O nosso milagre

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Sharon foi passada a outro quarto, já não estava mais na UTI.
A doutora havia pedido algumas horas para que a levasse a exames, e após isto, que deixassem a mesma descansar.
Rey ficou na sala de espera, ansioso para poder estar ao lado de sua amada outra vez.
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Já era noite, pouco faltava para o natal... Alfredo entrou a mansão com mais duas pessoas.
A princípio, os que já estavam na sala conversando se surpreenderam.
Luna: Helena! E quem é essa pequena? Alisando os cabelos da bebê que sorria com alguns dentinhos já crescidos na boca.
Helena: Essa é minha neta, Heleninha... Filha de Silvana! (Tensa)
Âmbar: Olha Sophia uma priminha! (Sorrindo) Aproximando-se com a bebê nos braços.
Simon: Pode ficar a vontade, as duas Helenas. São da nossa família também!
Alfredo: Muito obrigado, eu quero que todos nós estejamos unidos! Quero fazer o que não fiz antes, estar com toda a minha família. (Emocionado)
Mônica: A ceia já está pronta! Gritou da sala de jantar, terminando de pôr todos os pratos a mesa, com a ajuda de Miguel e Juliana.
Juliana: Tudo aparenta está muito delicioso Mônica! (Sorrindo)
Miguel: Com certeza está! Olhou apaixonado para sua mulher.
Os que estavam na sala, vieram ao encontro dos três.
Gary segurava Melissa em um braço, e o bebê conforto com uma dorminhoca Alice dentro, no outro.
Juliana: Obrigada por estar pendente de nossas pequenas! Deu um delicado beijo no mesmo, e pegou Melissa.
Gary: Sempre meu amor! A abraçando.
Luna: Meia noite... Mãe, o que levaremos já está guardado?
Mônica: Sim! Assim que terminarmos aqui, é só pegar na cozinha.
Âmbar: Acho que o Rey vai gostar dessa surpresa, ele está precisando de apoio!
Todos sentaram a mesa, começaram a usufruir daquela ceia, enquanto conversavam em completa harmonia.
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Silvana continuava presa, naquele quarto... Sentia o vazio cada vez maior dentro de si, lembranças e culpas voltavam a atormenta-la toda noite.
A falta do que poderia haver acontecido, transformava-se em lágrimas de completa dor.
Silvana: Eu, somente eu destruí minha vida! Me perdoa mamãe, me perdoa Helena... Roberto! Lily, Bernie... E Sharon. Me perdoa também Âmbar!(Chorando)
Estava quase adormecendo, sozinha numa noite de natal.
Quando um dos funcionários deixou em cima do criado mudo, uma caixa mediana vermelha com o um laço prata, e saiu.
Silvana sentou, e abriu com cuidado, tirando o papelzinho que tinha enlaçado a caixa.
Ao abrir a embalagem, pode notar que era uma caixinha de música, em formato de coração, azul aveludado.
Por dentro, havia uma foto dela com a mãe e sua filha no parque... E tocava sua melodia preferida, "Beethoven Sonata ao luar".
As lágrimas de saudade e emoção desciam por suas bochechas.
E começou a ler o bilhete, ao som de um clássico.
"Silvana você jamais deixará de ser minha filha, minha pequena valente! Te amo, e te amarei até meu último suspiro... Heleninha poderá dizer o mesmo em um futuro próximo. Eu desejo que aprenda com seus erros! Meu coração não aguenta te ver assim, mas foi necessário.
Feliz Natal, amanhã estarei no horário de sempre.
Espero que goste do presente!
De sua mãe que te quer por perto, Helena."
Ela trouxe o bilhete ao seu peito e deitou, voltando aos tempos de criança, quando dormia nos braços de sua mãe.
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Rey por fim foi permitido adentrar o quarto onde Sharon repousava, seu coração acelerava só de imaginar poder ouvir a voz dela. Sentir que a mesma o está ouvindo, vendo.
Sharon: Rey! Não é um sonho, é? (Confusa)
Rey: Estou tentando descobrir também! Deu um singelo sorriso, que a fez esboçar um apaixonado a ele.
Sharon: Pelo calor que sinto vir de você... Com certeza não é! O observando aproximar-se dela.
Rey: Esses olhos verdes me olhando, faz tempo que vivo em um sonho e não faço questão alguma de acordar. (Sorrindo) Acariciando o rosto da mesma.
Sharon: Eu te amo, tanto, tanto! Foi uma tortura está naquela condição. Que bom que continua aqui, comigo! Alisando as mãos dele que estavam em seu rosto.
Rey: Eu também te amo, e em nenhum momento saí do teu lado! Depositando um terno beijo em seus lábios.
Sharon: Espere... E nossos filhos? Onde estão? Como estão? Se pondo aflita ao recordar o parto.
Rey: Não se preocupe! Eles estão bem, foram levados a incubadora durante alguns dias, mas evoluíram como esperado.
Sharon: São fortes... Com certeza herdarão o melhor de nós dois! (Sorrindo)
Rey: Sim! Aposto que estão ansiosos para ver a mãe.
Sharon: E eu para os ver! (Emocionada)
Estavam um de frente ao outro, admirando-se, quando perceberam que havia uma grande visita ali.
Âmbar: Feliz Natal! (Animada)
Ajeitaram onde podiam a pequena ceia que tinham trazido.
Estavam avisados desde a recepção que Sharon já estava desperta.
E então, com os que ama, Rey e Sharon aproveitaram daquela especial noite.

Você me ensinou o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora