26

996 55 38
                                    

Angel Williams

SLAP!

Minha cabeça dispara para o lado com força. Eu choro alto e seguro minha mão sobre a minha bochecha.

Ele acabou de me bater?

Eu olho para ele com lágrimas transbordando meus olhos. Seus olhos se arregalam e ele parece que viu um fantasma. Lágrimas escorrem pelo meu rosto e a dor se espalha pelo meu corpo. Eu deslizo pela parede até eu o chão. Carl se inclina até o meu nível.

— A-Angel eu não-

— Não me toque! — eu grito e o empurro para longe. Eu rapidamente me levanto e corro para o andar de cima.

— ANGEL! — ele m grita e corre atrás de mim.

Eu corro para o quarto. Ele agarra meu pulso e me puxa de volta para ele. Ele me vira e me bate na cama. Ele me atravessa e coloca minhas mãos acima da minha cabeça. Eu me contorço.

— Me deixa! — eu grito.

— Angel ouça! — ele grita e se curva para que nossos rostos fiquem a centímetros de distância. — Eu não queria, eu não sei o que aconteceu comigo okay? Eu sinto muito. — ele diz e acaricia minha bochecha vermelha com as costas da mão.

Eu estremeço e ele puxa a mão dele. Ele nunca se desculpou por suas ações antes. Um contusão hematoma estava começando a se formar e Carl bufou, tirando meu cabelo do caminho e colocando-o atrás da minha orelha.

— Eu nunca vou fazer isso de novo, por favor me perdoe... — ele olha para mim com olhos suplicantes.

— P-Promete? — eu choramingo e ele beija minha bochecha machucada.

— Eu prometo... — ele suspira.

Algo no meu intestino me diz que esta não será a última vez que ele faz isso.

☼ ☼ ☼

Bang!

Eu atiro em outro walker no chão enquanto me ajusto no telhado para não cair. Eu atiro em mais alguns walkers por tédio. Desde que Carl não me deixa sair do portão da frente. A porta de repente se abre debaixo de mim.

— ANGEL?! — Carl grita na estrada.

— O que é? — eu inclino minha cabeça para o lado e ele gira ao redor. Um suspiro aliviado escapou de seus lábios quando ele me viu.
Eu rolo meus olhos.

— Não estou autorizada a estar no telhado agora? — eu levanto minha sobrancelha e olho para ele.

— Não, é só- — ele grunhe em aborrecimento. — Não importa... — ele suspira e cruza os braços, olhando para mim.

Eu suspiro e aponto minha arma para um dos walkers à espreita, longe de nós. Eu não pude deixar de sentir seu olhar em mim. Eu abaixei minha arma no meu colo e olhei para ele.

— O que você quer? — eu inclino minha cabeça para o lado e ele ri.

— Algum dia você vai cair desse telhado, você sabe disso, certo? — ele ri e eu bufo. Eu cruzo meus braços e olho para ele.

— Você é muito adorável... — ele murmura para si mesmo e começa a andar de volta para a casa. — Você vem em outra corrida comigo, estamos sem balas.

— Certo! — eu digo alegremente e me levanto.

Minha felicidade não dura muito até que eu tropeço nos meus próprios pés e caio enquanto suspiro. Antes de atingir o chão, um par de braços fortes me prende. Eu olho para cima e vejo Carl sorrindo para mim.

— Eu avisei. — ele ri.

— Tanto faz... — eu murmuro e pulo de seus braços. Ele abre o pequeno portão e nós saímos.

— Obrigada por me deixar vir com você... — eu murmuro e ele balança a cabeça.

— Eu só estou deixando você vir comigo porque eu não posso confiar em você estar sozinha naquela casa. — eu reviro meus olhos e continuo andando.

— Posso te fazer uma pergunta...? — pergunto.

— Faça. — ele diz e eu suspiro.

— Por que você não me quer procurando por Evan? — eu digo e ele de repente para de andar. Eu me viro para olhar para ele com olhos suplicantes. — Carl? — eu digo e ele olha para baixo.

— Eu não vou responder isso... — ele rosna e começa a andar de novo.

— Vai Carl! Por favor, me diga. — eu digo enquanto tento alcançá-lo.

— Me deixe sozinho, Angel... — ele diz rude e eu bufo em aborrecimento.

— Por que você não apenas me conta?! — eu seguro seu pulso. De repente, ele gira e me coloca contra um carro no meio da estrada.

Não importa onde estamos, ele sempre encontra algo para bater de costas.

— PORQUE ELE ESTÁ MORTO! — ele grita. — EU MATEI ELE, SATISFEITA?! — meus olhos se arregalaram. — Eu o matei quando ele te esfaqueou. — ele me soltou de suas garras e se afastou de mim.

Eu fiquei lá paralisada. Ele matou Evan. Meus pensamentos enfraquecem e minhas pernas enfraquecem. Eu estava prestes a desmoronar quando Carl me pega.

Lágrimas escorrem pelo meu rosto e ele me sacode levemente. Eu não entendo porque eu não estou brava com ele, ele achava que Evan era ruim quando ele acidentalmente me esfaqueou.

Eu continuo com a cara séria, embora lágrimas rolem pelas minhas bochechas, eu estou paralisada.

— Angel, você está bem? — ele diz enquanto se senta lentamente contra o carro e me puxa em seu colo. Minha cabeça repousa sobre o ombro dele.

Como eu estou perdida em meus próprios pensamentos, ele agarra meu queixo e me faz olhar para ele.

— Eu-Eu estou bem, eu entendo... — eu murmuro e ele suspira, soltando meu queixo. Minha cabeça cai de volta em seu ombro enquanto eu suspiro.

— Me desculpe, eu simplesmente não pude deixar de matá-lo, ele quase te matou... — ele murmura e passa a mão pelo meu cabelo.

— Tudo bem... — eu digo e me levanto.

demons ☼ grimesOnde histórias criam vida. Descubra agora