TAXI CAB 「 Changki 」

13 | Eu não gosto de você

Kihyun balançou Changkyun gentilmente até que o mais novo acordasse e tivesse seus olhos invadidos pelos fracos feixes de luz do sol.

— Se arrume, amor — disse Kihyun — vou te levar para o colégio.

Changkyun espreguiçou e piscou múltiplas vezes até que realmente estivesse acordado. Kihyun já estava completamente arrumado, cheiroso e... sexy.
Kihyun era sexy sem fazer esforço algum, isso era fato.

— Vou fazer o café — Kihyun depositou um beijo na testa do namorado e se levantou da cama. Há quanto tempo Kihyun estava ali deitado, o esperando acordar?

Changkyun sentou-se no colchão macio e, como em flashes, se lembrou dos gemidos de Kihyun contra seu ouvido noite passada. "Controle, Chang", o mais novo pensou. Não poderia ficar duro logo pela manhã.
Levantou da cama e andou até o banheiro, onde fez suas higienes, tomou banho e vestiu o uniforme. Quase ia se esquecendo da mochila, então correu até o closet e a pegou. Assim que desceu, sentiu o cheiro maravilhoso do café que Kihyun preparava.

— Bom dia — o menor disse com um sorriso no rosto. Changkyun deixou a mochila no sofá, andou até Kihyun e o abraçou por trás. Enterrou seu rosto na curva do pescoço do mais velho, e ficou ali, sentindo seu cheiro agradável. Kihyun riu em silêncio e teve de terminar de preparar o café da manhã com um Changkyun grudado à si.

— Vamos, amor. Coma — disse suave e tocou as mãos de Changkyun para as afastar. Changkyun, por outro lado, apenas o apertou mais — Chang... — Kihyun disse em um tom de aviso. Estava adorando aquele contato, não conseguia fazer uma expressão séria pois o sorriso saltava de seus lábios cheios.

— Eu não quero ir para a escola — murmurou, com o rosto colado às costas de Kihyun.

— Prometo que terá uma surpresa quando voltar.

Changkyun 'desabraçou' o maior e o olhou emburrado.

— Promete?

Kihyun deu-o um selinho.

— Prometo, amor.

Changkyun enrubesceu e assentiu.
Após tomarem café, com inúmeras trocas de olhares e sorrisos, Kihyun finalmente deixou Changkyun na escola e foi para o trabalho.
Lá, Youngjae o encheu de peças para redigir, Minhyuk não parava de falar de um tal Jooheon que conheceu na boate, e Kihyun só queria abraçar Changkyun.
Às vezes, a vida de estagiário cansa. Kihyun já pensou várias vezes em desistir do curso e seguir carreira musical, mas ele queria levar justiça aos outros. Queria ajudar e provar a inocência de uns, e a culpa de outros.
Minhyuk suspirou ao passar as folhas das peças.

— Como vai o namoro? — perguntou Minhyuk.

— Ele está morando lá em casa — disse e terminou de digitar a última palavra. Espreguiçou e Minhyuk fez um som de incredulidade — não, Min. Eu não o raptei.

Minhyuk riu alto.

— Acabei — disse ao enviar os arquivou para a impressora — vou buscar Changkyun no colégio — vestiu o paletó e acenou para o amigo, indo até o estacionamento em seguida. Ligou o carro e dirigiu calmamente até o colégio. Não estava tão tarde, e provavelmente Changkyun ainda estaria em aula. Kihyun estacionou o carro e esperou que o menor aparecesse do portão.
Cinco, dez, quinze minutos.... E nada do namorado. Kihyun abriu a porta e contornou o veículo, e após alguns passos, ficou nítida a imagem: um garoto mais alto que Changkyun o prensava contra a parede. O sangue de Kihyun ferveu e ele andou até eles estralando os dedos.
Puxou o garoto para trás e fincou sua mão em sua gravata.

— O que você pensa que está fazendo com meu namorado? — indagou Kihyun. Olhou o nome do garoto no crachá retangular — Yugyeom — riu soprado — eu não gosto de você — Kihyun murmurou e estalou a língua. Empurrou-o para o lado e atou a mão de Changkyun à sua — toque nele de novo e você fica sem os dedos — ameaçou-o ao que andava até o carro.

Changkyun não falou um "a". Estava com medo de deixar Kihyun mais furioso do que já estava, e também não mudaria nada dizer que estava com medo demais de Yugyeom para o afastar.
Quando chegaram em casa, Changkyun acompanhou Kihyun até o quarto.

— K-Kihyunnie, e-eu... — Changkyun começou mas foi interrompido pela boca de Kihyun contra a sua. O mais velho empurrou Changkyun até a porta, a fechando e o prensando contra ela.

— Você é um garoto mau, Changgie — Kihyun sussurrou enquanto sentia o perfume de Changkyun no pescoço — e está na hora de receber sua punição.

Changkyun tremelicou.

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gosto assim