04

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Angel Williams

Acordei e senti os braços de Carl se envolverem na minha cintura. Eu me remexo e suspiro. Ele me aproxima dele e meus olhos se arregalaram.

— Carl... — eu sussurro. — CARL! — eu grito e ele abre os olhos.

— Huh... — ele boceja.

— Você está me apertando... — suspiro.

Ele rapidamente tira os braços de mim e se remexe.

— Maldito hábito que tinha com a minha namorada... — ele murmura.

— Você teve uma namorada? — eu pergunto e ele acena com a cabeça, bocejando.

— Eu me pergunto como ela aguentou você e sua bipolaridade. — eu digo e ele se vira.

Ele sobe em cima de mim e eu abro os olhos e assustada.

— Carl me deixa dormir. — eu olho para ele.

— Tenho certeza de que você nunca teve um namorado em primeiro lugar. — ele inclina sua cabeça para o lado.

Empurro o seu peito, mas ele não se move. Fico em silêncio e ele ri.

— Sabe, desde que ela morreu, eu não tive a chance de fazer nada com ela... — ele sorri e eu rolo meus olhos.

— Vai dormir, Carl. — eu sinto sua mão fria deslizar sob minha camisa e suspiro. — Carl pára...

— Talvez você pudesse... — ele começou a esfregar sua mão na minha coxa.

— C-Carl! O que há de errado com você?! — eu sussurro.

Eu tento sair dali. Ele tem um olhar hipnotizante no rosto. Ele de repente pára de esfregar sua mão na minha coxa e e sai de mim.

Ele se vira e suspira, eu fiquei deitada, atordoada.

O que diabos aconteceu...?

Eu desço as escadas e vejo Rick e Carl conversando. Eles não me veem, então eu ouço lentamente a conversa.

— Você não deveria estar fazendo isso, Carl. — eu ouço Rick dizer.

— Eu vou fazer o que quiser. — Carl diz.

— Ela não gosta... — Rick sussurra.

— E COMO VOCÊ SABE? — Carl grita.

— Obviamente, eu posso ver que ela não gosta de ser tocada... — Rick continua calmo.

— Como o infernos você... — Carl grunhiu e depois ouço passos pisando as escadas.

— Merda. — eu digo em voz baixa e entro no quarto rapidamente.

Eu me sento na cama e suspiro, então a porta se abre. Carl entra e pega meu pulso, arrastando-me para fora do quarto.

— Carl pára! Você está me machucando... — falo.

Ele faz uma pausa, me fazendo bater nele. Seu aperto em meu pulso se aperta ainda mais e ele continua andando. Quando saímos da casa, Carl me solta.

Eu olho para o meu pulso e há uma hematoma enorme ao redor. Me afastei dele e ele se virou para mim.

— O que? — ele pergunta rude. Eu lhe mostro o meu pulso, ele olha para ele e então olha para mim.

— Angel... — ele suspira.

— Não... — eu digo e me viro.

Eu começo a andar e Carl se aproxima de mim.

— Angel...

— Carl me deixa em paz. — falo rude. Carl me puxa.

— O que eu falei sobre me responder? — ele aperta novamente o meu pulso.

— Foda-se. — eu me viro, mas sou  puxado para trás com dureza.

Eu toco em seu peito e o olho para ele.

— Por que você não me deixa ir embora? — eu gemo. Ele ficou em silêncio.

— Porque então eu não terei ninguém para tirar minha raiva. — ele murmura.

Eu o empurro e ele dou um soco em seu rosto. Ele tropeça para trás  e segura o nariz.

Quando ele tira as mãos, vejo o sangue escorrendo do nariz. Ele olha para a dele mão e olha para mim, com um sorriso rastejando em seu rosto. Ele caminha em minha direção e eu ando para trás.

— Você realmente está pedindo, não é, Angel? — ele limpa o sangue, mas não tudo.

Em um movimento rápido, ele corre até mim e bate minhas costas tão forte contra a árvore que eu tossi sangue.

Carl ainda estava me encarando  enquanto eu basicamente estava pendurada lá. Eu levanto minha cabeça e ele puxa sua mão para o  meu rosto e a levanta.

O sangue caiu no meu queixo, ele olha para mim com seu olho azul frio e gelado.

Ele inclina minha cabeça para o lado com dificuldade e examina o meu rosto. Ele me fez olhar para ele, me senti fraca.

— Nunca mais faça isso. — ele rosna e me solta.

Eu caio no chão, com a minha cabeça batendo no chão. Deitei-me lá, imóvel. Minha visão estava lentamente escorregando e tudo ficou completamente preto.

demons ☼ grimesOnde histórias criam vida. Descubra agora