. (Furioso) Mariano a deu dois socos, que fez o nariz da mesma sangrar bastante, e cortou sua boca.
Juliana começou a ficar com a visão turva.
Tamara: Chegou o momento de te fazer aprender uma lição... Tirou um canivete do bolso, e aproximou a ela, segurando seu rosto com força.
Sharon: Mariano sabe o que você é? Um covarde, imbecil... E Tamara, você é uma grande inútil, não serve para nada! Tentou chamar a atenção de ambos para ela, não conseguia ver como Juliana estava, porém sabia que estava muito mal com os golpes que sofreu. Tentava a ajudar com isso.
Mariano: Você está louca? Pegou os cabelos da mesma com força, e puxou sua cabeça para trás.
Sharon: Não pensem que me causam medo, tenho pena de vocês! Fingiu um sorriso de deboche.
Tamara: Sério? Agora vou te causar dor querida... Cravou o canivete com muita irá na coxa dela.
Sharon: Ah! Gritou agonizando de dor.
Mariano: O sorriso já sumiu? (Rindo)
Tamara: Tome muito cuidado com o que fala! Dando uma firme bofetada no rosto da mesma.
Mariano: Até amanhã, por hoje foi o suficiente!
Os dois foram embora, deixando elas sozinhas, e sem as mordaças.
Durante a noite, caiu uma chuva muito forte, havia goteira naquele lugar, ainda estavam molhadas do "banho" que receberam cedo.
O frio era enorme, a dor, e o desconforto piorava tudo.
Sharon: Como você está Juliana? (Fraca)
Juliana: Vou ficar bem... E você? Sentindo dor.
Sharon: Melhor! Respirando fundo.
Juliana: Obrigada pelo que fez por mim hoje! Não sei o que minha irmã pretendia.
Sharon: Você já fez muito por mim também, era o mínimo que podia fazer!
Juliana: Onde foi que ela te machucou? (Preocupada)
Sharon: Na perna! Ele te socou, não foi? (Preocupada)
Juliana: Sim. (Chorando)
Sharon: Vamos ser encontradas, tudo ficará bem! Tentando manter a tranquilidade.
Não conseguiram dormir naquela noite.

Você me ensinou o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora