Beside You ☁ h.s.

Chapter thirty-six. (√)

POV Emma Walles 

Não acabou por não comentar o que eu tinha acabado de lhe contar, o que me deixou um pouco confusa. Mas mesmo assim, Harry beijou-me e abraçou-me como se estivesse a planear, de uma maneira amorosa, de como me retirar toda a dor que eu sinto diariamente por causa desse acontecimento. Ele iria fazer tudo por mim e isso apenas fazia com que o meu coração saltasse de felicidade. 

Eu obviamente que não lhe iria contar. Eu conseguia sentir que Harry, se eu lhe dissesse quem foi que fez tal coisa, que ele iria acabar por mata-lo e obviamente se iria acabar por arrepender de tal coisa, mesmo que ele apenas fizesse isso para me proteger. Mas a verdade é que eu não sabia ao certo quem é que me violou. O homem vergava umas calças de ganga normalmente e uma camisola preta com um pouco de óleo na mesma, como se ele trabalhasse numa garagem de carros ou algo do género. 

Ele normalmente cobria a sua cara, para que eu não o conseguisse identificar mais tarde se fosse apresentar queixa. Ele não tentava usar uma voz falsa porque sabia perfeitamente que apenas pelo seu rosto, altura e descrição do corpo que o conseguiam encontrar, mas por voz nunca. Ele tinha planeado tudo ao mais pequeno pormenor.
Na garagem subterraria, onde ele me prendou durante cerca de uma semana e onde ele me abusava fisicamente e sexualmente tinha um quadro com fotos minhas, tiradas provavelmente pelo mesmo, enquanto eu caminhava com a minha mãe ou com as minhas amigas, o que fez com que eu me apercebesse que ele me seguia casualmente para ter obtido as fotos. 

O mesmo acabava sempre por me tapar a boca com fita cola, que me fazia gritar de dor todas as vezes que ele ma tirava para eu poder beber um pequeno copo de água, para eu não morrer na sua garagem. Ele tinha outras raparigas que queria raptar, durante muito mais tempo. Acabando ele por me contar todos os seus planos para as mesmas, deixando-me com vontade de vomitar e desconfortável e a pensar, como é que um ser humano seria capaz de tal coisa? 

No dia que ele decidiu me largar acabou por que me deixar num parque perto de minha casa, com ainda o vestido branco que eu vestia no dia em que o mesmo me raptou. Eu estava com pisaduras pelo corpo todo, que fizeram a minha mãe tremer e chorar pela condição que ela me tinha visto. A mesma tinha, obviamente, andado a minha procura, acabando a polícia por não me encontrar. Mas aparentemente o tal homem que me raptou acabou por ser apanhado quando estava a raptar a sua próxima vitima, acabando com a maior sentença na prisão, a de morte. 

"Eu sei que tu também tens bastantes segredos." Comento assim que entro no carro, encontrando-se Harry ja sentado no acento de condutor, com o seu olhar pousado em mim, com um olhar confuso. "E eu sei que não estas pronto para os revelar e eu aceito isso completamente. Mas devias entender que eu não me sinto confortável a contar tudo o que se já passou comigo." Murmurei. "Eu nunca me apaixonei, tu és o primeiro por quem eu realmente me apaixonei e eu tenho medo. Eu não estou habituada a confiar em alguém..." Expliquei. 

Harry suspirou, fazendo com que eu me mexesse no acento, pondo o cinto, demonstrando que estava um pouco com receito da sua resposta. "Tu deixas-me confuso." Resmungou. "Eu amo-te. Eu nunca te iria odiar ou ter nojo de ti!" Afirmou, acariciando a minha mão, entrelaçando-a com a sua. Fazendo-me sorrir. 

Alguns minutos passaram-se, fazendo-me parar o meu olhar no rapaz que se encontrava ao meu lado, por quem eu estava loucamente apaixonada. Assim que pousei o meu olhar em ci, apercebi-me que Harry estava a tentar lutar consigo mesmo sobre contar algo ou não, o que me deixou um pouco confusa e com medo também. Eu sei que Harry contém segredos que podem acabar por ser maus e provavelmente difíceis de aceitar e se calhar alguns que iriam acabar por me deixar com medo, ou seja eu naquele momento estava com medo. 

"Eu fui vendedor de drogas quando era mais novo." Mordeu o seu lábio, calmamente como se tivesse a pensar se devia ou não ter confessado tal coisa. "Eu já matei pessoas. Os meus amigos, que eram também vendedores de droga foram mortos por causa da droga e eu quase que seguia o caminho deles." Continuou. "Toda a gente comete erros, mas assim que te apaixonas por alguém mesmo que essa tal pessoa seja um monstro, tu iras acabar por a perdoar e fazer tudo para conseguir a sua confiança de volta." 

"Harry..." Sussurro, enquanto Harry falava, envolvendo os meus braços a volta do seu ombro com vontade de o beijar. Mas apenas observei o mesmo atentamente, apreciando o seu rosto que era bonito e como se tivesse sido esculpido por um artista. "Eu amo-te." Murmuro ao seu ouvido, saltando para cima do seu corpo, sentido os seus braços na minha cintura. 

"Será que estas a dizer a verdade?" Pergunta, como se estivesse a desafiar-me. 

"Claro que é." Respondo sentindo-me ofendida. "Dúvidas?" Pergunto, revirando os olhos, acabando por ouvir Harry a rir-se. 

"Nunca tive." Respondeu, juntando os nossos lábios, beijando-me.