Velha tormenta

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O dia começava a amanhecer, Sharon andava um pouco por volta da mansão, acordou um pouco inquieta. Sentia um pouco de vertigem.
Parou confusa quando viu uma pessoa colocar rapidamente algo no correio e sair.
Ela logo pegou o envelope, foi até a varanda e abriu.
Dentro do envelope continha um recorte de jornal, já surrado, com a seguinte descrição...
"Nós duas temos o mesmo recorte, porém a forma como olhamos é distinta!
Você olha com dor, culpa, saudade...
Eu olho com ódio, raiva, sentimento de fracasso na minha vingança!"
As mãos de Sharon estavam trêmulas, lembranças daquele trágico dia a tomaram por completo.
Sharon: Não, outra vez não!
Rey aproximou-se preocupado, e o único que teve tempo de fazer foi a segurar, antes que a mesma caísse ao chão desmaiada.
Rey: Sharon, meu amor! (Desesperado) A pegou nos braços e levou até o sofá da sala.
Âmbar: Quem enviou isso a ela? (Preocupada) Vindo da varanda após pegar o papel que estava no chão.
Rey: Silvana! (Furioso) Amassando o envelope.
Âmbar: Mãe! A chamando angustiada.
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Juliana organizava com a equipe os últimos detalhes antes da competição.
Quando começou a sentir umas leves pontadas na barriga, a deixando sem ar.
Gary: O que tem meu amor? (Preocupado) A ajudando a sentar.
Juliana: É só um alarme... Falso! Tentando respirar, com as mãos ao ventre elevado.
Gary: Faltam poucas semanas para que entre no oitavo mês.
Juliana: Isso não quer dizer nada, não está na hora ainda! Vamos para casa... Preciso descansar.
Gary fez o que sua esposa pediu.
Ao chegar em casa, ele logo levou Melissa que já estava adormecida, para o berço.
Juliana sentou devagar ao sofá.
Gary: Quer uma água? Hospital talvez? Está... Sendo interrompido.
Juliana: Calma meu bem, já passou! (Sorrindo)
Gary: Não quero que nada aconteça as duas! Sentando em frente a mesma, pegando em sua mão.
Juliana: Não se preocupe... Nossa filha só está apressada demais, puxou ao pai! (Rindo)
Gary: Como se a mãe não fosse! (Sorrindo) A dando um selinho.
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Sharon já havia se recuperado do desmaio após abrir o envelope.
Estava no sofá, esperando Rey voltar com um pouco de água.
Alfredo se aproximou e sentou ao lado da filha.
Alfredo: O que aconteceu Shari? (Preocupado)
Sharon: Não é nada papai! (Calma)
Alfredo: Silvana, não?
Sharon: Se sabe, por que faz questão em me perguntar? Falou irritada.
Alfredo: Desculpe filha, não queria te chatear. (Assustado)
Sharon: Bom, já conseguiu o que supostamente não queria... Me chatear!
Rey: Não se assuste senhor Alfredo, é as crises hormonais por causa da gravidez! Falou com um sorriso de canto de boca.
Alfredo: Ah sim! Já havia me esquecido disso. (Rindo)
Sharon: Notasse papai! (Chateada)
Alfredo: Boa sorte Rey! Levantou-se rindo, e bateu nos ombros do genro.
Rey deu o copo de água a Sharon e aproximou-se da mesma.
Rey: Está chateada comigo também?
Sharon: A você eu não resisto! Sorriu e o beijou carinhosamente.
Rey: Viciante esses seus beijos... Se sente melhor?
Sharon: Sim!
Rey: Ainda acho que deveríamos ir ao hospital, para ter certeza que não tem nada de errado! (Angustiado)
Sharon: Rey não comece. Não tem nada de errado, tonturas são normais em uma gravidez, e houve um agravante hoje! O que Silvana me mandou... (Nervosa)
Rey: Está bem! Mas se caso isso acontecer mais uma vez, iremos, combinado? Acariciando o rosto da mesma.
Sharon: Combinado! (Sorrindo) Mexendo nas mãos dele que estavam em seu rosto.

Você me ensinou o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora