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Angel Williams

Eu acordo de manhã, desço as escadas e vejo Carl no sofá.

— Oh, que bom você está acordada. — ele diz e se levanta, caminhando em minha direção.

— Onde está Rick e Daryl? — eu pergunto.

— Eles estão atrás de suprimentos, você quer dar uma volta comigo? — ele pergunta e eu aceno.

Nós caminhamos para fora e ele fecha a porta atrás de mim. Nós andamos pela rua e eu fecho meu suéter, está congelando.

— Então, por que você é assim? — eu pergunto e ele olha para o chão.

— Assim como...? — ele pergunta, olhando para mim.

— Você sempre muda de humor, uma hora você está com raiva e então um segundo, você está... — ele me interrompe.

— Sim, eu sei. — ele diz rapidamente. — Você não escolhe realmente se você é assim ou não, e eu acho que você não conheceu alguém assim... — ele murmura e caminha na minha frente.

— Veja, o que eu estou falando? — pergunto e ele me ignora. — CARL! — eu grito e ele para e se vira. — Então você está com raiva de mim agora? — eu cruzo meus braços.

— Sabe de uma coisa? Não, eu não estou. — ele diz, respirando fundo e caminhando na minha direção.
— Ouça, me desculpe se você está com medo de mim, mas... — eu o interrompo.

— Carl, eu não tenho medo de você. — eu olho para ele.

— Você não tem? — ele pergunta e eu balanço minha cabeça.

— Quero dizer, sim, você machucou, muito, mas eu ainda não tenho medo de você.

Ele suspira e de repente me abraça, eu tropeço um pouco para trás por conta da força, mas eu abraço de volta.

— O-Obrigado Angel... — ele gagueja.

— Pelo o quê? — eu pergunto.

— Por me aturar, quando estou com raiva. Eu ​​fico cego e apenas minhas ações assumem o controle. — ele diz e meio que sorri.

— Okay, você será capaz de controlá-lo algum dia. — eu suspiro.

Só então começa a chover. Em questão de segundos.

— Oh merda... — eu murmuro e olho para cima com os olhos fechados. Ele ri e pega a minha mão.

— Vamos voltar! — ele diz antes de começarmos a correr de volta para casa.

☼ ☼ ☼

Nos andamos para dentro e nos sentamos no sofá.

— Eu vou trocar de roupa, fica aqui... — eu digo e subo as escadas e entro no quarto.

Eu fecho a porta e olho através das gavetas e encontro algumas leggings e uma grande camisa branca. Eu jogo as roupas atrás de mim e fecho a gaveta. Eu tiro minha blusa  e coloco na gaveta.

Eu ouço uma risada baixa e me viro e vejo Carl e de repente tropeço para trás e bato na gaveta fazendo um barulho alto.

— CARAMBA, CARL, SAIA DAQUI! — eu grito e ele cruza os braços.

— Você deveria ter trancado a porta. — ele ri.

— Okay, quando você sair eu tranco. — eu digo e olho para a camisa que eu joguei nas minhas costas.

— Procurando por isso? — ele pergunta, levantando minha camisa.

— Me dê isso! — eu ando até ele e ele levanta no ar. Eu olho para as roupas.

— Me dê minhas roupas Carl! — eu digo séria.

— Não é um bom momento para ser pequena agora, não é? — ele ri e eu franzo a testa. Eu pulo, tentando pegar as roupas de suas mãos.

— Continue pulando. — ele  murmura, quando eu olho para ele eu percebi o que ele estava olhando.

— CARL! — eu grito e bato no braço dele.

— Oh vamos, por que você parou? — ele choraminga.

— Você está fodendo comigo agora? — eu dobrei meus braços, tentando me cobrir.

— Não é uma boa escolha de palavras. — ele diz antes de jogar as roupas atrás dele, andando até mim e batendo seus lábios nos meus.

Eu desdobrei meus braços em surpresa, ele agarra meus pulsos e me empurra contra a parede. Eu olho para ele, e ele olha para mim.

— Carl, por favor, devolva as minhas roupas. — eu lamento e ele balança a cabeça.

Ele segura meus dois pulsos com uma mão e desliza sua outra mão pelo meu estômago. Calafrios correm pela minha espinha e ele sorri para mim.

— Agora, por que eu iria querer aproveitar esta oportunidade para te foder e te dar suas roupas de volta? — ele olha para a sua mão subindo e descendo pelo meu corpo.

— Porque isso não vai acontecer. — eu franzo a testa e ele suspira.

— Droga... eu pensei que você estivesse de bom humor. — ele me empurra na parede me deixando ir. Eu pego minha camisa e coloco.

— Agora vá para que eu possa colocar minhas calças. — eu aponto para a porta e ele sorri.

Ele olha para o jeans e eu sei exatamente o que ele estava pensando. Eu corro e pego o jeans pelo chão.

— Foda-se... — ele murmura baixinho.

— Sim, agora vá. — eu digo e ele sai, eu fecho a porta atrás dele e tranco a mesma.

— Pervertido... — eu suspiro.

— EU OUVI ISSO! — ele grita do outro lado da porta.

demons ☼ grimesOnde histórias criam vida. Descubra agora